26 de dez. de 2010

Recesso: Feliz Ano Novo!

A partir de hoje (26/12/2010) o blog Sintonia Home Page estará entrando em recesso de uma semana e aproveito para agradecer a todos que passaram e prestigiaram o blog durante o ano de 2010 que está terminando e desejar a todos um Feliz Ano Novo com muita alegria e festa, com expectativa de que 2011 seja um ano iluminado para todos nós. No dia 03/01/2011 estará de volta.

FELIZ 2011!!!

24 de dez. de 2010

Momento Flashback: Laura Branigan



Laura Branigan - Self Control

Cantora e atriz norte-americana que entrou no mundo artístico em 1973 ao fazer parte do grupo Meadows, mas só em 1982 alcançou o estrelato com a música "Gloria", uma versão da música do cantor italiano Umberto Tozzi (outras músicas também fariam parte do repertório de Branigan nos trabalhos posteriores), ficando 36 semanas no topo das paradas. O single, que lhe rendeu um Grammy na categoria "Best Pop Vocal Performance Female", saiu em seu primeiro disco Branigan que trambém trazia o hit "All Night With Me".

Logo viria o segundo disco Branigan 2 gravado no ano seguinte, sendo também um ótimo trabalho em relação ao primeiro, emplacando baladas como "Solitaire" e "How I am Supposed To Live Without You", sucesso de Michael Bolton. Ainda gravou o terceiro disco Self Control em 1983, com destaque para a faixa-título, e teve uma música sua - "Imagination" - incluída na trilha sonora do filme "Flashdance".

Em sua trajetória musical, Laura Branigan gravou nove discos, incluindo duas coletâneas, e também atuou no cinema, fazendo inicialmente uma participação especial na série policial Chips na tv. Nos últimos meses de sua vida, a cantora vinha se queixando de constantes dores de cabeça, embora não teve qualquer acompanhamento médico, vindo a falecer em 2004, vítima de aneurisma cerebral não diagnosticado em sua residência em Nova York, aos 47 anos de idade.


23 de dez. de 2010

A Música no Mundo e no Brasil - Parte 53

Jingle Bells

O Natal é uma data em que comemoramos o nascimento de Jesus Cristo. Na antiguidade, o Natal era comemorado em várias datas diferentes, pois não se sabia com exatidão a data do nascimento de Jesus. Foi somente no século IV que o 25 de dezembro foi estabelecido como data oficial de comemoração. Na Roma Antiga, o 25 de dezembro era a data em que os romanos comemoravam o início do inverno. Portanto, acredita-se que haja uma relação deste fato com a oficialização da comemoração do Natal.

As antigas comemorações de Natal costumavam durar até 12 dias, pois este foi o tempo que levou para os três reis Magos chegarem até a cidade de Belém e entregarem os presentes (ouro, mirra e incenso) ao menino Jesus. Atualmente, as pessoas costumam montar as árvores e outras decorações natalinas no começo de dezembro e desmontá-las até 12 dias após o Natal.

Do ponto de vista cronológico, o Natal é uma data de grande importância para o Ocidente, pois marca o ano 1 da nossa História.

As canções natalinas são símbolos do Natal e as letras retratam as tradições das comemorações, o nascimento de Jesus, a paz, a fraternidade, o amor, os valores cristãos. (...)

As cantigas de Natal são uma tradição antiga e bastante difundida entre os países cristãos tanto católicos quanto protestantes. As cantigas são ensinadas aos pequenos e cantadas em coros, igrejas e residências na época do Natal para comemorar o nascimento de Cristo e reforçar os valores cristãos.

As músicas natalinas cantadas por corais originaram-se Europa e, quando surgiram, eram consideradas pagãs. Costumavam ser cantadas durante as cerimônias do Solstício de Inverno (o dia mais curto do ano). As pessoas reunidas cantavam e dançavam em volta de círculos de pedra.

Aos poucos, as músicas da cerimônia, executadas no dia 22 de dezembro, foram substituídas por canções consideradas cristãs. A primeira canção natalina de que se tem registro data do ano 129. Um bispo romano teria dito que a música "Hino dos Anjos" deveria ser cantada durante o Natal.

As músicas de Natal atravessaram séculos, correndo o risco de desaparecer como as antigas tradições que a criaram.

"Jingle Bells" é uma das mais comuns e conhecidas canções natalinas do mundo. Foi escrita por James Lord Pierpont (1822–1893) e publicada como "One Horse Open Sleigh" em 16 de Setembro de 1857, sendo que, originalmente, não se tratava de uma canção natalina. A canção foi traduzida para muitos idiomas. No Brasil, ela recebeu versão em português de Evaldo Rui. João Dias a gravou em disco de 78rpm pela Odeon, em 4 de outubro de 1951, para o suplemento de dezembro daquele ano.

Portanto, diante dessas informações, é que desejo um Feliz Natal ao som de "Jingle Bells" a todos que passaram e passam por aqui, com muita paz e luz.
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Fontes:
- http://www.suapesquisa.com/historiadonatal.htm
- http://pt.wikipedia.org
- http://pessoas.hsw.uol.com.br/natal-eua15.htm


22 de dez. de 2010

Um pouco sobre Tulipa Ruiz

Tulipa Ruiz - Às Vezes

Tulipa Ruiz nasceu em São Paulo, capital, sendo filha do jornalista e guitarrista Luiz Chagas (da banda Isca de Polícia) e irmã do guitarrista Gustavo Ruiz. Mudou com sua família para Minas Gerais, onde cresceu na cidade de São Lourenço. Despertou desejo pela música na adolescência, o que em breve iria seguir sua carreira de cantora.

Antes disso, ainda teve experiência como jornalista e desenhista quando retornou para São Paulo. Logo depois foi convidada por amigos a participar de bandas e a cantar, inclusive participando de shows de outros artistas, influenciada por seu pai. Ao revelar-se como compositora, começou os trabalhos para gravar seu primeiro disco como cantora profissional no final de 2009.

Assim, o cd de estréia Efêmera foi lançado em maio deste ano, que foi muito bem recebido pela crítica e pelo público, contando com a participação de alguns dos novos nomes da mpb como Tiê, Thalma de Freitas, Mariana Aydar, Juliana Kehl entre outros, com destaque para as faixas "Brocal Dourado", "Pontual", "Às Vezes" e da faixa-título. Hoje continua fazendo shows e dividindo seu tempo com a internet através de seu perfil no MySpace.


Tulipa Ruiz - Só Sei Dançar Com Você


Apresentação de Tulipa Ruiz no programa Oi Novo Som, apresentado por Fabiana Leão.


REVELAÇÃO MPB: Tulipa Ruiz


Tulipa Ruiz - Efêmera

Tulipa Ruiz é uma cantora, compositora e desenhista paulista e é mais uma das novidades na nossa música brasileira. É a Revelação MPB desta quarta-feira.


19 de dez. de 2010

Sintonia::: Especial Lionel Richie



Playlist com Top 15 contendo as maiores composições e sucessos de Lionel Richie.

Lionel Richie, hoje

Lionel Richie - Do It To Me

Embora a década de 1980 marcou a fase áurea de Lionel Richie, o mesmo não se pode dizer na década seguinte. Após um período difícil em sua vida pessoal marcada por vícios, as vendas de dois discos gravados por ele com músicas inéditas (Louder Than Words, de 1996; e Time, de 1998) não tiveram o mesmo sucesso dos trabalhos anteriores, lançados pela Motown. Em 1992, gravou uma coletânea de seus grandes sucessos denominado Back To Front, que incluía ainda 3 faixas inéditas: "Do It To Me", "My Destiny" e "Love, Oh Love"

A partir de 2000, retorna às origens de seu estilo musical que o consagrou nos anos 80, com o disco Renaissance. Torna-se ativista na luta contra o câncer, motivado pela doença de sua avó, diagnosticada com câncer de mama. Em sua carreira, Lionel Richie ganhou cinco Grammy Awards, 18 American Music Awards, 1 Globo de Ouro, 5 People's Choice Awards, além de ser um dos poucos artistas do mundo, ao lado de Paul McCartney, Rolling Stones e Stevie Wonder, ao alcançar o posto nº 1 com nove composições diferentes nas paradas por mais de 30 semanas, entre 1978 a 1986. Seu nono e último disco foi lançado em 2009 com Just Go.


O premiado Lionel Richie

Lionel Richie - Say You, Say Me

Em 1985 ocorre o auge da carreira de Lionel Richie. Primeiro compõe, junto com Michael Jackson, a música "We Are the World" para o compacto U.S.A. For Africa que reuniu 45 cantores de todo o mundo para gravá-la, destinando fundos para o povo necessitado do continente africano. Com a gravação, lhe rendeu 5 Grammy.

No mesmo ano, compõe um de seus grandes sucessos "Say You, Say Me" que entraria para o filme "O Sol da Meia-Noite (White Nights)", estrelado pelo bailarino Mickail Baryshnikov e dirigido por Taylor Hackford, ganhando um Oscar na categoria Melhor Canção Original, emplacando em primeiro lugar nas paradas dos Estados Unidos. Embora não tenha feito parte da trilha sonora do filme por pressão da Motown por fazer parte do terceiro disco de Lionel Richie (Dancing On the Ceiling, de 1986), o clipe da música contém cenas do filme e se tornou a grande canção do ano.


O Reconhecimento de Lionel Richie

Lionel Richie e Diana Ross - Endless Love


Paralelo às atividades do grupo, Lionel Richie investe em novo ramo, produzindo o disco do cantor Kenny Rogers em 1980, além de compor algumas faixas. No ano seguinte vem a consagração mundial com sua composição "Endless Love", dueto com Diana Ross, incluída no filme "Amor Sem Fim", se tornando uma das baladas românticas mais conhecidas da década.

Devido a este grande sucesso, Lionel Richie, desliga-se oficialmente do grupo para seguir carreira solo, gravando seu primeiro disco homônimo em 1982, com destaque para a música "Truly". A fama vem com o disco seguinte Can't Slow Down, de 1983, que entra para a Lista da Fama entre os 200 discos mais expressivos do pop rock mundial, sendo um dos mais vendidos. Neste trabalho estão alguns hits como "Stuck On You" e a balada "Hello". Lionel ainda gravou o clipe do primeiro single "All Night Long" no Caribe e ainda participou da cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Los Angeles em 1984.


O Início da Carreira de Lionel Richie

The Commodores - Easy

A infância de Lionel Richie se passou em duas cidades do estado norte-americano de Alabama: Tuskegee (onde nasceu em 1949) e Illinois. Na década de 1960, veio a despertar o gosto pela música ao integrar em alguns grupos musicais, influenciado pelo estilo rhythm and blues, até chegar ao grupo de soul/funk The Commodores, formado por Milan Williams, Ronald LaPread, Willian King Jr., Thomas McClary e Walter Clyde Orange, em 1968. Era o início de sua carreira musical.

No mesmo ano, após assinar contrato com a Motown (mesma gravadora dos Jackson 5 e Diana Ross), lança seu primeiro disco somente em 1974 com Machine Gun e emplaca alguns sucessos, inclusive de própria autoria de Richie ("Easy", "Still" e "Three Times a Lady"). The Commodores fez enorme sucesso na década de 1970, após deixar de abrir shows para os Jackson 5. Com o tempo, Lionel percebe que não dá para continuar no grupo e, aos poucos, foi se afastando do grupo, após ganhar 3 discos de platina pelas vendagens, até o início da década de 1980, quando parte para uma bem sucedida carreira solo.


Lionel Richie - Lady


Apresentação ao vivo de Lionel Richie no canal alemão RTL, cantando um dos grandes sucessos: "Lady". Embora a canção faça parte do disco Time, de 1998, foi composta em 1980.


Lionel Richie: Homenageado do Dia


Lionel Richie - All Night Long

O norte americano Lionel Brockman Richie Jr. é o nome completo de um dos grandes astros da música pop internacional, nascido em Tuskegee, estado de Alabama, nos Estados Unidos. Para todos os leitores deste blog, trago Lionel Richie como o Homenageado do Dia.


17 de dez. de 2010

Momento Flashback: The Cure


The Cure - Boys Don't Cry

Uma das bandas de rock mais conhecidas do mundo que virou um dos ícones da década de 1980, The Cure surgiu em Crawley, na Inglaterra, formada em 1976 e liderada por Robert Smith junto com demais colegas do Notre Dame Middle School.

Após diversas mudanças na formação, o primeiro álbum Three Imaginary Boys só veio três anos depois. Seu auge viria a partir do segundo disco em diante, conquistando os fãs e admiradores durante quase toda a década de 1980 através de suas músicas e de seus trabalhos, emplacando com "A Forest", "In Between Days" e, especialmente, "Boys Don't Cry" que se tornou grande clássico de seu repertório.

Durante a década de 1990, a banda não consegue obter as mesmas vendas dos discos anteriores e entra em declínio. Ressurge em 2000 com o 11º disco da carreira - Bloodflowers - chegando a receber indicação ao Grammy Award na categoria Melhor Álbum de Música Alternativa no ano seguinte. Com 13 discos no currículo, a banda permanece hoje em atividade tendo apenas Robert Smith como único remanescente da formação original e que conta agora com Porl Thompson, Simon Gallup e Jason Cooper.

16 de dez. de 2010

A Música no Mundo e no Brasil - Parte 52

James Brown - Papa's Got a Brand New Bag

O funk é um estilo de rock negro, com base na soul music, surgido nos Estados Unidos no final da década de 1960 e início de 1970 no meio do movimento black power. O principal representante responsável pelo seu surgimento foi o cantor James Brown.

Com a gravação da música "Papa's Got a Brand New Bag" em 1965, James Brown buscou introduzir novos elementos rítmicos enfatizando nas batidas e nos metais para criar o novo estilo. Com isso, foi popularizando nas regiões de Detroit e Memphis, e outros músicos também iriam dar sua contribuição para o desenvolvimento do funk como Stevie Wonder, Melvin Parker e Sly Stone.

A partir de 1970, o funk teve novos desmembramentos e variantes pautados nas influências de outros estilos musicais como o jazz e o rock, vindo a surgir o funk-rock (defendido por Jimi Hendrix), funkadelic (funk psicodélico defendido por George Clinton), entre outros.

Embora muitos tentam confundir, mas o funk que conhecemos aqui no Brasil, tocado no Rio de Janeiro, não é o mesmo funk criado nos Estados Unidos; já que o funk carioca surgiu com base no miami bass, espécie de hip-hop muito conhecido nos EUA na década de 1980.

Na próxima semana, véspera de Natal falarei sobre a origem de uma das canções natalinas mais famosas do mundo. Até lá!


15 de dez. de 2010

Entrevista com Renato Godá

Renato Godá - O Mapa do Meu Mundo

Renato Godá é um cantor paulista nascido em São Paulo. Embora tenha tentado seguir carreira de ator, a música surgiu na vida de Renato que veio a lançar seu primeiro EP em 2009 e agora vem com um novo disco chamado Canções Para Embalar Marujos. Segue entrevista feita com o cantor no SaraivaConteúdo, feita neste ano:

Conta pra gente como foi a trajetória até esses dois discos?
Renato Godá: Na verdade, quando eu comecei, minha primeira intenção não era ser músico ou compositor. A minha vontade era fazer teatro. Eu fiz um curso de teatro que foi de certa forma meio frustrante porque, no auge da minha primeira peça, da minha estreia, eu me sentindo um Al Pacino e tal, quando acabou essa parte de atuação eu fui pro camarim louco pra comemorar e eu tocava uma música na peça. O diretor desse grupo era um cara mais velho de teatro e tinha aquele ranço meio amargo. Ele saiu e falou “Oh, Godá. Deixa eu te explicar uma coisa, eu já vi muito ator se dar bem nessa vida e muito ator passar fome. Você é do tipo que vai passar fome”. Eu fiquei arrasado, mas como eu tinha tocado essa música, um amigo meu que era músico estava assistindo a peça e me chamou pra fazer uma participação no show que ele estava fazendo num bar aqui de São Paulo. Depois dessa apresentação o dono do bar me convidou, eu tava precisando de dinheiro, aí as coisas foram acontecendo naturalmente. Eu acho que mais do que ter ido atrás da música, a música cruzou o meu caminho. Eu acho que aquele diretor, apesar da minha raiva naquele momento, foi um cara muito visionário, porque de fato hoje eu sou muito feliz fazendo isso. A coisa que eu mais gosto de fazer é música.

Mas você também carrega uma boa dose de teatralidade nos seus shows.
Renato Godá: Eu diria que eu tenho uma pretensão teatral nos shows também. Eu gosto do cuidado cênico. Eu acho que o show é pra valer. Apesar de ter essa cultura na música do circo se montar e se desmontar assim muito rapidamente. Num dia você está numa cidade, no outro você está em outra. Eu gosto dessa coisa teatral no show – da luz bacana, do figurino, do mise en scène, da interpretação. O teatro tá presente ali de qualquer forma.

Mas e dessa temporada no bar, que foi por acaso, até chegar ao EP, como é que foi essa trajetória?
Renato Godá: Como compositor eu sempre gostei de experimentar vários gêneros. Eu tive a sorte de poder trabalhar muito calmamente, tinha uma despretensão com a vida, assim “deixa a vida me levar”, ia me virando e tal, então eu podia brincar de fazer essas coisas - brincar no melhor sentido - e experimentei várias possibilidades que estavam ali na minha música. Tive banda de punk rock, o Paulinho Moska me apresentou uma banda de Trip Hop que quando eu vi aquilo eu falei “pera aí, a música eletrônica pode ter uma textura experimental” e foi um fracasso absoluto. Foi um disco que eu tentei fazer, mas foi o maior mico. Mas de qualquer maneira foi uma tentativa. Fiz letra de samba para um amigo meu, tentei buscar aquelas referências de samba antigo e tal. Todos esses elementos foram se transformando naturalmente em uma linguagem, na música que eu toco hoje. E essa música que eu faço hoje de fato tem a minha cara.

Apesar de ter gravado outras coisas anteriormente que foram lançadas pela internet, outra numa edição super pequena, eu considero o EP, o trabalho anterior a esse, o meu primeiro trabalho. Eu acho que aí foi onde se chegou numa sonoridade e numa, como eu posso dizer, numa identidade de letras que de fato falava a minha língua, o meu universo era de fato aquele.

E quando você fala nesse EP, desse universo, dessa atmosfera, é essa coisa mais leste europeu, cabaré, essa mistura...
Renato Godá: Eu vivi muitos anos da minha vida, na verdade eu tenho que contar uma história anterior a isso, eu fui um aluno disléxico e com déficit de atenção, ou seja, eu era aquele aluno “o fracasso da escola”, e isso numa época em que não se discutia tanto essa questão da dislexia, as escolas não tinham essa atenção, para eles eu simplesmente era um aluno que não estava interessado e tive a sorte de ter estudado com uma professora de português que devia ter uma sensibilidade além da conta dos outros professores. Ela começou a sacar que eu tinha certa facilidade com as redações e, a partir das redações, ela achou um link direto comigo. Então ela fazia uma coisa que era super bacana, que foi super importante pra mim. Ela corrigia a gramática, mas avaliava as minhas redações pela qualidade do texto. Ela fazia verdadeiras críticas às redações. Eu me sentia o pior aluno e passei a me sentir o aluno mais especial. E ela passou a me apresentar literatura, não a literatura formal, clássica, que a escola sugeria, além dessa ela começou a me apresentar coisas, eu tinha 13 anos, e ela começou a me dar os beatneaks pra ler. Aos 14 eu já estava lendo Bukowski. Aquele universo todo era muito atraente pra mim. Eu dediquei a adolescência a viver aquilo, pelo menos romanticamente como todo adolescente eu queria de fato essa boemia, eu queria de fato experimentar todas as coisas que estivessem ao meu alcance e fiz isso durante muitos anos. Viver essa vida que eu costumo dizer que era o beijo da boca do lixo na boca do luxo. Porque ao mesmo tempo em que eu convivia com pessoas num jantar super da intelectualidade e tal, eu acabava a noite num boteco do centro de São Paulo e do meu lado tinha um travesti, uma puta, o traficante, o trabalhador, e essa conjunção acabou me dando um pano pra manga principalmente pra escrita, principalmente pra letra, que eu acho que é o carro chefe do meu trabalho.

E você teve filho cedo também, não é?
Renato Godá: Tive. Eu tive um filho aos 23 anos. Foi uma experiência que eu poderia dizer que salvou minha vida, porque como eu comecei muito cedo, aos 23 eu já estava num momento meio que ladeira abaixo, e veio o Gabriel. Foi um processo muito bacana onde eu fiz uma desintoxicação e eu vou dizer assim, era uma coisa mais egoísta da minha parte do que propriamente agora eu ter um filho e ter uma responsabilidade. Egoísta no sentido de que eu queria ver o dente dele cair, queria ver o cara aprender a ler. Eu queria estar vivo pra ver essa coisas. Acho que se eu tivesse continuado com o pé no acelerador como eu tava, eu tinha uma grande chance de perder isso tudo.

A mãe do meu filho foi embora quando ele tinha um ano, eu fui pai solteiro e na época isso era pouco comum. Hoje meu filho tem 16 anos, então a gente viveu intensamente uma relação que foi super bacana porque eu sempre disse pra ele que eu não queria que ele tivesse um amor por mim pelo fato de eu ser o pai dele, e sim pela nossa afinidade. A gente tem uma relação que é praticamente de amigo, a gente bate uma bola conversando que é incrível, ele é super maduro.

E agora eu tenho outro filho, de quatro meses, quer dizer, cinco já. Então é uma diversão pra mim hoje, porque hoje a minha vida é super caseira. Por mais que eu tenha ainda uma doce lembrança desse período underground que eu tenha assim da vida, a verdade é que o meu grande prazer hoje é estar em casa. Eu gosto de receber os meus amigos em casa. Eu continuo bebendo uísque pra cacete, fumo pra caraca, não uso droga nenhuma, quer dizer, cigarro e álcool, né? Dos vícios publicáveis acho que esses dois aí estão de bom tamanho. Ah, e cafeína também. Mas eu gosto de fazer isso dentro da minha casa, com os meus amigos, com os meus filhos. É muito legal você ter um filho de 16, uma filha emprestada de 17 e filho de 5 meses. Casinha, hora do jantar, banho do pequeno... Eu tô adorando essa vida, daqui a pouco eu viro o João Gilberto.

E essa organização reflete no seu trabalho?
Renato Godá: Na verdade me obrigou a ter uma concentração maior ou pelo menos ter uma disciplina cada vez maior. Tudo bem que eu não sou tão disciplinado assim, mas, por exemplo, eu aprendi a escrever de manhã, a compor de manhã, era o horário mais tranqüilo. O horário que eu tinha livre. O telefone não ia tocar, os filhos estavam na escola, então eu tinha aquele período pra me dedicar a isso, a ler, a escrever. Então era um momento mais silencioso. E eu acho que isso mudou o enfoque, eu comecei a ter uma facilidade maior de me concentrar no texto do que propriamente quando já eram quatro da manhã, depois de seis doses de uísque, quando você acha todas as suas ideias geniais, mas no dia seguinte quando eu ia ler eu falava “pô não é isso”. Então eu acho que essa estrutura familiar interferiu, no bom sentido, na criação sim.
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Extraído do site http://www.saraivaconteudo.com.br




Renato Godá - Demodê


Clipe do cantor Renato Godá cantando um se deus grandes sucessos.


REVELAÇÃO MPB: Renato Godá


Renato Godá - Em Suas Mãos

Mais um novo talento surge na nossa música brasileira. O paulistano Renato Godá é a Revelação MPB que trago nesta quarta para todos.


13 de dez. de 2010

Zé Ramalho e seu reconhecimento

Zé Ramalho - Cidadão

Em 1997, Zé Ramalho comemora seus 20 anos de carreira em grande estilo. Primeiro por ter sua música "Admirável Gado Novo" incluída na trilha sonora da novela global "O Rei do Gado", lhe dando grande projeção nacional e repercussão ainda maior do que na época em que foi lançada; e em segundo lugar, pela gravação do disco 20 Anos - Antologia Acústica, reunindo os grandes sucessos que marcaram em sua trajetória. Ainda no mesmo ano, reúne novamente com Geraldo Azevedo e Elba Ramalho para gravar o disco O Grande Encontro 2, sem a presença de Alceu Valença.

No ano de 2000 lança Nação Nordestina, cuja capa foi inspirada em um álbum dos Beatles (Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band) e faz uma homenagem aos grandes nomes da música nordestina. Por este trabalho, recebeu indicação ao Grammy Latino no ano seguinte, na categoria de Melhor Disco Regional. Em 2003 volta a gravar um disco de inéditas com suas composições: O Gosto da Criação.

Logo depois grava uma série de tributos homenageando Raul Seixas (projeto de longa data e que também se transformou em dvd), Bob Dylan, Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro (este último gravado neste ano). Com mais de 25 discos gravados e quase 35 anos de carreira, Zé Ramalho é um dos artistas mais respeitados da música regional e do Brasil. Suas canções vão do cancioneiro popular, passando pela música de protesto até o retrato do povo do Nordeste.


12 de dez. de 2010

Sintonia::: Especial Zé Ramalho



Playlist com Top 15 contendo as maiores composições e sucessos de Zé Ramalho.

O Sucesso de Zé Ramalho

Zé Ramalho - A Terceira Lâmina

Em 1980, Zé Ramalho participa do Festival Shell de Música Popular Brasileira, organizada pela TV Globo, onde cantou a música "Hino Amizade". No ano seguinte, lança um livro de poesias e grava novo disco - A Terceira Lâmina - sendo um de seus melhores trabalhos. A partir daí grava um disco por ano, seguindo por novas experimentações musicais, mas que não foram bem recebidos pela crítica e público. Alinhado a isso, enfrentava problemas pessoais devido ao vício.

Passada esta fase, no início da década de 1990 volta a realizar shows, inclusive se apresentando nos Estados Unidos e a gravar ótimos discos como Brasil Nordeste, de 1991 e é o 10º álbum de sua carreira, reunindo regravações de sucessos da região nordestina, em ritmo de forró.

Após o lançamento do disco Frevoador em 1992, Zé Ramalho parte para excursionar pelo país junto com o cantor e compositor Geraldo Azevedo. Mais tarde, Aleu Valença e Elba Ramalho juntam-se a eles e formam o Grande Encontro em 1995, que, juntos, realizam shows pelo Brasil e gravam um disco ao vivo. A partir daí, Zé Ramalho volta a fazer sucesso nas rádios com suas composições caindo no gosto do público.

O começo de Zé Ramalho

Zé Ramalho - Admirável Gado Novo

José Ramalho Neto, simplesmente conhecido como Zé Ramalho, nasceu na cidade de Brejo do Cruz, estado da Paraíba. Após a morte do pai na infância, foi criado pelo avô. Ao morar com a família em João Pessoa, Zé Ramalho descobriria sua vocação musical no início da década de 1970, influenciado por Bob Dylan, Raul Seixas e da Jovem Guarda.

Em 1974 ajuda a compor a trilha sonora do filme "Nordeste: Cordel, Repente e Canção", de Tânia Quaresma e grava o disco Paêbiru junto com Lula Côrtes e parra a conhecer novos amigos musicais como Geraldo Azevedo, Fagner e outros artistas da música regional. Após conhecer o cantor e compositor Alceu Valença, participam do Festival Abertura no ano seguinte. Muda-se para o Rio de Janeiro onde iria seguir sua carreira.

Seu primeiro disco viria em 1978 com Zé Ramalho lançado pela gravadora Epic, destacando seu primeiro sucesso "Avohai", dedicado ao seu avô que o criou na infância, além de "Chão de Giz" e "Vila do Sossego". Em sua música evidencia-se uma fusão da música nordestina com o pop, além de revelar-se um dos grandes compositores da nossa música. Prova disso foi o seguindo disco gravado em 1979 com A Peleja do Diabo Com o Dono do Céu, um trabalho totalmente autoral que trouxe outros sucessos como "Admirável Gado Novo" e "Frevo Mulher".


Zé Ramalho - Chão de Giz


Neste clipe, Zé Ramalho canta um de seus grandes clássicos de sua carreira no show Zé Ramalho Canta Raul Seixas, que também leva o nome de seu cd, de 2001.


Zé Ramalho: Homenageado do Dia


Zé Ramalho - Avohai

Cantor e compositor paraibano e um dos grandes nomes da música nordestina, Zé Ramalho é o Homenageado do Dia deste domingo.


10 de dez. de 2010

Momento Flashback: Will To Power


Will To Power - Dreamin

Um dos grandes nomes da dance music na década de 1980, o grupo Will To Power (nome inspirado na concepção filosófica de Nietzsche) foi criado em 1987 nos Estados Unidos, por Bob Rosenberg e formado por ele, Suzi Carr, Maria Mendez, Donna Allen e Sandeé, além dos tecladistas Lawrence Dermer e David Rosenthal a a participação de um DJ conhecido como Dr. J.

O primeiro disco Will To Power saiu no ano seguinte pela gravadora Epic, embalado por três grandes hits que estouraram nas paradas de sucesso de todo o mundo: "Dreamin", "Say It's Gonna Rain" e o medley composto de duas músicas ("Baby, I Love Your Way", de Peter Frampton; e "Free Bird", da banda Lynyrd Skynyrd). Com a boa estréia do primeiro álbum, veio a lançar o segundo trabalho - Journey Home - em 1990, com Rosenberg ainda no comando, na produção, arranjo, composição e vocais, foi incluído novos músicos e destacou pelo hit romântico "I'm Not In Love", nova versão para o sucesso do grupo inglês 10cc.

Durante toda a década de 1990, o Will To Power sumiu da mídia. A gravadora Sony Music lançou uma coletânea dos maiores sucessos do grupo denominado Love Power. Depois de muito tempo em jejum, volta com novo disco em 2005 com Spirit Warrior. Até hoje, continua em atividade.


9 de dez. de 2010

A Música no Mundo e no Brasil - Parte 51


Bach - Jesus, Alegria dos Homens

Johann Sebastian Bach foi um compositor alemão nascido em Eisenach, no ano de 1685, sendo descendente de uma família de músicos profissionais. Obteve o posto de violinista na corte ducal de Weimar em 1703, depois o de pianista em Arnstadt, de onde viajou para Lübeck.

Choca-se com as autoridades eclesiásticas que sentiam suas artes de organista e suas intenções de reformar a música litúrgica como excrescências inconvenientes do serviço na igreja luterana. Desde 1717, como chefe da orquestra do príncipe Leopold von Anhalt, em Köthen, que era calvinista, o que excluiu sua música de sua igreja. Ali, bach escreveu grande parte das suas obras instrumentais.

Depois de dois casamentos, obteve o ambicionado posto de chantre (cantor) da Escola de São Tomás em Leipzig: alta posição social, mas remuneração escassa, brigas permanentes com o conselho municipal de Leipzig por causa de verbas insuficientes. Ao fim da vida, Bach ficou cego e quase todos seus filhos se tornaram compositores conhecidos. E com a obra dele, chega ao cume e ao fim a música polifônica, cujo ciclo se iniciara com os mestres flamencos, no séc. XV.

Bach é o maior mestre de fuga e do contraponto, no órgão superou a arte de Buxtehude. Mas também sofreu, na melodia, a influência dos seus contemporâneos Couperin e, sobretudo, Vivaldi. Bach é igualmente grande - talvez o maior compositor de todos os tempos - na música vocal e instrumental. Escreveu pouco para coro a capela, sem acompanhamento; mas os motetos "Jesus, Minha Alegria" (1723) e "Cantai uma Canção Nova ao Senhor" (1730) são as expressões mais fortes do seu misticismo religioso.

Sua arte era, na época do predomínio da ópera italiana um anacronismo. Depois da sua morte, Bach foi logo esquecido, superado pela nova música instrumental de seu filho, Carl Philipp Emanuel, e de Haydn. Após sua morte em 1750, deve-se a redescoberta de Bach a Mendelssohn que, em 1829, regeu em Berlim a primeira execução pública da "Paixão Segundo São Mateus" (1729). Desde então, a glória de Bach não deixou de crescer. Sua arte é considerada como o fundamento de toda a música.

Encerro com chave de ouro, a música erudita e alguns de seus ilustres representantes. Próxima semana volto a falar mais da história da música. Até lá!


8 de dez. de 2010

Rodrigo Bittencourt no Saraiva Conteúdo


Entrevista com o cantor no programa Saraiva Conteúdo, falando de sua vida e carreira.
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Fonte: http://www.saraivaconteudo.com.br/Artista.aspx?id=184


REVELAÇÃO MPB: Rodrigo Bittencourt


Rodrigo Bittencourt - Cinema Americano

Cantor, compositor, cineasta e escritor, Rodrigo Bittencourt é destaque desta quarta como a Revelação MPB.


5 de dez. de 2010

Sintonia::: Especial Fátima Guedes



Playlist com Top 15 contendo as maiores composições e sucessos de Fátima Guedes.

O Sucesso de Fátima Guedes

Fátima Guedes - Mais uma Boca

Logo após participar de vários festivais universitários e ganhar o Festival de Música da Faculdade Hélio Alonso em 1976 com a música "Passional", Fátima Guedes começa a ser conhecida no meio musical. Conheceu o escritor José Louzeiro de quem recebe o convite para compor "Onze Fitas" que se tornaria seu primeiro grande sucesso, já que posteriormente, foi regravada pela cantora Elis Regina em 1978. As duas músicas sairiam no primeiro disco da cantora gravado no ano seguinte, totalmente autoral.

Em 1980 se inscreve no Festival Shell de Música Popular Brasileira, apresentando sua composição "Mais uma Boca" que se torna um de seus grandes sucessos. No ano seguinte grava o disco Lápis de Cor, com destaque para a faixa-título. Suas canções ganham novas interpretações, sendo gravadas por vários artistas da nossa música como Wanderléia, Simone, Nana Caymmi, Ney Matogrosso, Maria Bethânia, entre outros.

Com 31 anos de carreira e mais de 10 discos gravados, Fátima Guedes também mostra seu lado intérprete ao ter gravado seu último disco dedicado a Tom Jobim com Outros Tons em 2006, ao cantar músicas pouco conhecidas do saudoso maestro.


Pequena Biografia de Fátima Guedes

Fátima Guedes - Lápis de Cor

Maria de Fátima Guedes nasceu numa terça-feira, dia 6 de maio, na rua Dr. Satamini, Tijuca, no coração do Rio de Janeiro. Foi neste bairro que cursou o primário no Instituto de Educação e na Escola Azevedo Sodré. Mudou-se aos 8 anos para o Rio Comprido onde passou a juventude lendo muito e ouvindo música: clássicos por influência do padrasto, hits românticos por influência da moda, e MPB por influência da mãe, professora de literatura, que a introduziu no mundo das palavras. Foi ela que a presenteou com o LP Chico Buarque Volume 4, quando Fátima tinha apenas 11 anos.

Começou a compor aos 15 anos e aos 18 já tinha uma linguagem amadurecida em letras e melodias. Inscreveu-se no festival do Colégio Hélio Alonso, onde estudava, e ganhou os prêmios de melhor composição e melhor letra com a canção "Passional". No júri do festival estavam, entre outros, Maria Bethânia, o produtor Mariozinho Rocha, o poeta e letrista Paulo César Pinheiro e o jornalista Roberto Moura. Este último foi responsável por apresentar Fátima às pessoas do meio musical da época. Numa reunião na casa do músico João de Aquino, ela conheceu Renato Corrêa, cantor, compositor e na época produtor da gravadora Odeon, que a convidou para gravar seu primeiro disco. Nesse mesmo ano conheceu a cantora Elis Regina que a apresentou em seu especial de fim de ano da TV Bandeirantes.
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Extraído do site http://www.fatimaguedes.com.br




Fátima Guedes - Incerteza


Fátima Guedes em participação no programa Sr. Brasil, apresentado por Rolando Boldrin pela TV Cultura, onde interpreta a música "Incerteza", de Tom Jobim e Newton Mendonça.


Fátima Guedes: Homenageada do Dia


Fátima Guedes - Cheiro de Mato

Com mais de 30 anos de carreira, a cantora e compositora carioca Fátima Guedes é a Homenageada do Dia que trago neste domingo.


3 de dez. de 2010

Momento Flashback: Van Halen


Van Halen - Jump

Banda norte-americana criada em 1972 pelos irmãos Edward "Eddie" (guitarra, teclados) e Alex Van Halen (bateria) que, juntamente com o baixista Michael Anthony e o guitarrista David Lee Roth completam a formação do quarteto. O sobrenome dos irmãos daria nome à banda.

Van Halen começou tocando em Los Angeles durante a década de 1970 até ser contratada pela gravadora Warner e lançar seu primeiro disco em 1978, seguindo estilo hard rock e heavy metal, que predominava na época.

Em 1983, o guitarrista Eddie Van Halen é convidado por Michael Jackson para participar da faixa "Beat It", do seu disco Thriller. No ano seguinte, ao lançar o sexto disco Van Halen - 1984, alcança o auge do sucesso, sendo um dos álbuns mais premiados do rock mundial alavancado pelo hit "Jump" que se torna uma dos mais tocados em todo o mundo. Mas foi no mesmo ano que David Lee Roth resolve sair da banda, sendo substituído por Sammy Hagar.

Com novos discos no caminho e algumas mudanças na formação da banda, Van Halen ainda segue hoje em atividade, tendo gravado mais de 10 discos e conta com Eddie, Alex e Wolfgang Van Halen (filho de Eddie, no baixo) e o retorno de David na sua formação atual.


2 de dez. de 2010

A Música no Mundo e no Brasil - Parte 50



Compositor brasileiro nascido no Rio de Janeiro em 1887, Heitor Vila-Lobos aprendeu violoncelo, clarinete e noções de teoria musical com seu pai Raul Vila-Lobos que era músico, funcionário da Biblioteca Nacional e fundador da Sociedade de Concertos Sinfônicos do Rio de Janeiro.

As primeiras impressões musicais de Heitor, ainda menino, datam de uma estada da famíliano interior do estado do RJ e em Minas Gerais com música negra e canções sertanejas. Os saraus musicais na casa de seu pai tiveram influência decisiva sobre a formação musical do filho que, aos 8 anos de idade, já admirava os prelúdios e fugas do "Cravo Bem Temperado", de Bach. Após a morte do pai em 1899, nem as dificuldades econômicas e nem a incompreensão familiar conseguem impedir sua irresistível vocação musical. No mesmo ano já começa a compor.

Aos 14 anos de idade, toca em conjuntos instrumentais populares tocando choro, em 1903 estréia como violoncelista profissional numa orquestra do teatro Recreio e ganha a vida tocando em cinemas, hotéis e cafés. Passa a viajar pelo Brasil conhecendo a música popular e volta ao Rio onde se matricula no curso de Harmonia do Instituto nacional de Música. Estuda partituras de grandes mestres, mas deixa-se sobretudo guiar por um instinto musical inovador e ousado, pois ignora quase totalmente as novas correntes do pensamento musical europeu.

Em 1915, realiza o primeiro concerto de suas obras compostas, cuja essência anti-romântica não é compreendida pelo público e pela crítica conservadora. Depois de 1917, começa a utilizarm os motivos musicais recolhidos junto ao povo ("Prole do Bebê nº 1" e "Carnaval das Crianças Brasileiras"). Participa agressivamente do movimento de renovação cultural da Semana da Arte Moderna de 1922, em São Paulo, organizando quatro ou cinco programas de primeiras audições dem suas obras. Logo depois, adota definitivamente a temática nacionalista com "Soneto", "Choros", "Serestas Cirandas".

Viaja para a Europa entre 1927 e 1930, firmando sua reputação entre as vanguardas musicais, chegando a conhecer grandes compositores da música erudita como Stravinsky, De Falla, entre outros. De volta ao Brasil, Vila-Lobos tem a idéia de reagir contra o estado da cultura musical do país. Seu plano compreendia a audição de música sinfônica contemporânea, sobretudo o ensino de canto orfeônico à juventude das escolas primárias. Após dois anos de intensa atividade em São Paulo, retorna ao Rio de Janeiro para dirigir a Superintendência de Educação Musical e Artística (S.E.M.A.), fundada por Anísio Teixeira. Faz propaganda em prol do canto coral e funda a orquestra Vila-Lobos em 1933.

Com o passar dos anos, dirige vários concertos, cria o Conservatório Nacional de Canto Orfeônico (1942), onde se torna diretor até fundar, em 1945, a Academia Brasileira de Música. Seu prestígio artístico e popular cresce cada vez mais, inclusive no estrageiro com viagens para participar de congressos ou dirigir concertos na Europa, nos países sul-americanos (Argentina e Uruguai), nos Estados Unidos e em Israel.

Profundo conhecedor de seu país, Vila-Lobos iniciou o modernismo musical no Brasil, redescobriu o folclore, mas superou-o também, num esforço vigoroso de imaginação que o levou a criar uma temática popular original. Sua obra imensa e produções técnicas avançadas de composição produzem efeitos surpreendentes e traduzem um delicado e íntimo lirismo. Faleceu no Rio de Janeiro em 1959.

Suas principais composições compreendem a música dramática com óperas ("Aglaia", de 1909; "Elisa", de 1910; Yerma, de 1956) e bailados ("Uirapuru", de 1917; "Pedra Bonita", de 1933); música coral-sinfônica ("Tiradentes", de 1939); música orquestral ("Amazonas", de 1917, além de 12 sinfonias, poemas sinfônicos e outros); música sacra ("Marchas Religiosas", feitas entre 1915 e 1918, além de coleções de 23 cânticos sacros de diferentes épocas, seis corais à capela, entre outros); músicas de câmara; música vocal; música para piano; além de choros e bachianas brasileiras.

Na próxima semana falarei da vida e da obra de Bach. Até lá!


1 de dez. de 2010

Um pouco sobre Pedro Miranda

Pedro Mariano - Compadre Bento

Natural do Rio de Janeiro, fez curso de Desenho Industrial pela PUC quando descobriu sua vocação para a música. Daí, começou sua carreira cantando no bairro da Lapa, reduto da boemia e do samba carioca, em 1997 com o grupo e bloco Cordão do Boitatá, criado por ele. Participou de vários shows e trabalhos junto ao grupo Samba de Fato (com Cristina Buarque) e ao Grupo Semente (com Tereza Cristina), tornando-se conhecido pelos sambistas e pelo público local. O primeiro reconhecimento como cantor viria a ser solista do projeto O Samba É Minha Nobreza que resultou em cd e que foi desenvolvido por Hermínio Bello de Carvalho.

Pedro ainda participou do grupo de teatro TAL, ao lado de Moreno Veloso. Com a experiência nos palcos e mostrando-se um ótimo cantor, resolveu gravar seu primeiro disco Coisa Com Coisa, que saiu em 2006, apresentando repertório que inclui Paulinho da Viola, Zé Keti, Roque Ferreira e Paulo César Pinheiro, entre outros compositores.

Bom a boa receptividade do primeiro disco, Pedro Miranda ganhou elogios de ninguém menos do que o cantor e compositor Caetano Veloso que viria a inserir comentário no cd Pimenteira. Neste novo trabalho independente, Pedro reúne alguns dos nomes do samba já conhecidos pelo público. Destaque para as faixas "Baticum" (de Paulo C. Pinheiro), "Meio-Tom" (de Rubinho Jacobina) e "Pimenteira" (de Roque Ferreira), entre outras.


Pedro Miranda - Pimenteira


Neste clipe Pedro Miranda canta "Pimenteira" que faz parte do disco homônimo, no programa Oi Novo Som.


REVELAÇÃO MPB: Pedro Miranda


Pedro Miranda - Baticum

Em véspera do Dia Nacional do Samba que se comemora amanhã, trago uma das novas vozes deste gênero. Pedro Miranda é a Revelação MPB desta quarta-feira.

28 de nov. de 2010

Sintonia::: Especial Cyndi Lauper



Playlist com Top 15 contendo os maiores sucessos de Cyndi Lauper.

Cyndi Lauper, hoje

Cyndi Lauper - You Don't Know

Em 1990, Cyndi Lauper participou do concerto em tributo a John Lennon, realizado em Liverpool, Inglaterra. Na ocasião, cantou duas músicas ("Hey Bulldog" dos Beatles, e "Working Class Hero" de Lennon). No ano seguinte, atua no filme "Off and Running - Fora de Controle" onde conheceu o ator David Thorthon, com quem se casa.

Em 1993 grava mais um novo disco Hat Full Of Stars que marca uma visível mudança no visual e na carreira da cantora. No ano seguinte lança Twelve Deadly Cyns...and Then Some, sua primeira compilação de sucessos de sua carreira, com destaque para "Hey Now (Girls Just Want To Have Fun)". Em 1995, participa do seriado "Mad About You - Louco Por Você".

Dois anos depois, nasce o primeiro filho de Cyndi Lauper que grava, também, seu novo disco Sisters of Avalon, com destaque para a música "You Don't Know", mas que não teve muita repercussão. No ano seguinte grava um disco com músicas natalinas: Merry Christmas... Have A Nice Life.

Em 2003 volta a lançar nova coletânea intitulada The Essential Cyndi Lauper. Com mais de 10 discos em sua longa carreira (seu último trabalho foi lançado neste ano com Memphis Blues), além de várias participações no cinema e na tv, Cyndi Lauper ainda hoje é reconhecida como um dos grandes nomes da música pop internacional.


O Reconhecimento Mundial de Cyndi Lauper

Cyndi Lauper - All Through the Night

Em 1984, Cyndi Lauper ganha seu primeiro reconhecimento internacional, ao ser indicada e ganhar o Grammy Award como melhor "Cantora Revelação". Em 1985, Cyndi Lauper é convidada para participar da gravação da música "We Are the World", composta por Michael Jackson e Lionel Ritchie, que, juntamente com mais de 40 artistas consagrados da música internacional formaram um grupo que ficou conhecido como U.S.A For Africa, e destinaram os fundos da arredação do compacto da canção para as vítimas da fome na África.

Ainda no mesmo ano, participou do filme "Os Goonies", de Steven Spielberg, compondo também a sua trilha sonora, com destaque para a música "The Goonies 'R' Good Enough". Grava novo disco em 1986 com True Colors, onde assina algumas faixas e a produção. Por este trabalho, Cyndi vendeu mais de 12 milhões de discos em todo o mundo e a faixa-título se torna um dos maiores hits de sua carreira, que mais tarde foi regravada por outros artistas. O álbum ganhou o Disco Duplo de Platina pelo sucesso de suas vendagens.

Após uma turnê mundial de divulgação do disco, Cyndi ainda atua no cinema, mas sem muito sucesso. Volta em 1989 com novo disco A Night To Remember que vende mais de 500 mil cópias nos Estados Unidos. O primeiro single "I Drove All Night" recebe indicação como melhor Performance de Vocalista de Rock. Outras duas faixas ganham lugar nas paradas de todo o mundo: "My First Night Without You" e "Unconditional Love". No mesmo ano sai em turnê mundial de divulgação do disco, inclusive, se apresentando aqui no Brasil.


O início de Cyndi Lauper

Cyndi Lauper - Girls Just Want To Have Fun

Cyndi Lauper nasceu em 22 de junho de 1953 em Nova York, Estados Unidos. Seus pais que moravam no Brooklyn divorciaram quando ela tinha apenas 5 anos de idade, tendo Cyndi ido morar com sua mãe e irmãos no Ozone Park, na mesma cidade.

Sua maior influência musical foi inspirada em artistas que ela ouvia na infância e adolescência: Louis Armstrong e os Beatles. Ganhou um violão de sua irmã mais velha e passou a cantar em alguns bairros no bairro onde morava, já que na escola não ia bem. Só em 1974, torna-se vocalista e dançarina da Dov West, uma banda de baile de Long Island que só tocava covers de disco music, mas que ficou pouco tempo.

Logo depois cria uma banda chamada Flyer, mais voltada ao rock, mas percebeu que sua voz não estava bem e entrou em um curso de canto, por indicação de uma colega da banda. Recuperada no início da década de 1980, volta a cantar em Manhattan onde conhece seu futuro empresário Ted Rosemblatt que lhe daria novos rumos à sua carreira.

Assim, sai o primeiro disco de Cyndi Lauper em 1980, denominado Blue Angel. Mas é a partir do segundo disco She's So Unusual, lançado em 1983 pela gravadora Portrait Records, que estoura nada menos do que cinco faixas como "Money Changes Everything", "She Bop", "All Through The Night", "Time After Time", mas impulsionado pelo seu primeiro grande sucesso mundial: "Girls Just Want To Have Fun".


Cyndi Lauper - True Colors



Apresentação ao vivo de Cyndi Lauper cantando um dos grandes sucessos de sua carreira. Sucesso de 1986, a música se tornou um dos grandes hits da década.


Cyndi Lauper: Homenageada do Dia


Cyndi Lauper - Time After Time

Com certeza ninguém ouviu falar no nome Cynthia Ann Stephanie. Ocorre que este é o nome verdadeiro de um dos grandes ícones da música pop que o mundo já conheceu: Cyndi Lauper. É a Homenageada do Dia que trago neste domingo.


26 de nov. de 2010

Momento Flashback: Berlin


Berlin - Take My Breath Away

Banda norte-americana formada na cidade de Los Angeles, em 1978, formada por Virginia Macolino (nos vocais), John Crawford (no baixo e guitarra) e David Diamond (teclados). Logo depois entraram Ric Olsen (guitarra), Matt Raid (teclados) e Rob Brill (bateria), completando sua formação em 1982. No decorrer dos anos, a banda foi sofrendo mudanças em sua formação com a saída e entrada de alguns integrantes.

Apresentando sucesso meramente comercial, lançou seu primeiro disco Information, em 1980. A partir do segundo disco Pleasure Victim, a vocalista Virginia sai da banda para a entrada definitiva de Terri Nunn nos vocais e a banda começa a tornar-se conhecida com os singles "Sex (I'm A ...)" e "The Metro".

O reconhecimento mundial veio em 1986 quando o single "Take My Breath Away" entra na trilha sonora do filme "Top Gun - Ases Indomáveis", estrelado por Tom Cruise, Kelly McGillis e Val Kilmer. A música faz parte do disco Count Three & Pray, lançado no mesmo ano e marca o auge da carreira da banda. No ano seguinte, o novo disco não emplaca e Berlin encerra suas atividades.

Em 1998, Terri Nunn retorna com a banda com nova formação (Mitchell Sigman, Carlton Bost e Chris Olivas) para gravar novos discos. Atualmente continua em atividade.