12 de set. de 2014

Momento Flashback: R.E.M.


R.E.M. - Losing My Religion

R.E.M. foi uma banda de rock norte-americana formada em Athens, Geórgia, em 1980, pelo vocalista Michael Stipe, guitarrista Peter Buck, baixista Mike Mills e pelo baterista Bill Berry. Uma das primeiras bandas populares do rock alternativo, o R.E.M. ganhou atenção, em seus primórdios, devido aos arpejos de guitarra de Peter Buck e aos vocais de Stipe.

A banda lançou seu primeiro single, "Radio Free Europe", em 1981, pela gravadora independente Hib-Tone. Após este single, veio o EP Chronic Town em 1982, o primeiro lançamento da banda pela I.R.S. Records; em 1983, o grupo lançou seu criticamente aclamado primeiro álbum de estúdio, Murmur, construindo sua reputação nos anos seguintes através de novos lançamentos, turnês constantes e apoio de rádios estudantis. Após anos de sucesso underground, o R.E.M. atingiu o mainstream com o single "The One I Love", de 1987, assinando com a Warner Bros. Records em 1988, dando sinais de preocupação política e ambiental, enquanto tocavam em grandes arenas ao redor do mundo.

No começo dos anos 1990, quando o rock alternativo começou a experimentar algum sucesso no mainstream, o R.E.M. foi visto como pioneiro no gênero, lançando os seus dois mais bem-sucedidos álbuns, Out of Time (1991, com destaque para a música "Losing My Religion") e Automatic for the People (1992), que desviaram do som tradicional da banda. 

Monster, de 1994, marcou um retorno ao som mais roqueiro da banda, que saiu em turnê pela primeira vez em seis anos para promove-lo, turnê que ficou marcada por emergências médicas sofridas pelos três membros do grupo. Em 1996, o R.E.M. assinou um novo contrato com a Warner Bros., especulado em 80 milhões de dólares — à época, o contrato de gravação mais caro da história. No ano seguinte, Bill Berry deixou a banda, enquanto Buck, Mills e Stipe continuaram o grupo como um trio. Após algumas mudanças em seu estilo musical, a banda continuou sua carreira na década seguinte com críticas místicas e sucesso comercial, sendo, em 2007, induzida ao Hall da Fama do Rock and Roll.

A música "Turn You Inside Out", do álbum Green, entrou para o grupo de músicas do famoso jogo de ação Grand Theft Auto IV, criado em 2008 pela Rockstar Games.

Em 21 de setembro de 2011, foi anunciado o fim oficial da banda através de uma nota no site do grupo.
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Fonte: Wikipédia.

11 de set. de 2014

MPB Instrumental: Zequinha de Abreu


Jacques Klein e Ezequiel Moreira - Tico-Tico no Fubá

José Gomes de Abreu, conhecido artisticamente como Zequinha de Abreu, foi um compositor, instrumentista e regente paulista nascido na cidade de Santa Rita do Passa Quatro, no dia 19/09/1880.

Aos 6 (seis) anos de idade conseguiu tirar melodias da flauta. Durante o curso primário, organiza uma banda na escola, da qual é regente. Em 1894 ingressou no seminário em São Paulo, onde estudou harmonia.

Dois anos depois, fugiu do seminário e voltou para Santa Rita, indo trabalhar na farmácia do pai. Nessa época fez suas primeiras composições como "Flor da Estrada" e "Bafo de Onça". No fim da década de 1890, percorreu com sua banda nas cidades do interior de São Paulo.

Em 1917, Zequinha apresentou num bairro da cidade um choro ainda sem nome. Os casais dançaram tanto que os integrantes da banda comentaram que parecia "tico-tico na farinha". Com esse comentário, nascia "Tico-Tico no Fubá", sua composição mais famosa e uma das músicas brasileiras mais gravadas no exterior, divulgada nos Estados Unidos na década de 1940 pela cantora Carmen Miranda. Detalhe curioso é que, apesar da composição ter sido feita em 1917, eloa tinha apenas as duas partes iniciais, só vindo completar a terceira parte final em 1930.

Morando na cidade de São Paulo, Zequinha de Abreu trabalhou como pianista demonstrador da Casa Beethoven, especializada na venda de partituras e instrumentos musicais, além de animar casas de dança e cabarés. No dia 22/01/1935, Zequinha morre em São Paulo.

Dezessete anos após sua morte, em 1952 foi produzido o filme "Tico-Tico no Fubá" pela Companhia Vera Cruz, através dos diretores Fernando de Barros e Adolfo Celi, baseado na vida de Zequinha de Abreu e estrelado pelos atores Anselmo Duarte e Tônia Carrero.

10 de set. de 2014

Curiosidades sobre Michael Sullivan



Ivanildo de Souza Lima, pernambucano de Recife, iniciou a carreira em meados da década de 1960 atuando como guitarrista e cantor do grupo de rock-baile Os Selvagens. Integrou também, em 1970, o conjunto Renato e Seus Blue Caps. O nome artístico Michael Sullivan surgiu de uma busca de nomes interessantes na lista telefônica.

Em 1976, iniciou a sua carreira solo lançando um compacto pela Top Tape com a música "My Life", que se tornaria tema da telenovela "O Casarão", da Rede Globo. Assim como Morris Albert, seu repertório era cantado em inglês. Em 1979, entrou para os Fevers, considerado um dos melhores grupos de rock-baile do Brasil.

Contudo, seria na década seguinte, e como compositor, que se tornaria conhecido nacionalmente através das suas parcerias com Paulo Massadas. O primeiro grande sucesso da dupla foi "Me Dê Motivo", gravada por Tim Maia em 1983. Em 1984, Antônio Marcos gravou "Corpo e Alma", parceria com Paulo Massadas, no LP O Sonho Não Acabou, lançado pela RCA. Em 1985, seria a vez de Alcione gravar "Nem Morta", canção cujo título foi inspirado nesse bordão muito utilizado por gays, lésbicas e simpatizantes. Ambos foram homenageados com um troféu pela comunidade gay.

Também em 1985, o grupo Roupa Nova lançaria "Whisky a Go Go". O título da música era uma referência à famosa casa de espetáculos situada em Los Angeles, EUA,  onde Johnny Rivers costumava  se apresentar na década de 1960. O último verso do seu refrão "um sonho a mais não faz mal", foi aproveitado por José Bonifácio de Oliveira, o Boni da Rede Globo, e transformado em nome da novela "Um Sonho a Mais", cujo tema de abertura foi "Whisky a Go Go".

Sendo responsável, na maioria das vezes, pela melodia, enquanto Massadas pelas letras, obteve outros êxitos como "Um Dia de Domingo" e "Transas e Caretas". O sucesso da dupla era tão grande nesse período que, em 1987, estava em segundo lugar na lista de arrecadação do ECAD, órgão recolhedor de direitos autorais no Brasil, perdendo apenas para Roberto e Erasmo Carlos. Entrou, então para o livro Guines de Records, com o maior número de músicas gravadas na América Latina. 

Com repertório infantil e romântico, compôs mais de 70% do repertório do programa Trem da Alegria. Com mais de 1000, sendo 500 sucessos absolutos, gravados por diversos cantores como José Augusto, Leandro e Leonardo ("Talismã"), Xuxa ("Chocolate" e "Lua de Cristal", entre outros) Rosana, Zezé di Camargo e Luciano, Elimar Santos, Gal Costa ("Um Dia de Domingo"), Alcione ("Estranha Loucura""Nem Morta") Tim Maia, Fafá de Belém, Fagner("Deslizes"), Sandra de Sá ("Joga Fora no Lixo"), entre outros.

Continuou compondo sozinho e com outros parceiros. Ainda em atividade continua compondo e produzindo. Em 1991 a cantora e apresentadora de TV Angélica gravou "Uma Estória de Amor", outra de suas parcerias com Paulo Massadas. Em 1994 mesma cantora gravou "Dona Felicidade". Nesse ano acabou a parceria com Paulo Massadas, que durou 16 anos e afastou-se um pouco do meio artístico. Recebeu um convite da Sony Latina e foi morar em Miami e produziu artistas como Rick Martin e Os Menudos.

Em 1999, produziu o CD Animal Faminto, de Sylvinho, cuja faixa título é de sua autoria em parceria com Aloysio Reis. Esteve no topo das paradas de sucessos em 60 países. Como produtor vendeu mais 60 milhões de discos com 600 discos de ouro, 240 de platina e 60 de diamante no Brasil e em toda  a Amárica Latina. Em 2002, teve as suas músicas "Além da Cama"  e "Quarto e Sala" (ambas c/ Carlos Colla) gravadas pela cantora Roberta Miranda, no CD Pele de Amor, do selo Universal Music. Em 2003, retomou a carreira artística com o lançamento do CD Duetos que aconteceu na casa de shows Mistura Fina na zona sul do Rio de Janeiro. 

Em 2006, recebeu homenagem no programa Raul Gil em edição toda dedicada a ele. No programa, jovens cantores interpretaram suas composições, além do depoimento de vários expoentes do mundo da música como Carlos Colla, que declarou sobre ele: "um talento fantástico com quem tenho a honra de ser parceiro". Em 2014, lançou o disco "Mais Forte Que o Tempo", comemorando 30 anos de sucesso como compositor. O CD consistiu em uma reunião de interpretações de vários sucessos de sua autoria por vozes renomadas da música popular brasileira, Ney Matogrosso, Sandy, Fernanda Takai, Gal Costa, Fagner, Roberta Sá, Adriana Calcanhoto, Pedro Mariano, Zelia Duncan, Zeca Baleiro, Negra Li, Paulinho Moska e Carlinhos Brown.
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Fonte: Dicionário Cravo Albim de MPB.

7 de set. de 2014

Paulo César Pinheiro, o letrista mais importante do Brasil

Paulo César Pinheiro e João Nogueira - O Poder da Criação

Carioca da gema, compositor precoce, genial letrista, escritor, poeta e dramaturgo. Suas músicas foram gravadas pela nata da MPB. Parceiro de Pixinguinha, Baden Powell, Tom Jobim, Edu Lobo, Francis Hime, João de Aquino, Dori Caymmi, Ivan Lins, Mauro Duarte, João Nogueira, Eduardo Gudin, Guinga, Toquinho, Sergio Santos, Lenine e mais uma penca que não caberia neste post. Vencedor de festivais e ganhador de prêmios de grande relevância. Compositor de trilhas feitas para teatro, cinema e televisão. Produtor também de trabalhos dedicados apenas ao público infantil. Já passou da casa dos 60 anos, tem mais de 40 de carreira e continua a todo vapor.

Como falar de uma lenda viva em poucas linhas? Atrevo-me a fazer um miniperfil, dar leves pinceladas e tentar traçar um pequeno esboço sobre Paulo César Pinheiro. Para os interessados em conhecer sua obra a fundo, recomendo "A Letra Brasileira de Paulo César Pinheiro", biografia escrita pela jornalista Conceição Campos, um livro de 416 páginas.

Paulo César Francisco Pinheiro nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 28 de abril de 1949. Iniciou sua carreira de poeta ainda menino. Aos 14 anos, compôs com João de Aquino a linda música “Viagem”, que foi gravada por inúmeros intérpretes. Aos 16 anos, teve início sua parceria com Baden Powell (para muitos, o melhor violonista da história da Música Popular Brasileira) e, na época, ao lado de Tom Jobim, era considerado o expoente maior da nossa música.

Sua primeira canção gravada foi o samba “Lapinha”, composta junto a Baden, interpretada por ninguém menos que Elis Regina. O samba foi classificado em primeiro lugar em 1968 na I Bienal do Samba da TV Record, na qual concorreu com várias feras, como Cartola, Nelson Cavaquinho, Pixinguinha, Chico Buarque e outros bambas. Paulinho, forma como é carinhosamente chamado pelas pessoas mais próximas, tinha apenas 18 anos ao faturar esse primeiro prêmio.

Suas principais intérpretes no início de carreira foram Elis Regina, Elizeth Cardoso (conhecida como A Divina) e Clara Nunes - a primeira mulher no Brasil a vender mais de 100 mil cópias de um disco e com quem Paulo César Pinheiro foi casado por oito anos, até a trágica morte da cantora.

Até hoje, Paulo César Pinheiro foi gravado por mais de 500 intérpretes e tem mais de 1.100 músicas registradas em discos. Se somadas às inéditas, podem ser contabilizadas mais de duas mil canções.

Ele é considerado o letrista mais importante do Brasil por uma série de fatores: sua vasta obra, que é de uma qualidade que só os grandes mestres possuem; suas músicas, que foram gravadas pelos mais importantes intérpretes do Brasil; seus parceiros, que são o time titular da seleção de craques da MPB. Sem contar as músicas que faz sozinho (letra e melodia).

Neste gigantesco universo musical, Paulo César Pinheiro tem preferência por uma, entre as suas milhares de crias. “Pesadelo”, dele e de Maurício Tapajós é a sua favorita. Cansado de criar metáforas, fazer e refazer letras para serem aprovadas pela censura, no período mais bravo da ditadura militar, Paulinho decidiu escrever uma letra que fosse diretamente ao ponto, sem rodeios. A música acabou passando pela censura e foi usada pelos guerrilheiros, no início dos anos 70, como hino para motivar e levantar a moral daqueles que lutavam contra a ditadura. Tornou-se um canto de guerra. O grupo MPB-4, corajosamente, foi quem primeiro gravou esse afrontamento ao governo militar.

A letra do samba “O Poder da Criação”, de Paulo César Pinheiro e João Nogueira, ilustra bem uma das facetas desse divino compositor, que é capaz de colocar letra em qualquer estilo musical do rico repertório existente no Brasil.

O leitor pode estar se perguntando de que forma tal ser humano se tornou uma verdadeira usina de produção. Paulo César Pinheiro assume que nasceu com um dom. Além disso, desde a infância até os dias de hoje, cultiva o hábito de sentar-se diariamente em frente a uma folha de papel em branco. Talvez seja essa a fórmula para entender o poder da criação.
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Fonte: RollingStone (Artigo de Robie R.).

Paulo César Pinheiro - Canto das Três Raças


Paulo César Pinheiro, autor da música que ficou consagrada na voz de Clara Nunes, interpreta a sua composição "Canto das Três Raças" no programa Senhor Brasil, apresentado por Rolando Boldrin, exibido na TV Cultura, dia 22/05/2007.

Homenageado do Dia: Paulo César Pinheiro


Paulo César Pinheiro - O Lamento do Samba

Um dos maiores compositores da música popular brasileira, autor de várias letras consagradas na voz de diversos intérpretes, Paulo César Pinheiro é o Homenageado do Dia no blog Sintonia.