26 de fev. de 2010

Momento Flashback: Culture Club


Culture Club - Karma Chameleon


Formada em 1982 por Boy George (voz) e Michael Craig (baixo) depois que mudaram duas vezes o nome de uma das maiores bandas new wave da década de 1980. Complementam a formação o guitarrista Roy Hay e o baterista Jon Moss. Ao adotar o nome Culture Club passam a assinar com a gravadora Virgin para lançar o primeiro single "White Boy", mas o sucesso viria com "Do You Really Want To Hurt Me?", ambos incluidos no primeiro disco Kissing To Be Clever.

Logo veio o segundo disco Colour By Numbers que deu maior projeção ao quarteto britânico em 1983 com os hits "Karma Chameleon", "It's a Miracle" e "Victims". O carisma de Boy George faria integrar o artista entre os maiores ícones da música e cultura pop da época.

No entanto, mesmo tendo lançado mais dois discos vieram as brigas no grupo e os problemas ligados às drogas pelo vocalista fazendo com que desse uma pausa nas atividades artísticas. A partir daí, Boy inicia sua carreira solo lançando seu disco Sold com destaque para o sucesso "Everything I Own".

Entre 1998 e 1999, a banda retorna para lançar uma coletânea e um novo cd Don't Mind If I Do sem Boy George, mas logo desfez em seguida. Nova tentativa feita por Craig e Moss em reativar a banda, convidando Boy George para voltar, porém, sem êxito. Diante das novas investidas, a banda não conseguiu repetir o sucesso que teve durante a década de 1980. Ao todo foram 5 discos e 5 coletâneas. Outros grandes sucessos do Culture Club foram "Time (Clock of the Heart)", "Love Is Love", "Don't Go Down That Street", entre outros.



25 de fev. de 2010

A Música no Mundo e no Brasil - Parte 19

Volto a falar sobre a história da música no mundo e no Brasil, hoje com destaque para o surgimento dos Mutantes, continuando o capítulo anterior.

No ano de 1966, com o nome de Os Seis e com Mogguy no lugar de Suely, o grupo gravou, pela Continental, o compactor Suicida / Apocalipse. Após as gravações, mesmo contra a vontade do grupo, a gravadora lançou o compactor que acabou sendo um fracasso, vendendo menos de 200 cópias.

No dia 15 de outubro de 1966, se apresentaram no programa "Pequeno Mundo", de Ronnie Von, já sem Mogguy, Rafael e Postura e com o novo nome que refletia as mudanças: Os Mutantes. Em 1967, o grupo acompanhou Gilberto Gil no 3º Festival da Record, obtendo a 2ª colocação com a música "Domingo no Parque".

A partir daí começaram os LPs: Os Mutantes (1968) com "Batmacumba" e "Panis Et Circensis"; Os Mutantes (1969) com "2001" e "Dom Quixote e Rita Lee"; A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado (1970) com "Ave Lúcifer". Entra para o até então trio, o baterista Ronaldo Leme (o Dinho). Veio o LP Jardim Elétrico (1971) com o sucesso "Top Top" e "Virgínia e El Justiciero". Entrou para a banda mais um integrante: o baixista Liminha (que atualmente é produtor de diversos artistas). Arnaldo largou o baixo e passou aos teclados.

Em 1972, lançaram Mutantes e Seus Cometas no País dos Baurets com o maior sucesso da banda: "Balada do Louco". No mesmo ano lançaram ainda Hoje É o Primeiro Dia do Resto de Sua Vida, que é também tido como o primeiro disco solo de Rita Lee, pois todos participaram das gravações.

Em 1973 montaram um aparato de 2 mil watts de potência sonora para um show. Foi a primeira vez que uma banda fazia isso no Brasil e foram comparados ao Pink Floyd. Gravaram o que seria o sexto álbum da banda, mas a gravadora resolveu não lançar o trabalho, alegando que nenhuma faixa era comercial e que eles estavam muito envolvidos com drogas.

De fato, Arnaldo Dias não conseguiu continuar e para seu lugar foi convidado Manito (ex- Os Incríveis) que também não deu certo. Veio Túlio Mourão que tocava na banda Veludo Elétrico. O baterista Dinho saiu e, para seu lugar, veio Rui Mota, também do Veludo Elétrico.

Em 1974, Sérgio Dias brigou com Liminha que resolveu também sair da banda. Sérgio se viu com dois "estranhos" para tocar e resolveu camar mais um "ex-Veludo Elétrico": Antônio Pedro. Com essa formação, gravaram ainda em 1974, o LP Tudo Foi Feito Pelo Sol, que seguia a tendência do rock progressivo na época, com faixas enormes e muita viagem de ácido lisérgico (o LSD).

Em 1976 saem do grupo os integrantes Túlio Mourão e Antônio Pedro, sendo substituídos por Luciano Alves e Paul de Castro. O resultado foi um LP ao vivo que não decolou. Em 1977, houve uma conturbada viagem ao exterior e em 1978, a tentativa de Sérgio em voltar à formação original com Arnaldo que também não deu certo. Acabaram-se as mudanças e a banda.

O sempre lúcido Sérgio Dias explica: "Em 1977 ou 87, não me lembro bem, eu determinei o término de um ciclo, determinei a parada da minha banda... Mutantes então fechou suas portas e creio que foi um presságio do que estava vindo pela frente em termos de arte e cultura no Brasil e no mundo. Desde então tenho visto a vida de pessoas se distanciarem de seus próprios ideais e se corromperem em nome da sobrevivência. Eu paro e penso o que teria feito Einstein, Hendrix, Thomas Jefferson, Da Vinci e tantos outros que provaram que seus ideais, talvez no fim, os levassem às situações difíceis e penosas, mas o seu fruto sempre foi e será eterno...".

Próxima semana, retorno com o surgimento de outras bandas da década de 1970 no Brasil, com destaque para O Terço.



24 de fev. de 2010

Seu Jorge - Tive Razão


Clipe da música "Tive Razão", de Seu Jorge, gravado em Roma e contou com participação dos atores Willem Dafoe e Bill Murray, e que foi escolhido como melhor clipe do Prêmio VMB, em 2004. A música foi incluida no cd Cru em 2005.


O sucesso de Seu Jorge


Seu Jorge - Eu Sou Favela


Após o sucesso do primeiro disco, Seu Jorge ainda lançou o cd Cru, inicialmente lançado com sucesso na Europa em 2005, tendo várias regravações como também emplacando algumas composições suas como "Tive Razão", "Seu Gonça", "Mania de Peitão" e "Eu Sou Favela".

No mesmo ano, a cantora Ana Carolina o convida para gravação de uma parceria musical em cd e dvd ao vivo denominado Ana & Jorge, em São Paulo. O novo trabalho é todo acústico, apresentando alguns de seus sucessos, além de versões e regravações.

Além de cantar, Seu Jorge tem atuado em diversos filmes sendo alguns de grande destaque como Cidade de Deus (que lhe deu projeção internacional), Casa de Areia, entre outros. Atualmente participa das gravações do filme Tropa de Elite 2.



O começo de Seu Jorge


Seu Jorge - Carolina

Nascido em Belford Roxo em 1970, estado do Rio de Janeiro, Seu Jorge é primo do sambista Dudu Nobre e teve uma vida dura quando passou a trabalhar ainda na infância. Convidado pelo compositor e músico Paulo Moura para fazer um teste de uma seleção de participantes para um musical de teatro e atuar como ator e cantor, sendo aprovado. A partir daí sua vida começava a mudar e passou a fazer apresentações no Teatro da Universidade do Rio de Janeiro.

Em 1997 vem a integrar o grupo Farofa Carioca que mesclava samba, pop, rock, funk, jazz entre outros estilos e veio a lançar seu primeiro cd Moro no Brasil no ano seguinte. Passa pouco tempo no grupo e depois segue em carreira solo, vindo a fazer participações em discos de outros artistas até lançar seu primeiro cd Samba Esporte Fino, em 2001 que emplacou com seu primeiro sucesso "Carolina".



REVELAÇÃO MPB: Seu Jorge


Seu Jorge - Burguesinha

A seção Revelação MPB está de volta e nesta quarta trago um pouco sobre este grande talento que é Jorge Mário da Silva que recebeu, de Marcelo Yukka (ex-O Rappa), o apelido de Seu Jorge.

21 de fev. de 2010

Sintonia::: Especial João Bosco



Playlist com Top 15 contendo as maiores composições de João Bosco.

João Bosco e 30 anos de carreira


João Bosco - Corsário


Com mais de 30 anos de carreira, tendo mais de 25 discos no currículo musical, João Bosco comemorou sua trajetória com o lançamento do cd e dvd ao vivo Obrigado Gente! em 2006, trazendo grandes sambas da década de 1960, seus grandes sucessos e alguns recentes, sendo gravado em São Paulo e contou com participações de Guinga, Hamilton Holanda, Djavan e Yamandu Costa.

Depois de um tempo afastados, Bosco e Blanc voltam a fazer parceria juntos e lançam o novo cd em 2009 denominado Não Vou Para o Céu, Mas Já Não Vivo no Chão, que também conta com parceria com seu filho Francisco Bosco.


A consagração de João Bosco


João Bosco - Memória da Pele

Com a parceria consolidada com o amigo e letrista Aldir Blanc, João Bosco continua lançando novos sucessos e alguns gravados por outros artistas, especialmente Elis Regina que gravou ainda "Transversal do Tempo" (nome do novo show da cantora em 1976) e a dupla ganha o prêmio de "Compositores do Ano", dado pela Associação Brasileira dos Produtores de Disco. Em 1977, lança o disco Tiro de Misericórdia, com destaque para a música "Falso Brilhante", também regravada por Elis.

Mas em 1979, lança um novo disco Linha do Passe em parceria com Aldir e o poeta Paulo Emílio, já falecido, que teve como destaque a música "O Bêbado e a Equilibrista", que entraria para a história como uma das maiores clássicos da mpb e imortalizada na voz de Elis Regina, considerada um hino da anistia política no período da Ditadura Militar, vigente no país na época.

Em 1982, lança novo disco Comissão de Frente pela gravadora Ariola e teve uma das músicas gravadas pela cantora Clara Nunes que também deu nome ao seu disco: "Nação". No ano seguinte parte para turnê no exterior onde se apresenta no Festival de Montreaux "Brazil Night", com participações de Caetano Veloso e Ney Matogrosso, com grande sucesso de crítica.

A partir de 1984, passa a compor sozinho suas músicas ou com novos parceiros musicais e lança seu disco Gagabirô, com destaque para "Prêt-a-Porter de Tafetá" e "Papel Machê", composta em parceria com J. C. Capinam. No ano seguinte parte para turnê no Brasil e na Europa. Nos anos seguintes continua compondo com Blanc e outros parceiros, lançando grandes sucessos como "Corsário", "Quando o Amor Acontece" (parceria com Abel Silva), "Memória da Pele" (parceria com Wally Salomão, incluida na novela "Pantanal" da Rede Manchete e também regravada por Maria Bethânia), entre outros. Em 1992, lança o disco acústico pela MTV reunindo grandes sucessos de sua carreira, além de novidades como a regravação de "Fita Amarela", de Noel Rosa.


O início da carreira de João Bosco


João Bosco - O Mestre-Sala dos Mares


Vindo de uma família de músicos, João Bosco aprendeu a cantar e tocar violão ainda na infância, chegando a formar seu primeiro grupo musical chamado X_GARE. Tempos depois, vem a conhecer o poeta Vinicius de Moraes e Aldir Blanc que viria a ser seu futuro parceiro musical. Ingressa no curso de Engenharia Civil pela Universidade Federal de Ouro Preto, em Minas Gerais que se forma em 1972.

Sua primeira gravação Agnus Dei sai pelo jornal O Pasquim em um projeto denominado disco de bolso, em 1972, com supervisão de Sérgio Ricardo e Ziraldo. Vem a conhecer a cantora Elis Regina que grava uma música de Bosco e Aldir: "Bala Com Bala". Porém, o primeiro disco de João Bosco viria um ano depois após firmar contrato com a gravadora RCA Victor, no Rio de Janeiro.

Sua carreira é impulsionada em 1974, quando Elis grava três composições de Bosco e Aldir: "O Mestre-Sala dos Mares" (samba-enredo feito em homenagem ao marinheiro João Cândido, conhecido como Almirante Negro, líder da Revolta da Chibata em 1910), "Caça à Raposa" (nome do segundo disco de João que seria lançado no ano seguinte) e o bolero "Dois Pra Lá, Dois Pra Cá".

João Bosco - Papel Machê



João Bosco cantando uma de suas maiores composições feita em parceria com José Carlos Capinam, sendo sucesso em 1984.

João Bosco: Homenageado do Dia


João Bosco - Incompatibilidade de Gênios


De volta em 2010, voltamos a homenagear mais um grande artista. Hoje é a vez de João Bosco de Freitas Mucci, ou simplesmente, João Bosco, natural da cidade de Ponte Nova, na região da Zona da Mata Mineira. Hoje iremos conhecer um pouco deste grande cantor, compositor e violonista da música popular brasileira.