Pierre Michael Schilling em Estugarda, Stuttgard, na Alemanha em 1956. Viria a se tornar conhecido como o cantor e compositor Peter Schilling a partir de 1983 com seu disco Error in the System que o lançou ao estrelato mundial com o single "Major Tom (Coming Home)", embora tenha começado a cantar ainda na década de 1970.
Com esta música, alcançou o primeiro lugar das parads na Alemanha, Áustria e Suíça, logo depois chegando à América, no Canadá e Estados Unidos chegando a figurar na posição 14º na Billboard Hot 100 Singles. Com estilo synthpop e new wave, Peter ainda chegou a gravar mais dois discos: Things To Come, de 1985, e The Different Story (World of Lust and Crime), de 1989.
Embora seu auge se deu na década de 1980, ainda gravou novas músicas nos anos seguintes, sem muito sucesso. Peter Schilling ainda continua em atividade hoje.
Strauss é uma família de músicos vienenses, célebres como compositores de música ligeira, especialmente nas valsas. Destaque para Johann Strauss I (pai), que nasceu em Viena, na Áustria, em 1804, cuja peça mais famosa é a "Marcha Radetzky" e morreu em 1849; e Johann Strauss II (filho) que nasceu em 1825 e que deu maior popularidade à valsa durante o século XIX.
Falando propriamente do filho, o compositor Johann Straus II, teve aulas de música com Joseph Dreschler. Ao se apresentar nos Estados Unidos em 1872, conseguiu atrair grande público e admiradores pelos seus concertos.
Em sua vida pessoal, casou-se três vezes e compôs algumas operetas (pequenas óperas), mais de duzentas valsas, 32 mazurcas, 140 polcas e oitenta quadrilhas, num total de 479 obras publicadas, mais dezenas de peças manuscritas e outras realizadas em parceria com seus irmãos.
Entre suas obras conhecidas destacam as operetas "Uma Noite em Veneza", de 1883; "O Barão Cigano", de 1885; "Sangue Vienense", de 1899; o balé "Cinderella", além das famosas valsas como "Vida de Artista" e "Danúbio Azul", ambas de 1867, entre outras.
Próxima semana falarei do compositor erudito brasileiro Carlos Gomes. Até lá!
O Teatro Mágico - A Bailarina e o Soldado de Chumbo
Fernando Anitelli, 35 anos, ator, músico e compositor, é o responsável pela criação do projeto “O Teatro Mágico”. Nascido em Presidente Prudente e criado na cidade de Osasco, São Paulo, Anitelli “brinca” com arranjos e melodias desde os 13 anos: “Quando vi que rimar amor com humor funcionava, não só na estética e na melodia, mas no sentido que aquilo tinha pra mim, nunca mais parei de fazer música” - revela.
As primeiras vitórias vieram logo cedo com prêmios em vários festivais dos quais participou com suas canções. A entrada na Faculdade de Comunicação Social lhe garantiu não só um diploma, mas também a formação da banda Madalena 19, que permitiu seu amadurecimento como músico. Foram quase dez anos de ensaios e apresentações de pequeno porte.
De lá para cá, Anitelli acumulou ainda a experiência como ator, trabalhando com diretores como Oswaldo Montenegro, Ismael Araújo e Caio Andrade, entre outros, que lhe deram as noções básicas de expressão corporal, domínio de palco e outros elementos vindos da escola do teatro, indispensáveis em seus shows.
Em 2003, Anitelli entrou em estúdio para gravar seu primeiro CD. O álbum recebeu o sugestivo título O Teatro Mágico: Entrada para Raros, numa referência ao best-seller "O Lobo da Estepe", do escritor alemão Hermann Hesse. “Quando eu li sobre o Teatro Mágico do Hesse, percebi que era justamente aquilo que eu gostaria de montar: um espetáculo que juntasse tudo numa coisa só, malabaristas, atores, cantores, poetas, palhaços, bailarinas e tudo mais que a minha imaginação pudesse criar. O Teatro Mágico é um lugar onde tudo é possível” - conta.
Em cena, Anitelli revela uma expressão cênica incrível seja declamando versos, cantando ou fazendo performances. ”Quando estou no palco, faço questão de frisar que aquele ali sou eu, não é um palhaço ou outro personagem qualquer”.
O Teatro Mágico torna possível que cada um se mostre como é, que cada verdade interna seja revelada. Essa é a grande brincadeira, “ser o que se é, afinal todos somos raros e temos que ter consciência disso” , destaca. E assim, Anitelli vai traçando um paralelo entre o real e o imaginário enquanto o público, aos poucos, vai entrando na mesma freqüência sinestésica marcada pelo ritmo do espetáculo. No final, palco e platéia se fundem e cada um dos presentes vai descobrindo a delícia de se permitir ser um pouco mais de si mesmo.
Grupo musical, político, brasileiro formado em 2003 na cidade de Osasco, São Paulo, criado por Fernando Anitelli. É a Revelação MPB que trago nesta quarta.