2 de abr. de 2010

Momento Flashback: Jim Diamond


Jim Diamond - I Should Have Known Better


O cantor e compositor escocês Jim Diamond nasceu em 1953 e iniciou sua carreira musical ainda na adolescência, tendo influências de Ray Clarles e Otis Redding. Durante suas apresentações, foi descoberto pelo músico Alexis Korner, considerado o "pai do blues britânico" e uma das maiores influências da música britânica, chegando a tocar em sua banda por um tempo.

Após sair da banda em 1976, ainda integrou as bandas Bandit e, mais tarde, no Ph.D, apresentando-se como vocalista e chegando a fazer sucesso nos Estados Unidos com a música "I Won't Let You Down", em 1982. No ano seguinte, emplaca outro sucesso na banda Ph.D com "I Didn't Know". Em 1984, grava seu primeiro disco solo Doublé Crossed onde emplaca um dos maiores hits da década em todo o mundo: "I Should Have Known Better". Do mesmo disco, também destacam os singles "I Sleep Alone At Night" e "Remember I Love You".

O segundo disco Desire For Freedom, lançado em 1986, não repetiu o sucesso do trabalho anterior, porém, conseguiu colocar a música "Hi Ho Silver" nas paradas. Logo depois outros trabalhos também não alcançariam mais o sucesso esperado do disco que lhe deu grande popularidade no mundo. Em sua carreira, foram cinco discos em carreira solo (o último foi Souled and Healed, gravado em 2005), além das participações nos trabalhos de outros artistas.


1 de abr. de 2010

A Música no Mundo e no Brasil - Parte 24

O Rock Brasileiro da década de 1980

O movimento "new wave" que fazia sucesso no mundo e a música pop tiveram uma pequena repercussão no início da década de 1980, sendo, posteriormente, fator de influência para o surgimento de diversas bandas no cenário nacional. Alinhado a isso, também se deve à criação de alguns espaços musicais como o Noites Cariocas e, em especial, o Circo Voador, no Rio de Janeiro, que chegaram a projetar a carreira de muita gente na época como Barão Vermelho (junto com Cazuza) e os Paralamas do Sucesso.

A primeira banda a despontar no BRock (nomenclatura dada pelo jornalista Nelson Motta para designar o rock brasileiro da década de 80) foi o Gang 90 & as Absurdettes, criado pelo jornalista e dj Júlio Barroso, que emplacou com a música "Perdidos na Selva" (parceria de Barroso com Guilherme Arantes) e participou do Festival MPB-Shell, em 1981, da TV Globo. A Blitz, liderada por Evandro Mesquita, veio logo depois e chegou a obter grande sucesso em todo o Brasil, com o hit "Você Não Soube Me Amar" e alcançou enorme popularidade.

No meio disso, algumas bandas tentavam impulsionar suas carreiras apresentando no Circo Voador, mas o rock nacional teve grande impulso com o Festival Rock In Rio, criado pelo empresário e publicitário Roberto Medina, em 1985, no Rio de Janeiro, onde passaram grandes nomes do rock internacional junto com demais artistas e bandas nacionais do rock nacional como Lulu Santos, Paralamas do Sucesso, Blitz, além de estrelas da mpb.

Os maiores centros do rock brasileiro na época que projetaram grandes nomes do BRock foram Rio de Janeiro (com Barão Vermelho, Kid Abelha & os Abóboras Selvagens), São Paulo (com RPM, Titãs e Ultraje a Rigor), Brasília (com Legião Urbana, Plebe Rude e Capital Inicial) e Rio Grande do Sul (com Engenheiros do Hawaii e Nenhum de Nós). A Bahia também destacou com a banda Camisa de Vênus, liderada por Marcelo Nova.

A partir de próxima semana veremos um pouco sobre o jazz americano. Até lá!


31 de mar. de 2010

Rômulo Fróes na Revista Bravo!


Rômulo Fróes - Para Fazer Sucesso

O compositor Rômulo Fróes
Compositor talentosíssimo, faz uma síntese inovadora entre tradição e modernidade.
(Por Flávio Júnior e Márcio Orsolini)



O samba, escreveu Vinicius de Moraes numa letra famosa, é "a tristeza que balança". A frase de Vinicius é, de certa forma, a chave para interpretar a música ao mesmo tempo suingada e introspectiva de Rômulo Fróes.


Rômulo tem a alma dos revolucionários da MPB. Ele sabe que o pré-requisito para qualquer revolução é um mergulho aprofundado na tradição. Mais ou menos como fez João Gilberto, que inventou um estilo diferente de cantar e tocar a partir da divisão melódica inovadora do cantor Orlando Silva. A tradição sobre a qual Rômulo se debruça é a do samba, mas não apenas ela. Em seu endereço no MySpace estão alguns de seus heróis: Nelson Cavaquinho, Zé Kéti, Paulinho da Viola. Mas também New Order, The Clash, The Smiths, Echo and the Bunnymen. Essa mistura entre as tradições do pop e da MPB fecunda suas surpreendentes composições.


Quando João Gilberto surgiu, poucos admitiam que sua música fosse "samba". O mesmo acontece com Rômulo. Ele iniciou a carreira tocando numa banda de sambistas, que depois romperam com ele por achar que suas músicas não se Enquadravam no estilo. Suas composições realmente evitam os clichês do gênero. Trazem à tona, em vez disso, suas sutilezas. À primeira vista, por exemplo, a canção Tudo o que Pesa parece renegar a batucada forjada nos morros cariocas, embora de forma irônica. A letra diz, como a dialogar com o estilo musical: "Lança/ Na correnteza o que eu não posso carregar/ Samba/ É da tua natureza". Está ali, no entanto, o contraste entre tom maior e tom menor, sons alegres e sombrios, que é uma pedra de toque dos sambas-enredo. Em Mulher sem Alma, Rômulo revive a maneira elegante com que os bambas das escolas retratam a dor de amor. Embora a instrumentação lembre o choro, a bateria, com suas potentes viradas, parece estar tocando outra música. O contraste enfatiza o que Rômulo é: um revolucionário, na forma mais sutil e, por isso, mais possante do termo.


Até hoje Rômulo não vive de música. Ele trabalhou muito tempo como bancário, mesma profissão de seu pai, para bancar a faculdade de artes plásticas. Achou que estava muito distante de sua vocação, pediu para ser demitido. Isso ocorreu em 1994. Durante cinco meses, Rômulo se manteve com o dinheiro da indenização, até que um amigo o indicou para trabalhar como assistente do artista plástico paulista Nuno Ramos, com quem está até hoje. Trabalhou de graça por um ano, já que Nuno, então em início de carreira, não tinha condições de pagar um salário ao novo contratado. Percebendo a situação financeira instável de Rômulo, Nuno conseguiu para o amigo um emprego numa produtora de filmes publicitários. Foi lá que Rômulo conheceu o artista plástico paulista Eduardo Climachauska, o Clima, que trabalhava como diretor de arte.


Nuno e Climachauska são os letristas dos dois primeiros CDs de Rômulo, que logo se tornou um dos compositores preferidos dos intérpretes da nova geração. Cantoras como Nina Becker, Andréia Dias, Thalma de Freitas e Mariana Aydar já receberam músicas assinadas por ele. O compositor prepara o lançamento do próximo trabalho, ainda sem data definida. Batizado de No Chão, sem o Chão, o disco duplo conta com 33 músicas. A ambição de Rômulo, de 37 anos, é grande. "Não gosto de coisas por diversão. Esse negócio de dizer que um disco foi feito sem pretensão não dá. Meu objetivo é ser o maior artista brasileiro de todos os tempos, abaixo do Tom Jobim."
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Extraído da Revista Bravo!. Edição de julho/2008.

Rômulo Fróes - Sei Lá


Rômulo Fróes canta, aqui neste clipe, um de seus grandes sucessos.

REVELAÇÃO MPB: Rômulo Fróes


Rômulo Fróes - Ou Nada

Considerado um dos cantores e compositores de grande talento da nova mpb, segundo a crítica paulistana, o paulista Rômulo Fróes iniciou sua carreira como integrante da banda Losango Cáqui. Hoje desenvolve seus trabalhos em carreira solo com o samba melancólico de suas composições. Rômulo Fróes é a Revelação MPB desta quarta-feira.

28 de mar. de 2010

Sintonia::: Especial a-ha



Playlist com Top 15 contendo os maiores sucessos do a-ha.

Nova fase e fim do a-ha


a-ha - Foot of the Mountain

Em 2002, o a-ha lança o cd Lifelines sem muita repercussão mundial. Um dos destaques do disco foi "Forever Not Yours". E em 2004, comemorando 20 anos de carreira, o a-ha lançou o cd The Singles: 1984-2004 que incluiu os maiores hits da banda, numa trajetória musical feita durante este período, chegando a figurar entre 20 álbuns mais vendidos pelo Top 20 Britânico. Entre os singles, destaca-se a música "Shapes That Go Together", feita para os Jogos Paraolímpicos de 1994 que, na época saiu como B-side (lado B) do cd-single Cold As Stone (esta, incluida no disco Memorial Beach).

A partir daí, passou a fazer shows e a participar de vários eventos, entre eles, o Live 8, sendo uma série de shows realizados nos países integrantes do G8 e na África do Sul. O concerto, ocorrido em 2005, contou com grandes nomes da música internacional e tinha como objetivo de pressionar os líderes mundiais para perdoar a dívida externa das nações mais pobres do mundo, além de aumentar e melhorar a ajuda e negociar regras de comércio mais justas que respeitem os interesses das nações africanas. No final deste ano, o a-ha lança o disco Analogue obtendo boas vendagens e destacou com os hits "Celice", "Analogue" e "Cosy Prisons".

Nova tentativa da banda em dar uma pausa nas suas atividades após a turnê de Analogue, porém, houve mudanças de planos e o a-ha volta em 2009 com novo disco, sendo provavelmente seu último trabalho, chamado Foot of the Mountain.

Neste ano de 2010, a banda iniciou uma série de shows pelo mundo que vão marcar sua despedida definitiva dos palcos e o encerramento das suas atividades, a fim de seguir por novos caminhos individuais. A nova turnê Ending On A High Note Tour, iniciada em 04 de março em Buenos Aires, na Argentina, faz uma viagem pelos 25 anos da banda marcada com altos e baixos em sua carreira artística que irá terminar no dia 04 de dezembro deste ano, em Oslo, na Noruega e que marcará o fim de uma das bandas pop mais conhecidas que o mundo já conheceu.

Em suas apresentações pelo Brasil, inclui o seu primeiro show na Praça da Apoteose, em São Paulo no ano de 1989; participação no Rock In Rio II, em 1991; a turnê Analogue, em 2007 e, neste ano em sua turnê final que passou por sete cidades brasileiras. Na carreira da banda foram 9 discos de estúdio, 4 compilações oficiais e 10 turnês mundiais.

O retorno do a-ha


a-ha - Crying in the Rain

Em 1990, o a-ha chega com o quarto disco de sua carreira: East of the Sun, West of the Moon. Não teve o mesmo sucesso dos três primeiros trabalhos, mas contou com boa execução das músicas "Early Morning", "I Call Your Name" e o sucesso "Crying in the Rain", único hit que não foi composto pelo trio.

A partir daí, os trabalhos do a-ha começam a mudar, assim como sua sonoridade. O disco Memorial Beach, lançado em 1993, comprova as mudanças feitas e desejadas pelo trio, mas com pouca receptividade do público e da crítica. Depois disso, o trio resolve dar uma pausa em suas atividades e cada integrante parte para carreira-solo. Muitos davam como certo o fim da banda.

Em 1998, o a-ha se reúne novamente em apresentação no Nobel Peace Prize Concert, onde apresenta sua música inédita para o mundo - "Summer Moved On" - já marcando um possível retorno aos palcos nos anos seguintes. Após um hiato de 7 anos, em 2000 volta com o disco Minor Earth, Major Sky, com destaque para "Summer Moved On", carro-chefe do novo trabalho, e "Velvet". Inicia, então, nova turnê de divulgação e do seu retorno, começando no novo estádio Valhall, em Oslo na Noruega, que foi exibido pela internet em todo o mundo.



O sucesso do a-ha


a-ha - The Living Daylights

A canção "Take On Me" foi a primeira aposta do trio que deu certo, tendo lançada em 1984. Depois de um intenso trabalho percorrendo os países europeus, o a-ha decidiu ir para a América, onde acabou conquistando o troféu American Music Awards, entregue pelas mãos da cantora Aretha Franklin pelo sucesso de "Take On Me" que subiu vertiginosamente nas paradas americanas e em todo o mundo, já em 1985. O êxito também contou ajuda com um video-clipe inovador da música e que logo seria super premiado pelo MTV Music Video Awards e American Music Awards, principalmente como clipe do ano.

Com o lançamento do primeiro disco Hunting High and Low, mais três sucessos irão cair no gosto popular e da crítica: "The Sun Always On Shines On T.V.", "Train of Though" e "Hunting High and Low". O reconhecimento internacional foi grande e suas vidas mudaram radicalmente, chegando a apresentar em vários shows pelo mundo e a receber indicação ao Grammy, em 1986, na categoria "Revelação". O a-ha busca usar a sonoridade dos seus sintetizadores, mesclando estilos que vão do synthpop, pop rock ao new wave.

O segundo disco Scoundrel Days, lançado em 1986, já inicia um amadurecimento no trabalho do trio com novos arranjos e emplacando novos hits como "Cry Wolf", "I've been Losing You" e "Manhattan Skyline". Um ano depois trabalha a música "The Living Daylights" que será incluida na trilha do filme "007 - Marcado Para a Morte". Em 1988 vem o terceiro disco Stay On These Roads já consolidando o a-ha entre os grandes nomes da música pop internacional, com destaque para as músicas "The Blood That Moves the Body", "Touchy!", "There's a Never Forever Thing" e "You Are the One", além da música "The Living Daylights".



O nome "a-ha"


a-ha - Take On Me

Tendo o rock latente nas veias, Pal e Magne pareciam já ter optado por uma profissão e passaram a se dedicar de corpo e alma à música. Muita resistência foi feita por parte de seus familiares, mas eles, apesar dos obstáculos encontrados, nem sonhavam em desistir. Assim, os dois passaram a tocar em diversas bandas, aumentando suas experiências no palco.

Então decidiram formar uma banda chamada Brides que, apesar de ter conseguido um álbum simples, não obteve muito sucesso. Com o fracasso na venda do primeiro trabalho, Morten (que naquela época fazia parte de um grupo musical chamado Souldier Blue), ouviu as músicas do Brides e decidiu entrar em contato com Magne, pois havia adorado suas composições. Isso entre 1982 e 1983.

Algum tempo depois, os três já eram bons amigos. Discutiam democraticamente sobre as novas composições da banda e trocavam muitas idéias sobre o arranjo que elas deveriam ter. Após realizarem algumas apresentações e investir em equipamentos, partiram pra Londres, na Inglaterra, onde buscavam uma chance de reconhecimento. Tentativas frustradas, foram pra Noruega e logo voltaram novamente para Londres. Magne sugeriu o nome "a-ha" (no diminutivo mesmo) proveniente da exclamação "aha!", significando admiração, surpresa, e por ser um nome fácil, sendo aceito por Morten e Pal, que logo passaram a percorrer por diversas gravadoras.

Novas tentativas em vão ao tentar contrato com uma gravadora, conseguiram regularizar sua situação no país para ficar por mais um tempo e batalhar por suas conquistas. Ao conseguir um contrato com uma empresa de shows chamada Lionheart, o trio passou a apresentar em London Club, quando foi descoberto por Steve Strange que o recomendou a gravar uma fita profissional e procurar uma pequena gravadora - Rendezvous - e apresentar seu trabalho ao produtor John Ratcliff.

Com cinco dias de trabalho, duas canções estavam prontas e, ao ouvir o trabalho dos rapazes, Ratcliff ficou impressionado que indicou ao empresário musical e amigo Terry Slater que iria apresentar o grupo para a gravadora EMI Records. Entre as canções estava a música "Lesson One", embrião do futuro sucesso "Take On Me". Assim, Terry e Ratcliff juntaram-se para tornar empresários do trio e criar uma empresa para promovê-lo. O começo do sucesso do a-ha estava por vir.


a-ha - Summer Moved On


Uma das grandes performances ao vivo do a-ha em apresentação no Nobel Peace Prize Concert, em 1998. No clipe, lança para o mundo o novo single "Summer Moved On" que sairia dois anos depois no sexto disco Minor Earth, Major Sky, marcando o retorno do grupo, após 7 anos sem gravar.


Homenageado do Dia: a-ha


a-ha - Medley *

A partir de 1983, um grupo composto por Pal Waaktar, Magne Furuholmen e Morten Harket passou a frequentar as diversas paradas de sucessos de todo o mundo. Em pouco tempo os três rapazes da Noruega atingiram status de superstars com muito talento, criatividade e determinação. Inúmeras excursões foram realizadas pelo jovem grupo por diversos países, aonde sempre tiveram consagração popular.

Mas, a história do grupo a-ha começou em Oslo, capital da Noruega, há muito tempo atrás. Magne e Pal já se conheciam há uns dez anos e durante todo este tempo já vinham fazendo várias experiências com instrumentos eletrônicos, depois das aulas. Com uma guitarra acoplada a um sinstetizador, Pal vivia compondo belas canções e até mesmo algumas óperas rocks até um dia conhecer o cantor Morten e formar um dos maiores grupos de sucesso do mundo.

Diante da recente passagem que o grupo esteve no Brasil, de uma série de shows que faz pelo mundo neste ano marcando sua despedida dos palcos e o fim do grupo, o a-ha é o Homenageado do Dia.

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* ("Stay On These Roads" / "Hunting High and Low" / "I've Been Losing You" / "The Blood That Moves the Body" / "The Sun Always Shines On T.V." / "Cry Wolf" / "You Are the One" / "Take On Me")