18 de mar. de 2011

Momento Flashback: Atlantic Starr


Atlantic Starr - Always

Banda norte-americana formada em White Plains, Nova York, em 1976 pelos irmãos David, Jonathan e Wayne Lewis, além de mais seis integrantes, dentre eles, a vocalista Sharon Bryant que logo depois foi substituída por Barbara Weathers. Ao longo da carreira, a banda sofreu diversas modificações em sua formação.

O primeiro disco que leva o nome da banda foi gravado em 1977 e lançado no ano seguinte. Mas o ápice do sucesso veio na década de 1980 ao lançar grandes hits que marcaram a sua trajetória. Com o sexto disco As the Band Turns, de 1985, emplacou a faixa romântica "Secret Lovers", dueto com Barbara Weathers e David Lewis, que se tornou uma das mais tocadas em todo o mundo. No ano seguinte, grava uma coletânea intitulada Secret Lovers...The Best of Atlantic Starr.

O próximo trabalho também alcança altas execuções e vendagens no mercado internacional. O álbum All In The Name Of Love foi lançado em 1987 teve quase todas as canções compostas por David e Wayne Lewis, exceto a balada romântica "Always" (Jonathan, David e Wayne Lewis), "Armed and Dangerous" (Garry Glen, Martin Page, Maurice White), "One Lover at a Time" (Richard Feldman, Jimmy Scott) e a faixa-título (Sam Dees).

Com 13 discos gravados, Atlantic Starr ainda lançou seu último disco Legacy por um selo independente que não teve a merecida atenção da mídia, fato que levou a banda a encerrar suas atividades. No ano 2001 foi lançado a coletânea 20th Century Masters - The Millennium Collection: The Best of Atlantic Starr, reunindo grandes sucessos que marcaram sua carreira.

17 de mar. de 2011

A Música no Mundo e no Brasil - Parte 55

Patrícia Marx - Tome Polca

Polca
Por: José Ramos Tinhorão

Dança popular da Boêmia (parte do antigo Império Austro-Húngaro integrada à Tchecoslováquia), introduzida nos salões europeus da era pós-napoleônica com o atrativo da aproximação física dos dançarinos, ao prever duas possibilidades de evolução do par enlaçado: rodeando (um giro após seis passos, com meio giro no terceiro, e outro depois dos três últimos), ou, mais animadamente, com rápidos pulinhos nas pontas dos pés. Tudo dentro de um compasso binário simples, de movimento em allegretto, cujo ritmo à base de colcheias e semicolcheias, com breves pausas regulares no fim do compasso, permitia aos pares as novas possibilidades de aproximação dos corpos que viria a chamar popularmente de dançar agarrado.

Interpretada pela primeira vez no Brasil na noite de 3 de julho de 1845 no palco do Teatro São Pedro, no Rio de Janeiro, pelas duplas de atores Felipe e Carolina Cotton e Da Vecchi e Farina – segundo pesquisa de Vicente de Paula Araújo em jornais da época – a polca espalhou-se pelos salões de todo o país como uma espécie de febre que explicaria, inclusive, a criação em 1846 de uma Sociedade Constante Polca na côrte carioca. Cultivada por compositores de teatro musicado e amadores componentes de grupos de choro, a polca acabaria por fundir-se com outros gêneros locais de música popular desde a virada dos séculos XIX/XX, para chegar à era dos discos mecânicos. E isso demonstrado pelo levantamento de centenas de gravações, entre 1902 e 1927, de polcas dobrado, galope, fado, fadinho, lundu, tango e, ainda em criações originais tipo polca militar e polca carnavalesca.

A polca foi revivida após a década de 1930 em composições eventuais agora sob as firmas de polca-choro, polca-maxixe, polca-baião e até numa curiosa experiência de polca-canção. E mais ainda recentemente, alcançaria a glória de receber, em 1950, notícia histórica posta em música, com seu ritmo, na composição de Luís Peixoto e José Maria de Abreu, "Tome Polca", gravada pela cantora Marlene.

16 de mar. de 2011

Perfil de Josyane Melo

Natural de Caxias do Sul, no estado Rio Grande do Sul, teve sua influência musical originada da mãe que já era ligada à música. Ainda criança, cantava músicas folclóricas junto com a mãe e participou do Centro de Tradições Gaúchas (CTGs), uma sociedade civil destinada a divulgação da cultura gaúcha.

Já adulta, passou a residir em São Paulo e integrar a Banda Glória, criada em 1998, formada por 18 integrantes voltada para tocar chorinho, samba e ritmos tradicionais. A partir daí, passa a fazer shows pela capital paulistana e também nas cidades gaúchas.

Sem se desligar da banda, Josyane grava seu disco solo que reúne repertório de artistas consagrados como Gilberto Gil, Milton Nascimento e Lupicínio Rodrigues, além de composições próprias e outros compositores. Seu novo trabalho intitulado Origami saiu pela gravadora Chita Discos (de Chico César) saiu em 2008, ganhando merecidos elogios da imprensa. No cd destacam belas gravações como "Cantiga de Roda" e "Rainha dos Sete Mares" que fez sucesso na voz de Elza Soares.

Hoje continua fazendo shows junto com a banda e em breve deve pintar novos trabalhos.


Josyane Melo - Cantiga de Roda


Destaque do projeto audiovisual Música de Bolso, Josyane Melo canta um de seus sucessos "Cantiga de Roda".


REVELAÇÃO MPB: Josyane Melo


Josyane Melo - Que Baixo

Mais um novo talento surge no cenário da música popular brasileira. Trata-se da gaúcha Josyane Melo que como destaque da seção Revelação MPB de hoje.


15 de mar. de 2011

"Chorando Se Foi" ou "Lambada"?

Desde janeiro, o mundo ouve um novo hit que anda fazendo sucesso nas rádios e nas pistas em todo o mundo. Mas, na verdade, o "novo" não tem nada de novo.

Jennifer Lynn Lopez, mais conhecida como Jennifer Lopez (ou J.Lo) é uma atriz, cantora e compositora natural norte-americana, que iniciou sua carreira como dançarina antes de partir para atuação na tv e nos cinemas a partir de 1987, além da música. Seu primeiro disco foi gravado em 1999 com On the 6 que foi muito bem recebido no mercado fonográfico, destacando 3 singles: "If You Had My Love", "Feelin' So Good" e "Waiting For Tonight". Em sua carreira musical somam 7 discos, incluindo o recente lançado neste ano (Love?), gravado no ano passado.

Cabe levar em consideração uma das faixas do novo trabalho da cantora chamada "On the Floor", que conta com a participação do cantor rap Pitbull. Trata-se de uma música composta por 8 autores diferentes e ainda traz como música incidental a música "Lambada", sucesso mundial do grupo franco-brasileiro Kaoma, liderada por Loalwa Braz, que fez grande sucesso entre 1989 e 1991, no auge da lambada que predominava o Brasil e o mundo.

Em relação à música "Lambada", a música foi gravada originalmente por um grupo boliviano chamado Los Kjarkas como "Llorando Se Fue" (composição de Ulysses Hermosa e Gonzallo Hermosa). Foi gravada em português com sucesso pela cantora mineira Márcia Ferreira juntamente com José Ari em 1986, lhe rendendo um disco de ouro, com autorização do grupo. Quando Kaoma gravou em 1989 em seu disco Worldbeat, Olivier Lorsac mudou o nome da música sem alterar a letra e internacionalizou a canção sob sua autoria quando a lambada virou febre mundial. Isso fez com que Márcia, os autores originais, juntamente com a gravadora editora EMI Songs que representava os direitos dos mesmos entrassem com um processo contra os produtores Olivier Lorsac (que adotou o pseudônimo Chico de Oliveira) e Jean Karacos na França que durou mais de um ano, sendo manchete de jornais do Brasil e do mundo.

No mesmo ano em que gravou seu segundo disco Tribal Pursuit em 1991 (com destaque para o sucesso "Dança Tago Mago", regravada pela Banda Mel na Bahia), foi dado ganho de causa aos autores originais no processo, o que culminou com a paralização temporária das atividades do grupo Kaoma até 2006 quando saiu seu último disco A La Media Noche que já não contava mais com Loalwa que saiu anos antes da gravação. Mesmo após todo o ocorrido, Loalwa Braz e Márcia Ferreira se encontraram em 2008 para por um fim em todas as polêmicas que envolveram o sucesso da canção, chegando, inclusive, a gravar uma música juntas - "Gol da Vida".

O Kaoma se desfez, mas a cantora Loalwa segue fazendo sua carreira solo com muito sucesso, inclusive tendo lançado seu mais novo trabalho denominado Recomeçar em 2003, cujo título não poderia soar melhor depois de toda a história de sucesso vivida pela cantora carioca. Já Márcia Ferreira continua como cantora (que já conta com 9 discos gravados) e radialista, profissão que já exercia antes da carreira musical pela Rádio Nacional (Radiobrás).

Por fim, segue o clipe com o novo hit da cantora Jennifer Lopez, com participação do rapper Pitbull, que inclui a música "Chorando Se Foi":




13 de mar. de 2011

Sintonia::: Especial Paulinho da Viola



Playlist com Top 15 contendo as maiores composições e interpretações de Paulinho da Viola.

45 anos de carreira de Paulinho da Viola

Paulinho da Viola - Nervos de Aço

Paulinho da Viola se redime diante da sua escola de coração e grava o disco Foi um Rio Que Passou Em Minha Vida, em 1970. A faixa-título do álbum é um samba-exaltação à Portela e que colocou Paulinho como um dos mais completos sambistas da mpb, com sua música intimamente ligada às tradições populares e, ao mesmo tempo, revestida de sofisticação e modernidade. No mesmo álbum traz os sucessos "Tudo Se Transformou" e "Jurar Com Lágrimas".

A partir daí torna-se nacionalmente conhecido e o samba cai no gosto do público. Ganha diversos admiradores de sua obra que passam a gravar suas composições. Vários discos foram gravados ao logo da década de 1970 e 1980. Em 1989, Paulinho da Viola gravou o disco Eu Canto Samba e ganha indicação ao Prêmio Sharp de Música que fatura 4 troféus.

Logo depois vieram novas parcerias e novos sucessos, embora gravando eventualmente. Com mais de 20 discos gravados, Paulinho da Viola chegou aos 45 anos de uma carreira consolidada com muita dedicação e perfeição a que se dedica em seu trabalho que criou diversos clássicos que caíram no gosto do público e da crítica como "Na Linha do Mar", "Argumento", "Dança da Solidão", "Pecado Capital", "Coração Leviano", "Prisma Luminoso", "Bebadosamba", sem contar com seu lado intérprete na gravação de "Nervos de Aço", de Lupicínio Rodrigues, faixa-título do disco de 1973.


A consagração de Paulinho da Viola

Paulinho da Viola - Sinal Fechado

Ainda com o grupo A Voz do Morro em 1965, gravou mais quatro discos e participou do disco de Elizeth Cardoso que gravou "Minhas Madrugadas", parceria de Paulinho com Candeia.

Através de Oscar Bigode, diretor de bateria da Escola de Samba Portela, Paulinho entra para a ala de compositores da agremiação e compõe seu novo sucesso "Recado". Além de desfilar na avenida pela sua escola de coração, compõe "Memórias de um Sargento de Milícias" que se torna o samba-enredo da Portela no ano seguinte, sagrando-se campeã.

No ano de 1966, Paulinho participa pela primeira vez dos festivais de música brasileira promovidas pela TV Record. Compõe junto com Capinam e canta "Canção Para Maria" que fica em terceiro lugar no festival deste ano. Dois anos depois, compõe junto com Hermínio de Carvalho a música "Sei Lá, Mangueira", sendo inscrita por este no festival de música, criando um desconforto a Paulinho junto à Portela, pelo fato da canção ser feita em homenagem à escola rival. Foi gravada com sucesso pela cantora Elza Soares.

No mesmo ano, Paulinho vence a I Bienal do Samba com a música "Coisas do Mundo, Minha Nega" e grava o disco Samba na Madrugada, com seu parceiro Elton Medeiros, e em seguida, seu primeiro disco solo. Em 1969, compõe e grava um de seus grandes clássicos "Sinal Fechado" que vence o V Festival da MPB da TV Record, que também foi regravada por Chico Buarque.


Os primeiros anos de Paulinho da Viola

Paulinho da Viola e Elton Medeiros - Depois de Tanto Amor

Paulo César Batista de Faria nasceu no Rio de Janeiro em 1942. A música veio como influência através de seu pai, o violonista Benedicto César de Faria (que fazia parte do grupo de choro Época de Ouro, criado por Jacob do Bandolim na década de 1930), com quem aprendeu a tocar violão e cavaquinho e a ter gosto pelo choro e o samba.

Com várias reuniões de músicos realizados em sua casa por conta das atividades do grupo de seu pai, Paulinho foi conhecendo novos amigos ligados à música. Tomou gosto pelo carnaval e blocos da cidade, em especial à escola de samba Portela a qual iria nutrir grande devoção, e logo viria, ainda jovem, a compor sua primeira canção "Pode Ser Ilusão", em 1962. Da juventude para a fase adulta, trabalha em uma agência bancária onde conhece o poeta Hermínio Bello de Carvalho com quem iniciaria a primeira parceria musical.

Passa a frequentar o bar Zicartola, onde conhece Cartola, Zé Keti e outros sambistas da época. Após ser apresentado a Cartola por Hermínio, Paulinho inicia seus primeiros passos para sua carreira profissional cantando e tocando no local.

Por incentivo de Zé Keti, Paulo compõe e grava novos sambas e apresenta a Luís Bittencourt, diretor da gravadora Musidisc, que logo gostou e sugeriu a criação de um grupo que passou a se chamar A Voz do Morro juntamente com Zé Keti, Nelson Sargento, Elton Medeiros, Anescarzinho e Jair do Cavaquinho em 1965, chegando a gravar o disco Rosa de Ouro, em referência ao espetáculo musical homônimo que apresentou, e a se tornar conhecido como Paulinho da Viola.


Paulinho da Viola e Clara Nunes - Pout-Pourri


Clipe gravado em 1974 para o programa Fantástico, da TV Globo, onde Paulinho da Viola canta um pout-pourri de seus sucessos ao lado da cantora Clara Nunes. As músicas são: "Foi um Rio Que Passou Em Minha Vida", "O Mar Serenou", "Argumento", "Tristeza Pé no Chão", "Pecado Capital", "Menino Deus", "Guardei Minha Viola" e "Conto de Areia".


Homenageado do Dia: Paulinho da Viola


Paulinho da Viola - Eu Canto Samba

Neste domingo retorno com a seção "Homenageado do Dia" trazendo um dos grandes nomes da música popular brasileira. Trata-se do sambista Paulinho da Viola, respeitado cantor e compositor que completou 45 anos de carreira no final do ano passado.