20 de mai. de 2011

Momento Flashback: Depeche Mode


Depeche Mode - I Just Can't Get Enough

Banda responsável por divulgar o movimento synthpop, sendo uma das pioneiras do gênero no início da década de 1980. Formada no ano de 1980, na Inglaterra, por David Gahan nos vocais, Martin L. Gore (tecladista, guitarrista, vocalista e compositor a partir de 1981), Andrew Fletcher (tecladista) e Vince Clarke, que ficou nos dois primeiros anos até sair para formar o Erasure junto com Andy Bell e foi substituído por Alan Wilder. Foi idéia de Dave Gahan ao dar nome à banda, em referência a uma revista francesa também intitulada "Depeche Mode", que costumava ler.

Seu primeiro single foi lançado em 1981 com "Dreaming of Love", mas é com a música "I Just Can't Get Enough" que alcança sucesso absoluto no país, ficando entre as 10 mais executadas nas rádios britânicas, integrando o repertório de seu primeiro disco Speak and Spell, gravado no mesmo ano.

Logo vieram novos discos e a Depeche Mode vai conquistando novos fãs e admiradores em todo o mundo, fazendo popularizar a música eletrônica em vários países. Passa por algumas oscilações em sua carreira até o início da década de 1990 quando lança Violator, com destaque para o hit "Enjoy the Silence". Em 1995, a Depeche Mode tem seus problemas internos vindos a público com a saída de Allan Wilder e a dependência química de David Gahan chegando, inclusive, a tentar suicídio.

No ano seguinte, após a reabilitação de Gahan, a banda volta a gravar e a continuar com suas atividades agora como um trio, chegando ao sucesso com "It's No Good" lançado em 1997 no nono disco Ultra.

Atualmente com 12 discos gravados, tendo seu último trabalho lançado em 2009 com Sounds of the Universe, premiado na categoria "Melhor Álbum Alternativo" no Grammy Awards. Com mais de 100 milhões de discos vendidos nos seus 31 anos de carreira, a Depeche Mode continua firme e forte em seus shows pelo mundo, para alegria de seus fãs.


19 de mai. de 2011

A Música no Mundo e no Brasil - Parte 64

O carnaval é uma festa popular, coletiva, realizada anualmente nos três dias que antecedem a Quaresma, do domingo da quinquagésima à Quarta-Feira de Cinzas.

Reveste-se de características próprias segundo o lugar em que ocorre. Distinguem-se, entre si, os carnavais de Nice, Veneza, Roma, Florença, Nova Orleans e Brasil, mais precisamente em nosso país. No Rio de Janeiro, hoje, o evento mais importante do carnaval são os bailes de salão e os desfiles das escolas de samba (que vimos na semana passada). Em Salvador, na Bahia, predomina o carnaval de rua, ao som de trios elétricos, ao som e ritmo dos blocos afro-brasileiros de afoxés, entre outros. Em Pernambuco, sobretudo em Olinda e no Recife, o que domina são os blocos de frevo e maracatu.

Considera-se o carnaval uma reminiscência das festas dionisíacas da Grécia Antiga dos bacanais, saturnais e lepurcais romanas, todos de caráter orgiástico. São apontadas também ligações com as festas dos doidos e das danças macabras medievais, sendo provável que todas essas formas de divertimento tenham-se transformado, tempos afora, nos bailes de máscaras do renascimento e nos carnavais dos tempos modernos.

No Brasil, o carnaval foi introduzido pelos portugueses, provavelmente no século XVII, com o nome de "entrudo". Essa forma de brincar, que persistiu durante a Colônia e a Monarquia, consistia num folguedo alegre, mas violento. As pessoas atiravam, umas nas outras, água com bisnagas ou limões de cera e depois pó, cal e tudo que tivessem às mãos. Combatido como jogo selvagem, o entrudo prevaleceu até aparecerem objetos menos agressivos como o confete, a serpentina e o lança-perfume. Daí em diante, o carnaval do Rio de Janeiro foi inovando e, em 1840, realizou-se o primeiro baile.

Em 1846, surgiu o Zé Pereira, grupo dos foliões de rua com bombos e tambores. Vieram depois os cordões, as sociedades carnavalescas, blocos e ranchos. O corso, hoje desaparecido, consistia num desfile de carros pelas ruas da cidade, todos de capota arriada, com foliões fantasiados atirando confetes e serpentinas uns nos outros. Em 1929, com a fundação da primeira escola de samba (Deixa Falar) no bairro carioca de Estácio, o carnaval passou a ter, como ponto alto, o desfile dessas entidades.

Até o fim do século XIX, os foliões dançavam e cantavam nas ruas quadrinhas anônimas, ao ritmo de percursão e ao som de bandas. Foi a partir de "Abre-Alas" (1899), da maestrina Chiquinha Gonzaga, que a folia passou a ser animada por composições especialmente elaboradas para ela: são a marcha-rancho, o samba, a marchinha, a batucada e o samba-enredo no Rio de Janeiro; e o frevo, de rua ou de salão, característico do carnaval pernambucano.

Próxima semana começarei a falar dos festivais de música no Brasil. Até lá!


18 de mai. de 2011

Nova Aposta - Marcelo Jeneci

Marcelo Jeneci - Borboleta

O sanfoneiro, pianista e cantor de 28 anos faz um pop repleto de lirismo que já lhe rendeu o Prêmio Multishow e chamou a atenção de Vanessa da Mata


Por: José Flávio Júnior (crítico musical)


Filho de pernambucanos, o paulista Marcelo Jeneci se criou rodeado por sanfonas no bairro de Guaianases, um dos redutos nordestinos de São Paulo. Seu pai, Manoel, ganhava a vida consertando acordeões e não perdia a oportunidade de exibir à clientela os dotes do menino, que desde cedo dedilhava o instrumento. Muitas das feras que passavam pela casa da família - em geral, ases do forró, como Dominguinhos - davam uma dica ou outra para o aspirante a músico profissional. Mas o sonho de Manoel não era ver o filho tocando gêneros regionais. Ele queria mesmo é que Jeneci virasse pianista de jazz - e daqueles bem virtuosos.

Hoje com 28 anos, o jovem se tornou uma das principais promessas da música brasileira, elogiado por colegas e jornalistas. Se não seguiu o caminho do jazz, tampouco abraçou os ritmos nordestinos ou o sertanejo. As baladas e os rocks que o cantor e compositor produz têm inspiração essencialmente urbana. No circuito alternativo paulistano, vários artistas de sua geração apostam que ele em breve conquistará as massas sem perder o aval da crítica. Vale dizer que, embora também seja pianista, Jeneci continua fiel à sanfona. Só que o instrumento se insere em seu trabalho da mesma maneira que no pop da mexicana Julieta Venegas, do francês Yann Tiersen e do grupo canadense Arcade Fire.

A rotina do filho de Manoel começou a mudar quando o acordeonista Toninho Ferragutti lhe avisou que o cantor Chico César estava saindo em turnê e precisava de um sanfoneiro que tocasse piano. Após uma semana de treino intenso, o adolescente de 17 anos se apresentou, carregando uma sanfona presenteada por Dominguinhos, e ganhou a vaga. Em seguida, passou a acompanhar um mundaréu de gente: Elza Soares, Arnaldo Antunes, Vanessa da Mata. Foi com a ajuda de Vanessa, aliás, que concluiu sua primeira composição, "Amado". A estreia não poderia ter sido mais feliz. Na voz da intérprete, a canção emplacou em A Favorita, novela da Globo, e ainda faturou o Prêmio Multishow de 2009 na categoria "melhor Música". "Longe", outra criação dele, dessa vez com Arnaldo Antunes e Betão Aguiar, acabou entrando na novela Paraíso, também da emissora carioca, mas na voz de Leonardo.

O primeiro disco de Jeneci, Feito pra Acabar, chega às lojas neste mês justamente pelo Slap, selo da Som Livre, o braço fonográfico das Organizações Globo. O fato emociona o músico, que se diz formado pela Sessão da Tarde e pelas telenovelas. Igualmente fundamentais para a consolidação de sua personalidade artística foram os anos em que integrou a banda Cidadão Instigado, do cearense Fernando Catatau. "Reencontrei nas canções dele uma referência antiga: a música romântica, considerada brega, de Roberto Carlos e tantos outros. Tinha deixado isso um pouco de lado na adolescência, quando me apaixonei por Tom Jobim e aquele som mais rebuscado."

Produzido por Kassin, com arranjos de cordas de Arthur Verocai e participações de Curumin e Edgard Scandurra, Feito pra Acabar tem vários hits em potencial, como "Pra Sonhar" e "Copo d'Água". Guilherme Arantes, uma grande referência para Jeneci, ouviu o álbum e ficou encantado: "Acho que a carreira dele será brilhante. O Jeneci faz parte de uma geração que vai representar a vitória de tudo aquilo em que eu acreditava quando comecei - o lirismo, a linguagem doce do piano. Ele será meu parceiro no futuro, com certeza".
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Fonte: Revista Bravo! Seção Música. Novembro/2010.


Quem é Marcelo Jeneci?

Marcelo Jeneci (part. de Laura Lavieri) - Pra Sonhar

Nascido na Cohab Juscelino, em Guaianases, Zona Leste de São Paulo, Jeneci foi criado pela mãe paulista e pelo pai pernambucano, apaixonado por Roberto Carlos e instrumentos musicais. Cresceu embalado pelas estações de rádio populares e trilhas sonoras de novela. Mais de 25 anos depois, ele e a família se emocionavam cada vez que ouviam as canções do jovem compositor – "Amado" (parceria de Jeneci com Vanessa da Mata) e "Longe" (assinada com Arnaldo Antunes) – nas novelas de uma das principais emissoras de televisão do país.

Jeneci lança seu disco de estréia mas já comemora mais de uma década de carreira musical como instrumentista. Em 2000, o pernambucano Manoel Jeneci – pai de Marcelo e autodidata que sempre ganhou a vida consertando aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos e instrumentos musicais – soube pelos freqüentadores de sua oficina que Chico César procurava um músico para tocar sanfona e piano em sua turnê internacional. Marcelo tocava piano e treinava nas sanfonas que os clientes do pai deixavam para consertar mas não tinha seu próprio instrumento. O problema foi resolvido quando um dos habitués da oficina de seu Jeneci, Dominguinhos, resolveu presentear o menino com uma peça de sua coleção. Marcelo tirou passaporte e iniciou seu primeiro trabalho como músico profissional, com a sanfona do mestre, ao lado de Chico César, atualmente seu parceiro na faixa "Felicidade", que, não por acaso, abre o primeiro disco do compositor, hoje com 28 anos.
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Extraído do site oficial.


Marcelo Camelo, Marcelo Jeneci e Vanessa da Matta


Música composta por Marcelo Jeneci e Vanessa da Mata e gravada por ela, segue o clipe com uma belíssima apresentação da dupla junto com Marcelo Camelo (da banda Los Hermanos) no programa Sarau, da Globo News.


REVELAÇÃO MPB: Marcelo Jeneci


Marcelo Jeneci (part. de Laura Lavieri) - Felicidade

Mais um novo nome surge na música popular brasileira. Trata-se do cantor e compositor Marcelo Jeneci que trago nesta quarta-feira como Revelação MPB.


15 de mai. de 2011

Sintonia::: Especial Vital Farias



Playlist com Top 15 contendo os maiores sucessos de Vital Farias.

Vital Farias e sua carreira

Vital Farias - Ai, Que Saudades d'Ocê

Em 1980, Vital Farias grava Taperoá, seu segundo disco e um de seus melhores trabalhos. Em 1982 lançou o LP Sagas Brasileiras. Em 1984 lançou, pela Kuarup, o CD Cantoria I, com Elomar, Geraldo Azevedo e Xangai. Em 1985 lançou o LP Do Jeito Natural, uma coletânea com seus maiores sucessos. No mesmo ano participou do álbum Cantoria II, com os mesmos integrantes do CD anterior. Depois disso resolveu parar de gravar por um tempo e passou a se dedicar aos estudos. Suas composições destacam-se pelo humor e inventividade, onde se mesclam canções nordestinas, sambas de breque, modinhas, xaxados e outros ritmos.

Em 2002 produziu o disco de estréia de sua filha e cantora Giovanna, no qual estão presentes 15 composições de sua autoria. O disco foi lançado pelo selo Discos Vital Farias. No mesmo ano lançou o disco Vital Farias Ao Vivo e Aos Mortos Vivos, que reuniu alguns sucessos de sua carreira como "Veja (Margarida)", "Ai, Que Saudades d'Ocê", entre outros. Recebeu, ainda no mesmo período, o título de Cidadão do Rio de Janeiro.

Em 2006 se candidatou a Senador da Paraíba, pelo PSOL, tentando ingressar na carreira política. Concorreu contra Ney Suassuna e o atual senador Cícero Lucena, surpreendendo com com 99.966 votos. Em 2010, se candidatou a Senador mais uma vez, pelo PCB, não obtendo o mesmo sucesso que em 2006, ficando em 4º lugar com pouco mais de 56 mil votos.
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Extraído com adaptações dos sites Wikipédia e MPBNet.


Quem é Vital Farias?

Vital Farias - Era Casa, Era Jardim / Veja (Margarida)

Vital Farias nasceu no sítio Pedra d'Água, município de Taperoá, estado da Paraíba, sendo caçula entre 14 irmãos. Já adulto, resolve ir para João Pessoa, onde alistou-se no serviço militar e prosseguiu com seus estudos no Lyceu Paraibano. Neste período, começou a estudar e a dar aulas de violão e de teoria musical no Conservatório de Música de João Pessoa.

Em 1975 muda-se para o Rio de Janeiro, onde participou de vários e importantes eventos artísticos, entre elas, a peça “Gota d’Água”, de Chico Buarque de Hollanda. Em 1976, entra na Faculdade de Música, vindo a graduar-se em 1981.

Ligado à música, que inclusive participou de vários grupos musicais, Vital resolveu seguir por este caminho e sua primeira composição "Ê Mãe" foi feita em parceria com Livardo Alves, gravada por Ari Toledo. Mas como cantor, Vital só gravaria seu primeiro disco em 1978.


Homenageado do Dia: Vital Farias


Vital Farias, Geraldo Azevedo e Xangai - Sete Cantigas Para Voar

A música nordestina sempre trouxe grandes nomes para o cenário da música brasileira. Expressivos artistas que vêm do Maranhão à Bahia, mostram ao Brasil um pouco da cultura e realidade regional retratada em seus versos. O cantor e compositor Vital Farias é um deles e é o Homenageado do Dia que trago hoje.