Momento Flashback: The B-52's

The B-52's - Private Idaho

The B-52’s é uma banda de New Wave que foi criada em 1976, em Athens, no estado da Georgia, EUA, pelas cantoras Cindy Wilson e Kate Pierson junto com o baterista Keith Strickland, o guitarista Ricky Wilson (irmão de Cindy) e o vocalista Fred Schneider. Sua formação surgiu quando se encontraram em um restaurante chinês e se apresentaram pela primeira vez para amigos no Valentine's Day.

Seu primeiro disco saiu em 1979 com proposta de se lançar nas pistas de dança e do movimento new wave e da música eletrônica que dominava a música no início da década de 1980. Mas foi a partir do segundo álbum Wild Planet que vieram os primeiros sucessos como "Private Idaho" e "Party Out Of Bounds". O sucesso absoluto fez com que The B-52's gravasse um disco reunindo seis músicas dos primeiros trabalhos em versão remix intitulado Party's Mix.

Logo, suas músicas passam a ser executadas nas rádios e pistas em vários países, devido às suas irreverências em suas apresentações. Em 1983, grava seu terceiro disco Whammy! com destaque para a faixa "Legal Tender". Dois anos depois se apresentaria no primeiro festival Rock In Rio realizado em 1985 no Rio de Janeiro. No mesmo ano, o guitarrista Ricky Wilson morre em decorrência de complicações da AIDS.

Os álbuns posteriores não tiveram mesmo retorno comercial dos que já foram lançados. Em 1992, Cindy Wilson deixa a banda antes do lançamento do disco Good Stuff, sendo o último disco do The B-52's até dar uma pausa em suas atividades em 1994. Quatro anos depois Cindy retorna e a banda volta a compor e gravar novos singles, mas só retornaria com novo disco em 2008 com Funplex, agora se chamando The B-52s (sem apóstrofo), continuando a se apresentar até hoje. Outros de seus grandes sucessos são "Love Shack", "Girl From Ipanema Goes To Greenland", "Deep Sleep", entre outros.

A Música no Mundo e no Brasil - Parte 63

A História do Samba - 4ª parte

Desde o início da década de 1930, as escolas de samba desfilaram sem caráter oficial, sendo que, em 1932, a Mangueira ganhou o primeiro concurso.

A partir da década de 1950, as escolas de samba formalizaram uma estrutura que, de maneira geral, se mantém até hoje: a comissão de frente (grupo de 10 ou 15 sambistas), que representa a diretoria e abre o desfile apresentando a escola. O carro abre-alas pede passagem e traz o nome do enredo. Atrás dele vem o mestre-sala e a porta-bandeira, os anfitriões da escola escolhidos entre seus melhores passistas.

O grosso da escola (que deve ter no mínimo 500 componentes) divide-se em alas e grupos:

1. Ala das Baianas - Tradicional e obrigatória;

2. Ala das crianças - Regulamentada em 1985;

3. Ala dos compositores - Comanda a puxada do samba na avenida

4. Destaques - São personagens do enredo ou "celebridades" que desfilam em meio às alas;

5. Bateria - São instrumentos de percussão que seguram o ritmo para o canto e a dança;

6. Harmonia - Grupo de diretores da escola que supervisiona o desfile percorrendo as alas.

O luxo e o esplendor dos desfiles são o ponto alto do carnaval carioca e, mais recentemente, tornaram-se obrigatórios nos carnavais de várias cidades brasileiras. No Rio de Janeiro, as escolas estão divididas em grupos: as dos dois primeiros desfilam na Avenida Marquês de Sapucaí, na Passarela do Samba ou Sambódromo, inaugurada em 1984 como projeto de Oscar Niemeyer; e as dos outros grupos que desfilam na Avenida Rio Branco. Em São Paulo, as principais escolas desfilam no sambódromo do Parque Anhembi.

Encerra-se a história do samba e semana que vem, falarei do Carnaval no Brasil. Até lá!

Um pouco sobre Roseli Martins

Roseli Martins - Isopor

Cantora e compositora paulistana, Roseli Martins lançou em 2003 o CD Amálgama, projeto idealizado por ela, onde cada faixa é arranjada e executada por um violonista convidado, entre eles Fernando Melo, Dante Ozzetti, Mário Manga. No repertório, além de composições próprias, há canções de Itamar Assumpção, Vitor Ramil e outros. Suas músicas já fizeram parte de coletâneas de música brasileira, em 2005, quando a música "Pássaro Só" foi lançada no Japão e a faixa "Espera" foi escolhida para a coletânea Bastante Brasil.

Como compositora Roseli Martins foi finalista do E-Festival IBM por dois anos consecutivos. Foi uma das pré-selecionadas do Rumos Itaú Cultural 2005 e tem suas músicas incluídas no repertório de vários intérpretes do eixo Rio-São Paulo. Atualmente, Roseli está em fase de produção de seu próximo CD, somente com composições de sua autoria. Em seu repertório passeia entre o pop e a MPB.

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REVELAÇÃO MPB: Roseli Martins

Nesta quarta, a Revelação MPB é a cantora paulistana Roseli Martins. Vamos conhecer um pouco de sua vida e sua carreira.

Consagração e morte de Ataulfo Alves

Ataulfo Alves e Suas Pastoras - Oh! Seu Oscar

Em 1937, Ataulfo Alves também obteve muito sucesso com a valsa "A Você" (parceria com Aldo Cabral) e em 1939 com o samba "Sei Que É Covardia" (com Claudionor Cruz), ambos gravados por Carlos Galhardo. Vários foram seus parceiros musicais como Wilson Batista, João Bastos Filho, Bide que, juntos, chegaram a se tornar vencedores do carnaval de 1940 e 1941.

E é a partir daí, que Ataulfo se lança como cantor. Exatamente em 1941, estréia em discos com "Leva Meu Samba" e "Alegria na Casa de Pobre". No ano seguinte, em meio a uma difícil situação financeira, gravou mais duas composições suas, mas ganha notoriedade nacional ao compor, junto com o ator Mário Lago a música "Ai, Que Saudades da Amélia", gravando junto com o grupo Academia do Samba, consagrando-se definitivamente como cantor e compositor e a lançou como tema do carnaval daquele ano.

Em seguida, Ataulfo substitui a Academia de Samba (que o acompanhava nas suas apresentações) por um trio de cantoras chamadas Alda, Marilu e Olga, passando a conhecido como Ataulfo Alves e Suas Pastoras, que logo sofreriam modificações. Depois vieram novas composições, sucedendo grandes sucessos como "Pois É", "Vai, Mas Vai Mesmo", "Mulata Assanhada", "Fim de Comédia" e "Errei Sim" (as últimas duas também foram gravadas por Dalva de Oliveira).

No início da década de 1960, Ataulfo é convidado por Humberto Teixeira (compositor e parceiro musical de Luiz Gonzaga) para excursionar na Europa em um grupo divulgando a música brasileira naquele continente. Neste período compõe outro grande clássico de seu repertório: "Na Cadência do Samba" e passa a ser acompanhado de seu filho Ataulfo Alves Júnior, fruto do seu casamento com Judite em 1919 quando tinha 19 anos. Neste período, Ataulfo Alves, já estava doente em decorrência da úlcera que vinha se agravando. Após uma complicação em uma cirurgia que veio a se submeter, vindo a falecer em 1969 no Rio de Janeiro.

Com sua extensa obra gravada por inúmeros intérpretes, sendo mais de 300 composições gravadas por nomes como Clara Nunes, MPB-4, Nora Ney, Orlando Silva, Martinho da Vila, Elizeth Cardoso, entre outros, Ataulfo Alves ficou conhecido como um verdadeiro estilista do samba. Em 2009, em razão do seu centenário de nascimento, foi lançado um cd duplo lançado pela gravadora Lua Music e um livro escrito por Sérgio Cabral pela Companhia Editora Nacional.

O começo de Ataulfo Alves

Ataulfo Alves - Sei Que É Covardia

Ataulfo Alves de Souza nasceu em Miraí, estado de Minas Gerais em 1909. Durante a infância teve uma vida difícil tendo de trabalhar para conseguir estudar, dada a dificuldade financeira enfrentada por sua família e pela perda de seu pai (o violeiro e repentista "capitão" Severino) aos 10 anos de idade.

Aos poucos, a música começou a fazer parte de sua vida ao compor ainda criança até os 19 anos quando aprendeu a tocar violão, já morando no Rio de Janeiro, trabalhando como assistente de um médico de sua terra natal chamado Afrânio Moreira Resende. Enquanto trabalhava de dia, a noite passava a cantar e tocar nos bares da cidade.

E foi em 1927 que conheceu a cantora Carmen Miranda que iria gravar uma de suas primeiras composições: "Tempo Perdido". Mas é o compositor Alcebíades Barcelos que merece realmente ser considerado o "descobridor" de Ataulfo Alves.

No início da década de 1930, Ataulfo compõe seus primeiros sambas de sucesso que passam a ser gravados por alguns artistas, como "Saudades do Meu Barracão", gravado por Floriano Belham e pelo Bando da Lua. Outros sambas conhecidos vêm aumentando a popularidade do compositor Ataulfo como "Saudade Dela", interpretado por Sílvio Caldas, e "Quanta Tristeza", na voz de Carlos Galhardo.

João Gilberto - Ai, Que Saudades da Amélia

Composição de Ataulfo Alves em parceria com Mário Lago, este grande clássico da mpb recebe nova interpretação na voz de João Gilberto, em apresentação no show exibido pela TV Bandeirantes, em 1983. Memorável!

Homenageado do Dia: Ataulfo Alves

Ataulfo Alves - Leva, Meu Samba

O samba invade este espaço neste domingo para trazer um dos maiores expoentes deste gênero na nossa música popular brasileira. Ataulfo Alves é o Homenageado do Dia para todos conhecerem um pouco do talento deste cantor e compositor.