Luiz Gonzaga - Olha Pro Céu
Luiz Gonzaga teve influência forte e marcante para vários artistas da música popular brasileira e da cultura em geral. Segue alguns depoimentos famosos sobre o Rei do Baião:
"É assim a música - não só a letra - de Luiz Gonzaga. Ela identifica a geografia física e humana do Nordeste de um modo flagrante e definitivo como um signo, que provoca o reconhecimento tácito por si mesmo evidente. É a evidência do inconsciente coletivo, um padrão arquétipo.
Por isso que a gente fala em raiz quando ouve Luiz Gonzaga. Por isso que a gente ousa empregar até essa palavra terrível: telúrico. Luiz Gonzaga é telúrico. Está na terra de nossa alma, da alma do nosso povo. É eterno."
(Nelson Xavier - ator, autor e diretor brasileiro. Depoimento contido no encarte do disco "Luiz Gonzaga - 50 Anos de Chão")
"Luiz Gonzaga deixou uma descendência artística, como Dominguinhos, Oswaldinho e toda uma geração de sanfoneiros que está atuando por aí. Abriu, também, caminhos para Jackson do Pandeiro e para os artistas nordestinos que vêm para o Sul. Como criador e estilista, não há ninguém que se compare, até agora, àquele que é chamado até hoje de Rei do Baião. Ele agora voltou ao ponto de partida, a cidade de Exu, para finalmente cuidar do seu pé de serra."
(Chiquinho do Acordeon - cantor, compositor e instrumentista. Depoimento contido no encarte do disco "Luiz Gonzaga - 50 Anos de Chão")
"Sempre achei Luiz Gonzaga a maravilha máxima. Cantando e contando a verdade nordestina, Gonzaga nos mostra, com um lirismo incomum, as dores e a sensibilidade de um povo extraordinário."
(Nara Leão - cantora. Depoimento contido no encarte do disco "Luiz Gonzaga - 50 Anos de Chão" )
"Ele sempre batalhou muito para que a nossa voz fosse ouvida. É o Mestre Maior."
(Raimundo Fagner - cantor. Depoimento contido no encarte do disco "Luiz Gonzaga - 50 Anos de Chão")
"Sua voz e sua sanfona mostram ao país a riqueza musical do Nordeste."
(Ilmar Carvalho - crítico musical. Depoimento contido no encarte do disco "Luiz Gonzaga - 50 Anos de Chão")
"Desde criança, sempre ouvia Luiz Gonzaga, Ataulfo Alves, Tito Fuentes, Xavier Cougar. Misturo todos esses ritmos na minha música."
(Benito di Paula - cantor e compositor que homenageou o rei do baião em sua música "Sanfona Branca", em entrevista no Gazeta On Line)
(Benito di Paula - cantor e compositor que homenageou o rei do baião em sua música "Sanfona Branca", em entrevista no Gazeta On Line)
"Dentre aqueles gêneros diretamente criados a partir da matriz folclórica, está o Baião e toda a sua família. E da família do baião Luiz Gonzaga foi o pai. Seu nome se inscreve na galeria dos grandes inventores da música popular brasileira, como aquele que, graças a uma imaginativa e inteligente utilização de células rítmicas extraídas do pipocar dos fogos, de moléculas melódicas tiradas da cantoria lúdica ou religiosa do povo caatingueiro, e, sobretudo da alquímica associação com o talento poético e musical de alguns nativos nordestinos emigrantes como ele, veio a inventar um gênero musical. Eu, como discípulo e devoto apaixonado do grande mestre do Araripe, associo-me às eternas homenagens que a História continuada prestará ao nosso Rei do Baião."
(Gilberto Gil - cantor e compositor. Prefácio do livro "Vida do Viajante: A Saga de Luiz Gonzaga", de Dominique Dreyfus)
"O mais importante artista criador que esteve na sustentação da música popular nordestina. Ele foi essa figura que, sem atentar muito para isso, deixou uma imensa obra para seguir e aprender para que ele continue sendo lembrado e sua herança jamais se perca."
(Dominguinhos - cantor, compositor e instrumentista em entrevista a André Dib, no Diário de Pernambuco)
"Enquanto Presley foi o "Cavalo de Tróia" da negritude num país racista, Gonzaga colocou o Nordeste, com sua cultura refinada e seus costumes peculiares, no mapa da MPB. Era um momento de urbanização do sudeste, em que nordestino era encarado como peão de obra, cabeça chata, ser inferior. O Rei do Baião desvelou a diversificada cultura deste povo, então encarado de forma pejorativa. Está entre os maiores de todos, os fundadores de escolas: Pixinguinha, Noel Rosa, Dorival Caymmi, Tom Jobim - e não muitos mais."
(Tárik de Souza - jornalista e crítico musical em entrevista a Cristiano Bastos, no site Rolling Stone Brasil)
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