17 de out. de 2009

Clipe da Semana: Max de Castro



Uma das revelações da música brasileira e filho do cantor Wilson Simonal, Max de Castro canta a faixa título de seu quarto disco: "Balanço das Horas".


16 de out. de 2009

Momento Flashback: Sonia



Sonia - Listen To Your Heart

Nascida na Inglaterra em 1971, Sonia Evans se destacou como cantora no final da década de 1980, quando foi descoberta pelo produtor musical Pete Waterman que a levou para assinar um contrato com Simon Cowell, da gravadora BMG.

Estreiando simplesmente como Sonia, lançou seu primeiro single "You'll Never Stop Me From Loving You", em 1989, liderando nas paradas inglesas e adquirindo boas vendagens com seu primeiro disco Everybody Knows que emplacou também com os hits "Listen To Your Heart" (bastante executada em outros países, inclusive o Brasil), "Can't Forget You" e "Counting Every Minute".

Em 1991, Sonia lança seu segundo disco homônimo, tendo composto algumas faixas e iniciado nova turnê pela Europa, América do Norte e América do Sul. A partir de 1993, Sonia passa a atuar em teatro e no cinema com relativo sucesso. Durante o verão do ano 2000, Sonia estrelou na John Conway/AMG Ltd's um musical dos anos 80: Eternal Flame. No ano seguinte grava novas faixas pela gravadora Hit Sounds, para o novo disco que foi gravado em Nashville, na Inglaterra, com produção de Stuart Coleman.

No ano 2007, a gravadora Sony BMG lançou a coletânea Sonia's Greatest Hits, reunindo 15 faixas lançadas pela cantora no auge de sua carreira entre 1991 e 1993.



15 de out. de 2009

A Música no Mundo e no Brasil - Parte 8

Por volta de 1922 houve, em todo o país, um violento desejo de renovação espiritual, de rompimento de amarras. Proclamou-se a independência cultural do Brasil, um século depois de sua independência política. O movimento concretizou-se durante a Semana da Arte Moderna, em São Paulo, na qual surgiu a figura de Heitor Villa-Lobos, representando as novas tendências musicais: a adoção das técnicas de vanguarda importadas da Europa e valorização do tema brasileiro.

Dentro do movimento nacionalista situa-se ainda: Oscar Lorenzo Fernandez, em cuja obra se nota a busca de equilíbrio entre a temática nativa e um conceito de forma herdado da tradição européia (o poema ameríndio Imbapara, de 1928; o poema sinfônico Reisado do Pastoreio, de 1930; a ópera Malazarte, de 1941). Ele foi também um dos maiores compositores de câmara com "Essa Negra Fulô", "Toada Pra Você", "Noite de Junho", entre outras. Outros destaques foram Francisco Mignone, que tem evoluído para uma linguagem musical universalista, e Camargo Guarnieri (com a ópera "Pedro Malazarte", de 1932), cujo nacionalismo tem um caráter subjetivo.

Radamés Gnatalli revela, em algumas composições, leves influências do impressionismo debussysta e, em sua técnica orquestral, processos de certos compositores de jazz, mas também sabe revesti-las de penetrante caráter nacional com "10 Brasilianas", para vários conjuntos. Outro nome que merece destaque é José Siqueira, que se dedicou com entusiasmo à composição, regência, organização de concertos, além de ter ajudado a fundar a Orquestra Sinfônica Brasileira, a qual foi presidente, entre 1940 a 1948.

Cláudio Santoro e César Guerra Peixe foram discípulos de H. J. Koellreutter, músico de origem alemã e radicado no Brasil, em 1937, sendo defensor do dodecafonismo. Fundou, no Rio de Janeiro, o grupo Música Viva (visto anteriormente), em 1939 e a revista do mesmo nome. Em São Paulo, formou um grupo de discípulos partidários da doutrina schönberguiana. Publicou o Manifesto 1946, no qual defendeu a música contemporânea, sobretudo, a de tendência atonal e logo após viria uma reação a esse movimento, influenciada por uma forte corrente nacionalista.

A nova geração de músicos brasileiros, surgida na década de 1960, formada por Marlos Nobre e Edino Krieger, ou pelos compositores de vanguarda, alunos de Oliver Toni, Willy Correia de Oliveira, Gilberto Mendes, Rogério Duprat e outros, abandonaram o nacionalismo folclorista e caminharam para o dodecafonismo, serialismo e música eletrônica, buscando (segundo Nogueira França em Música no Brasil, edição carioca de 1967) colocar nossa música dentro da estrita contemporaneidade. O que prova que a música no Brasil continua sendo a mais completa, forte e viva manifestação do gênio nacional.


14 de out. de 2009

Sobre Max

Max de Castro é filho mais novo do cantor Wilson Simonal (que fez muito sucesso na década de 1970)e nasceu no Rio de Janeiro, porém, desde criança passou a morar em São Paulo. Com 19 anos, criou sua primeira banda denominada Confraria, ao lado de Pedro Mariano e Daniel Carlomagno, e passou a ter influências de Djavan, Cassiano e Jorge Ben Jor. Tendo ficado pouco tempo na banda, Max partiu pra carreira solo.


No ano 2000, lança seu primeiro disco Samba Raro, sob sua própria produção e que foi muito bem recebido pelo público e pela crítica que teceu ótimos elogios, onde mesclava samba, soul, eletrônica e bossa nova. Teve como destaque as músicas "Samba Raro" e "Pra Você Lembrar" (que chegou a ter versão remix pelo DJ Patife). Diante do seu primeiro reconhecimento, Max veio a ganhar, no mesmo ano, o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), na categoria "Cantor Revelação". No ano seguinte, surgiram vários convites de artistas para que Max viesse a produzir seus discos, como Kid Abelha, Roberto Frejat, Tom Zé, entre outros.


Em 2002, veio o segundo disco Orquestra Klaxon, contendo parcerias com Erasmo Carlos, Nelson Motta, Seu Jorge, Marcelo Yuka (ex- O Rappa), além de convidados especiais em algumas faixas como Liminha, Daniel Jobim, entre outros. Em 2005, volta a ser premiado pela APCA, na categoria "Artista do Ano" após o lançamento de seu terceiro disco Max de Castro, onde ele compõe praticamente todas as faixas, contendo parceria com Lulu Santos e Nelson Motta, além da participação musical do percussionista pernambucano Naná Vasconcelos. Entre os destaques deste disco estavam os sucessos "Iluminismo" e "Ciranda ao Redor da Galáxia". Em viagem pela Europa, Max colaborou com trabalhos de alguns artistas, durante a apresentação de sua turnê.


Seu quarto álbum intitulado Balanço das Horas, lançado em 2006, mostra uma maior mistura de estilos musicais, demonstrando maturidade no seu trabalho. A faixa-título ganhou indicação de melhor clipe de MPB para o prêmio VMB, concedido pela MTV.


Com pausa em seus trabalhos, Max produziu o disco Melhor de seu irmão Simoninha, em 2008. Atualmente, já se figura como um dos novos talentos da mpb e incluido nos nomes mais importantes da renovação da música brasileira.

Max de Castro - Iluminismo



Max de Castro cantando um de seus sucessos.




REVELAÇÃO MPB: Max de Castro

Max de Castro - Samba Raro

Sendo cantor, compositor, multiinstrumentista, produtor e arranjador, Max de Castro reúne todas essas características com o dom musical que recebeu de seu genitor: o cantor Wilson Simonal.

Considerado como o maior talento musical brasileiro das últimas três décadas pela Time Magazine, Max de Castro é a Revelação MPB que trago nesta quarta, para que todos conheçam um pouco de sua vida e seu trabalho.



13 de out. de 2009

Foi um Rio Que Passou na Minha Vida


Paulinho da Viola - Foi um Rio Que Passou na Minha Vida


Se um dia
Meu coração for consultado
Para saber se andou errado
Será difícil negar
Meu coração tem mania de amor
Amor não é fácil de achar
A marca dos meus desenganos ficou, ficou
Só um amor pode apagar
A marca dos meus desenganos ficou, ficou
Só um amor pode apagar...

Porém! Ai porém!
Há um caso diferente
Que marcou num breve tempo
Meu coração para sempre
Era dia de Carnaval
Carregava uma tristeza
Não pensava em novo amor
Quando alguém que não me lembro anunciou:
"Portela!", "Portela!"
O samba trazendo alvorada
Meu coração conquistou...

Ah! Minha Portela!
Quando vi você passar
Senti meu coração apressado
Todo o meu corpo tomado
Minha alegria voltar
Não posso definir aquele azul
Não era do céu
Nem era do mar
Foi um rio que passou em minha vida
E meu coração se deixou levar
Foi um rio que passou em minha vida
E meu coração se deixou levar...
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Para entender a importância e o sucesso de "Foi um Rio que Passou em Minha Vida", de 1970, é preciso voltar no tempo, para dois anos antes de seu lançamento. O poeta Hermínio Bello de Carvalho escrevia seu amor à verde-rosa nos versos de "Sei lá, Mangueira", quando o portelense Paulinho da Viola, gostando da letra, compôs uma melodia para ela. A música foi inscrita por Hermínio no 4º Festival de MPB da TV Record, de 1968. Paulinho não gostou da idéia; a diretoria da Portela, menos ainda.

Depois de irritar os portelenses mais fanáticos, o compositor acabou se redimindo com sua escola de coração ao lançar "Foi um Rio que Passou em Minha Vida", um dos maiores sucessos de sua carreira. Embora jamais tenha feito a Portela sair na Marquês de Sapucaí, a estrutura dessa canção em muito se aproxima dos sambas-enredo. A própria forma dos versos, em sua simplicidade e suas rimas, mostra isso: "Ah, minha Portela/ Quando vi você passar/ Senti o meu coração apressado/ Todo o meu corpo tomado/ Minha alegria voltar/ Não posso definir aquele azul/ Não era do céu/ Nem era do Mar".

Mais do que um hino de exaltação à Portela, "Foi um Rio que Passou em Minha Vida" consolidou o nome de Paulinho da Viola no rol dos grandes compositores da música brasileira surgidos nos anos 60. Durante a década de 1970, atingiu seu auge produtivo, tanto em termos de qualidade como de quantidade. Isso sem falar no fato de ele ter garantido uma sobrevida ao samba, renovando-o no formato canção, com fortes traços autorais, sem no entanto deixar a herança dos mestres ao lado dos quais amadureceu.

O melhor Paulo César Faria que o Brasil teve se tornou Paulinho da Viola graças à Zé Kéti e a Sérgio Cabral, que acompanharam o início de sua carreira profissional no lendário bar Zicartola. Nascido em 1942, filho de um violonista do choro, freqüentador da escola de samba Unidos do Jacarepaguá na adolescência e depois apaixonado pela Portela, foi apresentado a Cartola pelo mesmo Hermínio, que depois se tornaria parceiro de tantas canções. Começou sua trajetória fazendo parte do conjunto que acompanhava os nomes consagrados do bar; suas composições fizeram sucesso, e ele teve que superar a conhecida timidez para poder interpretá-las. Depois, apresentou-se no espetáculo Rosa de Ouro, com a revelação sexagenária Clementina de Jesus, e fez parte do grupo Roda de Samba, com Zé Kéti e o também novato Elton Medeiros.

"Foi um Rio que Passou em Minha Vida" faz parte do disco homônimo, lançado em 1970. Esse álbum foi decisivo para que o estilo interpretativo de Paulinho tomasse a feição que conhecemos até hoje. Em vez da grande orquestração de cordas que aparecia no disco-solo anterior, o compositor empregava poucos instrumentos, minimalismo nos arranjos, um pano de fundo compatível com o toque do seu violão e com a doçura da sua voz, que também não tem a potência necessária para segurar um samba com percussão muito pronunciada. Sem ser bossa-nova, Paulinho da Viola fez seu samba delicado.


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Fonte: Revista Bravo - 100 Canções Essenciais da Música Popular Brasileira
Colaboração: Fabio Eça.



11 de out. de 2009

Sintonia::: Especial Jair Rodrigues



Playlist com Top 15 contendo os maiores sucessos de Jair Rodrigues.

Jair Rodrigues - Tristeza




Neste clipe, Jair Rodrigues canta um dos grandes clássicos de seu repertório: "Tristeza", composição de Niltinho e Haroldo Lobo.



Sobre Jair Rodrigues

Jair Rodrigues - A Majestade, o Sabiá

Jair Rodrigues nasceu na cidade de Igarapava, estado de São Paulo, em 1939 e criado em Nova Europa, no mesmo estado. Sua carreira musical iniciou-se em 1954, em São Carlos, quando participou de alguns festivais de calouros.

Seu primeiro disco foi gravado em 1962, em São Paulo, embora já tenha lançado alguns compactos anteriormente, obtendo seu primeiro sucesso: "O Morro Não Tem Vez". Sua consagração nacional viria em 1965, quando gravou com Elis Regina, o disco Dois na Bossa, e passou a apresentar-se com a cantora no programa "O Fino da Bossa", pela TV Record, no mesmo ano. Em 1966, participou do II Festival da Música Popular Brasileira, da mesma emissora, defendendo a canção "Disparada", de Geraldo Vandré e Téo Barros, vindo a ganhar o primeiro lugar, empatando com a música "A Banda", de CHico Buarque, defendida por Nara Leão.

Após o festival, Jair notabilizou-se como um dos cantores que mais vendem discos no país. Sua carreira decolou, sendo reconhecido como intérprete de sambas, mas também gravando outros sucessos na década de 1960 e 1970 como "Tristeza", "Triste Madrugada", "O Menino da Porteira", "Majestade, o Sabiá", "Festa Para um Rio Negro", "Vai, Meu Samba", "Não Deixe o Samba Morrer", entre outros, tendo gravado mais de 40 discos em toda sua trajetória musical.

Este ano, o cantor está lançando um novo trabalho em que comemora seus 50 anos de sucesso e 70 de vida. Trata-se de um show gravado no Auditório de Ibirapuera, São Paulo, no dia do aniversário do cantor e registrado em cd e dvd onde faz uma retrospectiva de toda sua carreira, cantando sambas, sertanejo, romântico e contando, ainda, com participações especiais em algumas faixas.

Nota do blog (atualização em 19/05/2014): Com mais de 40 discos gravados em sua carreira, Jair Rodrigues morreu no dia 08 de maio de 2014 aos 75 anos de idade, na sauna de sua casa em Cotia, São Paulo. Deixou mulher e os dois filhos, também cantores (Jair Oliveira e Luciana Mello).

Jair em entrevista no Radar Showlivre



Entrevista de Jair ao site Radar Showlivre, onde fala dos 50 anos de carreira e 70 anos de vida do artista.




Jair Rodrigues: Homenageado do Dia

 
Jair Rodrigues - Disparada

Considerado um dos maiores intérpretes da música popular brasileira, Jair Rodrigues de Oliveira, ou simplesmente Jair Rodrigues, completou neste ano 70 anos de vida e 50 anos de carreira continuando com a mesma irreverência com que canta e se apresenta em seus shows pelo Brasil. Por esta longa estrada e importância na mpb, Jair Rodrigues é o Homenageado do Dia.