30 de out. de 2009

Momento Flashback: Bonnie Tyler


Bonnie Tyler - Total Eclipse of the Heart


Nascida no País de Gales, Grã Bretanha, como Gaynor Hopkins, que veio a adotar o nome Bonnie Tyler durante conversa com seus produtores e executivos da gravadora RCA, antes de assinar contrato como cantora, em 1975.

Seu nome passou a ser mais conhecido em 1978, quando foi destaque nas premiações em algumas revistas e críticas especializadas como cantora mais promissora e revelação. Em 1983, gravaria a música "Total Eclipse of the Heart" de Jim Steinman, do disco Faster Than the Speed of Night e que se tornaria o seu maior hit, ganhando o primeiro lugar nas paradas dos Estados Unidos e do Reino Unido, além de se tornar um dos clássicos da década de 1980. Com o sucesso desta balada, Bonnie foi indicada com o Grammy na categoria de "Melhor Cantora Pop" e também como "Melhor Cantora de Rock" pelo seu disco.

Nos anos seguintes teve alguns sucessos incluidos em filmes e participou, em 1987, da gravação de Fabio Jr. para a música "Sem Limites Pra Sonhar", cantando a segunda parte da canção em inglês. Com 20 discos gravados e mais de 30 anos de carreira, Bonnie ainda é lembrada pelo seu principal hit e continua fazendo sucesso pelo mundo.



29 de out. de 2009

Manhã de Carnaval


Nara Leão - Manhã de Carnaval


Manhã, tão bonita manhã
Na vida, uma nova canção
Cantando só teus olhos
Teu riso, tuas mãos
Pois há de haver um dia
Em que virás

Das cordas do meu violão
Que só teu amor procurou
Vem uma voz
Falar dos beijos perdidos
Nos lábios teus

Canta o meu coração
Alegria voltou
Tão feliz a manhã
Deste amor

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Uma das músicas brasileiras mais executadas no exterior, "Manhã de Carnaval" poderia ter tido um destino bem diferente não fosse o oportunismo de um produtor de cinema. Um dos marcos do momento que precedeu a inauguração da bossa nova, já trazendo alguns traços do estilo, a canção de Luiz Bonfá (1922-2001) se tornou célebre depois de fazer parte da trilha sonora de Orfeu Negro, de 1959. Co-produção franco-ítalo-brasileira, o filme se baseava na peça Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes, que transportava o mito grego de Orfeu para os morros cariocas.

O produtor do filme, Sacha Gordine, encomendou a Vinícius e a Tom Jobim, compositores das músicas da peça, uma nova trilha para a versão cinematográfica. Isso apesar de, entre as canções originais, constarem "Se Todos Fossem Iguais a Você" e "Lamento do Morro", duas das primeiras grandes parcerias dos compositores. A dupla não se fez de rogada e compôs três canções inéditas, mas o diretor Marcel Camus não as achou suficientes. Então Gordine encomendou a Luiz Bonfá, que já estava escalado para tocar violão na trilha, mais alguns temas.

O motivo de tanto trabalho era simples: as músicas de Orfeu da Conceição já estavam editadas no Brasil. Com uma nova trilha, o produtor poderia registrá-las na França – e ficar com 50% do valor arrecadados em direitos autorais. Tanto é que Orfeu Negro – depois ganhador da Palma de Ouro em Cannes e do Oscar de melhor filme estrangeiro – renderia projeção aos músicos brasileiros, mas pouquíssimo dinheiro. Isso porque, além da parte de Gordine, havia ainda os impostos e uma falsa parceria com três letristas franceses no registro.

Luiz Bonfá tirou duas composições já prontas da gaveta e pediu ao escritor e cronista Rubem Braga que nelas pusesse letra. Este achou melhor indicar Antônio Maria (1921-1964), que adiou quanto pôde a entrega das versos, para desespero de Bonfá, que tinha planejado passar uma temporada nos Estados Unidos. Antônio Maria, aliás, surpreendeu ao compor uma letra amena, bem diferente das habituais dores-de-cotovelos: “Manhã, tão bonita manhã/ Na vida, uma nova canção/ Cantando só teus olhos/ Teu riso, tuas mãos”.

Segundo Ruy Castro, no livro Chega de Saudade, João Gilberto se candidatou a interpretar as músicas do filme – como o ator que faria Orfeu não sabia cantar e a atriz era norte-americana, ambos teriam vozes dubladas. No entanto, o diretor achou-o pouco adequado ao tipo do personagem: negro, atlético, da favela do morro da Babilônia. O escolhido, então, foi Agostinho dos Santos, e a voz de Eurídice foi a de Elizeth Cardoso.

Com a projeção dada pelo filme e a aventura do violonista Bonfá nos Estado Unidos, a música se tornou um grande sucesso. Além disso, embarcou na carona da carreira internacional da bossa nova, que pouco tempo depois estouraria. "Manhã de Carnaval" se tornou um clássico do jazz ao ganhar uma versão em inglês chamada "A Day in the Life of a Fool".
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Fonte:
Revista Bravo - 100 Canções Essenciais da Música Popular Brasileira
Colaboração: Fabio Eça.

A Música no Mundo e no Brasil - Parte 10

Dando sequência à divisão da música popular brasileira em áreas geográficas que vimos na última quinta-feira, segue a classificação feita por Luís Heitor Correia de Azevedo que ampliou o feito de Joaquim Ribeiro, passando a considerar nove áreas assim consideradas:

1ª) Área Amazônica - Na bacia amazônica, ainda escassamente estudada;

2ª) Área da Cantoria - Sertão nordestino e projeção pelo interior baiano, caracterizada pela prática dos desafios poético-musicais, canto dos "romances" tradicionais, das "louvações" improvisadas, emprego da técnica antifonal (cada estrofe confiada alternadamente a um dos cantadores), da rabeca e da viola como instrumentos acompanhantes, melodias de censo tonal debilitado ou inexistente (presença de escalas exóticas), ritmo livre, independente do tempo musical;

3ª) Área do Coco - No litoral nordestino, com predominância desse canto de dança e sua variante, a "embolada", emprego do ganzá (chocalho geralmente cilíndrico), percussão de palmas e intervenção de um refrão coral curto, bem ritmado, no fim e às vezes no meio da estrofe solista, que pode ser improvisada e tem sempre significação jocosa, ou mesmo satírica;

4ª) Área dos Autos - Tendo Alagoas e Sergipe como áreas principais, mas ramificando-se por quase todos os demais estados, abrigando o riquíssimo folclore dos folguedos populares dançados e cantados, de origem ibérica (cheganças, fandangos), de extração negra (congos, quilolombos), de temática ameríndia (caboclinhos, caiapós, danças de tapuios), ou de formação cabocla (bumba-meu-boi);

5ª) Área do Samba - Principia na zona agrícola da Bahia e cobrindo os estados do sul até São Paulo, com núcleos isolados em outros pontos de mais forte afluência negra, como Pernambuco, caracterizada pelo emprego abundante dos instrumentos de percussão e consequente complexidade rítmica, sistematização da síncope, refrão coral contrapondo-se à estrofe solista e predominância da forma coreográfica do samba de que são subsidiários o jongo e outros tipos de dança com os mais variados nomes, além de cantos rituais de macumba e candomblés;

6ª) Área da Moda de Viola - Projeta-se de São Paulo, onde confina com a Área do Samba, para o centro e o sul do país e é caracterizada pela constância do canto a duas vozes paralelas, frouxidão do ritmo musical e emprego da viola;

7ª) Área do Fandango - Acompanhando o litoral dos estados do sul, musicalmente dependente da área anterior, porém, definida pela preservação de velhas danças sapateadas e palmeadas, como o chimarrita, o anu, o quero-mana, etc.;

8ª) Área Gaúcha - Na região dos pampas, extremo sul do país, compredominância absoluta do acordeão, lá chamado de gaita, prática dos desafios ou cantos à porfia, importação de ritmos coreográficos e vocabulário platinos;

9ª) Área da Modinha - Dispersa pelos centros urbanos mais antigos e compreende tão somente esse tipo de canção tradicional, como também, música instrumental como os choros, e apresentando um tipo de melodia exageradamente sentimental, rebuscada, em que predomina o modo menor (ao contrário das demais áreas), alterada por excessivo cromatismo e abundantes artifícios harmônicos, e confiada à voz humana ou a instrumentos de sopro como a flauta ou o clarinete, com acompanhamento de violões e cavaquinhos.

Sobre todas essas áreas estende-se o Ciclo dos Cantos Infantis, de acalentar crianças ou para servir às suas rodas coreógrafas e jogos. Em sua maioria são cantos de pura importação européia, integralmente tradicionalizados e conservam, até hoje, com grande vitalidade.




28 de out. de 2009

Sobre Rodrigo Maranhão

Rodrigo Maranhão - Bordado


Há pouco mais de 10 anos, Rodrigo já era conhecido apenas em suas composições, o que fazia despertar o interesse de algumas artistas pela sua música. Além de cantor, também é dono de um dos blocos novos do Rio de Janeiro: o bloco percussivo Bangalafumenga.

Em 2007, Rodrigo lança seu primeiro disco Bordado pela gravadora MP,B e distribuido pela Universal Music que leva o nome de uma das faixas compostas por ele que define seu trabalho como "um disco artesanal, manufaturado". Neste disco bem autoral, reune algumas composições conhecidas na voz de outros cantores, a exemplo de Maria Rita com a música "Caminho das Águas" que gravou em seu disco Segundo e rendeu ao autor um Grammy na categoria "Melhor Canção Brasileira" em que concorreu com Gilberto Gil e Chico Buarque, em 2006.


No embalo de seu sucesso, Rodrigo ainda ganhou, em 2008, o Prêmio Tim de Música em duas categorias, sendo um dos grandes vencedores da edição: "Melhor Cantor Regional" e "Cantor Revelação".



Rodrigo Maranhão e Roberta Sá - Samba de Um Minuto



Segue um dueto entre Rodrigo Maranhão e Roberta Sá cantando a música "Samba de um Minuto", de autoria de Rodrigo e regravada no disco da cantora Que Belo Dia Para Se Ter Alegria.



REVELAÇÃO MPB: Rodrigo Maranhão



Cantor, compositor e instrumentista brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, Rodrigo Maranhão já se firma entre os novos talentos da mpb sendo reconhecido pelas suas composições gravadas por alguns dos nomes da música brasileira como Maria Rita, Roberta Sá, Zélia Duncan, entre outros. Nesta quarta, iremos conhecer um pouco de sua carreira.

27 de out. de 2009

Curiosidades sobre Pery Ribeiro

Pery Ribeiro - Bronzes e Cristais



Pery de Oliveira Martins. Esse foi o nome que um dos nomes da mpb e da bossa nova recebeu ao nascer no dia 27 de outubro de 1937 e que está completando hoje 72 anos. Conhecido nacionalmente como Pery Ribeiro, o nome passou a ser usado por sugestão de César de Alencar, da Rádio Nacional. Um dos seus primeiros sucessos doi a música "Escurinho", de Luiz Vieira.

O que muitos não sabem é que foi ele quem lançou a famosa "Garota de Ipanema", composição de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, sendo ao primeiro a gravá-la e espalhando-a pelo mundo quando gravou-a em inglês.

Pery Ribeiro viveu alguns anos nos Estados Unidos (Miami) onde era reconhecido e aplaudido. Voltou definitivamente ao Brasil e aqui se apresenta em "shows", principalmente no eixo Rio-São Paulo.

Recentemente lançou um livro de nome Minhas Duas Estrelas, sendo uma biografia de sua vida com seus pais, os cantores Dalva de Oliveira e Herivelto Martins. Nesse livro, sem se queixar, diz que Herivelto não lhe deu apoio quando quis iniciar sua carreira. Quanto a Dalva, esta lhe deu toda força e ainda gravou em dupla com ele, além de pedir a Luiz Vieira que compusesse uma música para ele. Daí, Luiz compôs "Inteirinha" exatamente para Pery Ribeiro.

Além de cantor, também foi apresentador de programas de tv e participou de alguns filmes no cinema. Atualmente mora na cidade de Miami, nos EUA, onde continua fazendo shows, lançando CDs e trabalhando como empresário.


Nota do blog (atualização em 09/12/2014): No dia 24/02/2012, após passar 30 dias internado no Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio de Janeiro, o cantor Pery Ribeiro morreu aos 74 anos de idade devido a um infarto fulminante, deixando a mulher e dois filhos.


Dicas de Web Radios

Alguns amigos me perguntaram sobre as rádios que costumo ouvir na net. Buscarei então relacionar as rádios que conheço e que escuto, como boas dicas para todos que gostam de ouvir música on line:

=> Sky Fm

=> Rádio UOL

=> MPB Brasil

=> Jovem Pan

=> Antena 1

=> Rádio Trash


Há outras rádios, mas fica a gosto de cada um ouvir o que gosta. Bom proveito!

25 de out. de 2009

Sintonia::: Especial Adriana Calcanhotto



Playlist com Top 15 contendo as maiores composições e interpretações de Adriana Calcanhotto.

Adriana Calcanhotto - Devolva-Me



Finalizando a homenagem, uma das maiores interpretações da sua carreira, incluida no seu disco Público - "Devolva-Me" - sucesso da Jovem Guarda, composta por Renato Barros e Lilian Knapp.



Adriana Calcanhotto - Mulher Sem Razão


Com letra de Cazuza e composição de Dé (ex-Barão Vermelho) e Bebel Gilberto, a música "Mulher Sem Razão", é um dos sucessos do recente disco lançado pela cantora Adriana Calcanhotto no ano passado.

Adriana e sua Consagração


Adriana Calcanhotto - Vai Saber

Já consolidada sua carreira com quatro discos lançados, Adriana inicia o ano 2000 com o disco Público, gravado ao vivo pela gravadora BMG em cd e dvd, apresentando o melhor de sua carreira. A partir daí, passa a se apresentar pelo país, já reconhecida como uma das grandes cantoras do Brasil, tanto compositora como intérprete. Dois anos depois grava novo trabalho com Cantada

Quatro anos mais tarde, outra grande experimentação em seus trabalhos com o lançamento do disco Adriana Partimpim (que na verdade se trata de um apelido que recebeu na infância e passou a usar como seu pseudônimo), onde gravou uma seleção de 10 músicas dedicadas para o público infantil (entre elas a música "Ciranda da Bailarina", de Chico Buarque), sendo um dos discos mais vendidos do país com 100 mil cópias, lhe rendendo um disco de ouro, além do Prêmio Tim de Música, na categoria "Melhor Disco Infantil". O sucesso deste disco e dos shows apresentados pelo Brasil fez Adriana gravar o disco ao vivo Adriana Partinpim - O Show, no ano seguinte.

Três anos depois, Adriana lança seu novo trabalho com Maré, mais uma vez mostrando o seu lado intérprete e cheio de boas novidades neste disco como "Porto Alegre (Nos Braços de Calipso)", "Três" (de Marina Lima), "Mulher Sem Razão", entre outros sucessos.

Além da sua discografia, Adriana também participou nos trabalhos de outros artistas como Erasmo Carlos, Gabriel O Pensador, Francis Hime, além de coletâneas e songbooks.


Nota do blog (Atualização em 29/11/2018): Em 2011, Adriana realizou seu novo show pelo país, onde incluiu um repertório de samba pautado no cd O Micróbio do Samba (mesmo nome de sua turnê), com 12 músicas inéditas com destaque para as músicas "Beijo Sem" (gravada também por Teresa Cristina com Marisa Monte) e "Vai Saber" (composição sua que já foi gravada por Marisa Monte) lançado no mesmo ano e registrado em DVD. Seus trabalhos mais recentes são: Partimpim Tlês (2012), Olhos de Onda (2014) e Loucura (2015).

Início da Carreira de Adriana

Adriana Calcanhotto - Naquela Estação

Tendo ido ao Rio de Janeiro no final da década de 1980, Adriana consegue contrato com a gravadora CBS para lançar seu primeiro disco Enguiço. A primeira música a ser lançada nas rádios do país é de autoria de Caetano Veloso, Ronaldo Bastos e João Donato ("Naquela Estação") que mostra o lado intérprete da cantora. Das 10 faixas inclusas no disco, apenas duas são de sua própria autoria. Após o lançamento com bom sucesso, alguns críticos já apontavam como uma das revelações da música brasileira na década de 1990, outros acreditavam que seu sucesso seria breve, devido ao forte marketing em torno do disco, o que de fato não iria ocorrer com os discos seguintes que iriam repetir o feito do seu primeiro trabalho, mesmo tendo ganho o Prêmio Sharp de Música na categoria "Cantora Revelação".

Em 1992, dois anos após o disco de estréia, Adriana parte para um trabalho mais autoral com o lançamento do seu segundo disco Senhas, pela gravadora Sony, onde destacaria seu primeiro grande sucesso - "Mentiras" - incluída na trilha da novela global Renascer, de Benedito Ruy Barbosa, além da música "Esquadros".

Buscando ousar um pouco no seu trabalho a fim de fugir da exposição excessiva da mídia, Adriana grava o terceiro disco A Fábrica de Poema, em 1994, apresentando parcerias diversas e canções próprias, tendo como destaque as faixas "Metade" e "Inverno". O quarto disco Maritmo foge um pouco do estilo que a consagrou nacionalmente (voz e violão), mas não abandonando totalmente, apresentando músicas mais dançantes como "Parangolé Pamplona", "Vamos Comer Caetano", e destaca-se por outro grande sucesso comercial e incluido na trilha global da novela Torre de Babel, de Silvio de Abreu: "Vambora".

Adriana Calcanhotto - Mentiras



Um dos grandes sucessos do início de sua carreira.

Homenageada do Dia: Adriana Calcanhotto



Adriana Calcanhotto - Porto Alegre (Nos Braços de Calipso)

Vinda de Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul, Adriana da Cunha Calcanhotto é filha de um baterista com uma bailarina o que já demonstra a semente musical que iria nascer na futura artista desde quando tinha 6 aninhos ao ganhar um violão de seu avô. Mais tarde, começa a cantar nos bares da capital e a participar de diversos festivais pelo país bem ao seu estilo (voz e violão, que continua até hoje). Mesclando estilos que vão do samba, rock, bossa nova e baladas, vem a se tornar uma das mais belas cantoras e compositoras brasileiras da década de 1990, sendo conhecida como Adriana Calcanhotto. É a Homenageada do Dia.