Clipe da Semana: Bantuquerê

Um dos grandes hinos da resistência negra e samba-enredo da Escola de Samba Vila Isabel do ano de 1988, composta pelo saudoso Luis Carlos da Vila e imortalizada na voz de Martinho da Vila, segue a música "Kizomba, Festa da Raça" sob a interpretação do grupo de percussão mineiro Bantuquerê.

Momento Flashback: Adrian Gurvitz

Adrian Gurvitz - Classic

Cantor, compositor e músico inglês, Adrian Curtis foi guitarrista e cantor da banda de rock progressivo The Gun na década de 1960 ao lado do irmão Paul Curtis e Louie Farrell, onde se destacou pelo sucesso "Race With the Devil". Na década de 1970, a família de Adrian passou a trocar o sobrenome Curtis por Gurvitz. Seu primeiro disco solo veio em 1979 com Sweet Vendetta, mas foi em 1982 que veio a ser conhecido no mundo com sua balada romântica de maior sucesso "Classic", faixa-título do seu disco. O cantor acumula, em sua carreira, sete discos, incluindo duas coletâneas.

A Música no Mundo e no Brasil - Parte 9

Após vermos a história da música erudita no Brasil, continuaremos a falar sobre a música popular, estabelecendo um paralelo com a música folclórica.

Há forte tendência nos países latinos para não se estabelecer distinção nítida entre música popular e música folclórica. Para os anglo-saxões, no entanto, a diferença é bem marcada: populares são as composições de qualidade duvidosa e sucesso momentâneo, de autoria de músicos menores e divulgadas pelo rádio e discos (sambas de carnaval, tangos argentinos, foxes e blues, etc.). Folclóricas são as músicas de autor desconhecido, transmitidas pela tradição oral e que constituem o patrimônio comum do povo de determinada região (cocos, emboladas, modas de viola, etc.).

Tal distinção não é usual no Brasil, havendo, entretanto, a designação popularesca para classificar a música a que os anglo-saxões chamam popular. Joaquim Ribeiro, em sua obra "Folclore Brasileiro" (1944), dividiu a música popular brasileira em áreas geográficas delimitadas pelo gênero de atividade musical predominante.

Como um primeiro esboço, Joaquim estabeleceu as seguintes divisões:

1ª - Área da embolada (Nordeste);

2ª - Área da moda (na zona agrícola do sul);

3ª - Área do jongo (na zona de influência banta);

4ª - Área dos aboios (na zona pastoril do sertão).

Baseado nessa classificação, Luís Heitor Correia de Azevedo ampliou-a, dividindo o país em nove áreas. Esta divisão será mostrada na próxima quinta.

Até lá.

Sururu na Roda no programa Sr. Brasil (TV Cultura)

Participação do grupo Sururu na Roda no programa Sr. Brasil, apresentado por Rolando Boldrin, na TV Cultura, onde canta um pout-pourri de sambas de Chico Buarque: "A Rita", "Samba do Grande Amor", "Homenagem ao Malandro" e "Feijoada Completa".

Sururu na Roda

"O Sururu na Roda é a síntese da diversidade musical da renovada Lapa. Grupo surgido há oito anos, no bojo dessa retomada, o Sururu na Roda é o que melhor sintetiza essa renovação, pois, ao contrário de boa parte dos seu pares, não ficou apegado à releitura de antigos sambas (...) O Sururu na Roda traz o frescor e a alegria das rodas, fazendo um samba com a marca do bom humor carioca"

(João Pimentel, no jornal O Globo)

Sururu na Roda, a banda

Sururu na Roda - Tô Voltando

A banda é formada por Nilze Carvalho (cavaco, bandolim e voz), Camila Costa (violão e voz) e Fabiano Salek e Silvio Carvalho (percussão e voz) que, juntos, apresentam regravações de clássicos da música brasileira, além de possuir composições próprias.

Criada no ano 2001 por Nilze e Camila que se conheceram na faculdade de música da UNIRIO (Universidade do Rio), onde estudavam e pouco depois, Fabiano e Silvio foram agregados ao grupo. Após algumas reuniões na tentativa de arranjar um nome, pintou o nome "Sururu na Roda" que traduzia melhor as brincadeiras que os integrantes faziam com os ritmos de samba-de-roda, chorinho e samba e passaram a se apresentar na Lapa, Rio de Janeiro, vindo a considerar um dos primeiros grupos responsáveis pela revitalização do bairro.

O primeiro disco vem no ano 2002 com Arco da Velha, onde reúne regravações de alguns sucessos do samba e da mpb como "Brasil Pandeiro / Izaura", "Sonho Meu", "Na Cadência do Samba / Cansado de Sambar", entre outros. O segundo álbum Sururu na Roda foi gravado dois anos depois, seguindo a mesma linha do primeiro trabalho, contendo releituras de sucesso e ainda contando com a participação de Chico Buarque.

Passa a se apresentar pelo Brasil com o sucesso devidamente reconhecido por alguns músicos e conquistado parte do público que acompanhava o grupo desde o início. No ano 2005, os integrantes viajam para os Estados Unidos apresentando seus shows e levando seus conhecimentos sobre o samba para aquele país. De volta ao Brasil, é convidado por Rodrigo Maranhão e sob sua produção, em 2007, para integrar o cd Samba Novo reunindo sucessos do samba brasileiro.

Em 2008, lança seu terceiro disco denominado Que Samba Bom, gravado ao vivo, contendo novas releituras e de autoria própria, que contou com participação do cantor Zeca Pagodinho. Um dos sucessos do novo trabalho do Sururu na Roda é a música "Errei", que foi incluida na novela global Caminho das Índias, dando reconhecimento nacional ao grupo que também contou com sua participação na estória de Gloria Perez. No mesmo ano, foi convidado para participar do dvd Samba Social Clube ao lado de artistas consagrados do samba como Beth Carvalho, Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho, cantando o melhor do samba.

Sururu na Roda - Da Melhor Qualidade

Apresentação da banda Sururu na Roda no show Samba Social Clube, onde apresenta a música "Da Melhor Qualidade".

REVELAÇÃO MPB: Sururu na Roda

Sururu na Roda - Sururu Formado

Surge no Brasil uma das bandas mais carismáticas e talentosas da música brasileira. Sururu na Roda possui, como marca registrada do grupo, a versatilidade e a irreverência dos arranjos vocais. Com sete anos na estrada, é a Revelação MPB que trago nesta quarta.

Daniela Mercury lança "Canibália" em Portugal

Daniela Mercury (part. de Seu Jorge) - Preta

Diante das expectativas em torno do novo trabalho da cantora Daniela Mercury, o novo disco é lançado em Portugal e com previsão de chegada no Brasil, apenas em 2010.

Às vezes me pergunto se, pelos últimos trabalhos que Daniela tem apresentado, ela teria dificuldades em conseguir créditos para compor seu repertório final em seus álbuns, ou seja, em relação aos letristas e compositores que mandam suas músicas para Daniela ouvir, analisar e ver se encaixa ao seu repertório para gravar. Daí, devido a essa dificuldade, ela tem apelado às regravações já que no disco novo é composto por praticamente metade do repertório, o que é um exagero, na minha opinião! O que não significa que não tenha deixado de gostar de algumas como o pout-pourri "Bênção do Samba" e "Tico-Tico no Fubá".

Em relação às músicas 'batidas' como "Preta" e "Sol do Sul" já era certo seguir esse caminho, bastando só lembrar que outros artistas como Chiclete e Asa também já fazem isso desde os anos 80 e 90 (lançar primeiro a música - carro-chefe - e depois sair o disco) e por isso se dão bem. Coisa que vem sendo invertida por boa parte dos músicos atualmente (primeiro disco e depois o sucesso da música). O caminho trilhado por ela, acho mais correto a ponto de todos já saberem e conhecerem o seu novo trabalho em parte.

Sendo regular o novo trabalho de Daniela, na minha opinião, ainda fica devendo muito em relação ao que fez anteriormente. Pode ser que a grande ansiedade e a demora do novo disco também sejam fatores para a desmotivação em relação ao resultado que já era previsível. Talvez se o disco fosse feito ao vivo, em vez de estúdio, poderia ser bem melhor, com roupagem diferente às faixas e torna-se mais atrativo por conta dos arranjos que viessem a ser trabalhados.

Não se faz necessário em saber se ela esteja desvinculando de suas raízes carnavalescas para atingir novos públicos além daqueles conquistados com seu novo trabalho. No carnaval ela já fez muito e deu pra mostrar. Sua meta é se consagrar como artista internacional e todo este esquema de lançar um cd em Portugal, se constitui numa estratégia, tanto de planejamento como de marketing, ao meu ver. Não é um disco de carnaval, longe disso. Mas que é uma amostra simples e original de seu novo trabalho que ganhará novos traços ao se apresentar ao vivo tanto nos shows, como nos trios, que, evidentemente, ganhará uma nova dimensão.

Sintonia::: Especial Seal

Playlist com Top 15 contendo os maiores sucessos de Seal.

Seal - A Change Is Gonna Come

Composta por Sam Cooke, considerado um dos pioneiros da soul music mundial, e gravada em 1963, a música "A Change Is Gonna Come" foi sucesso de público e crítica desde o seu primeiro lançamento. Anos depois, Seal incluiu em seu novo disco Soul, lançado em 2008, onde regravou grandes sucessos da música soul.

Seal - Amazing

Grande sucesso de seu disco System.

O Sucesso de Seal

Seal - Love's Divine

Na década de 1990, Seal já um dos nomes mais conhecidos da música pop mundial. Porém, surgem dúvidas sobre o estado físico de seu rosto que apresenta cicatrizes, gerando especulações sobre sua origem, mas que na verdade se trata de uma doença (DLE) que o cantor sofre desde sua adolescência e nem por isso se incomodou em deixar sua carreira que já estava consolidada.

Em 1998, lança seu terceiro disco mais regular - Human Being - dedicado aos rappers norte-americanos Tupac Shakur e The Notorious B.I.G. que faleceram em 1996 e 1997, respectivamente. Além da faixa-título, destacam-se os sucessos "Just Like You Said" e "Colour". Passado um tempo longe dos estúdios, retorna em 2003 com novo disco Seal IV que vem recheado de bons hits, marcando sua volta aos palcos. As faixas "Get It Together", "Waiting For You" e a balada "Love's Divine" alcançam as primeiras colocações nas paradas britânicas e na Billboard.

No ano seguinte, lança uma coletânea reunindo faixas de seus quatro discos em cd duplo, sendo um com gravações originais e outro em versões acústicas dos maiores sucessos do cantor. Em 2005, viaja para Paris, França, onde realiza um grande show no Teatro Olympia que origina seu novo e primeiro disco ao vivo Live in Paris. No mesmo ano, se casa com a modelo apresentadora alemã Heidi Klum, com quem tem dois filhos. Mais uma coletânea é lançada em 2006, em cd e dvd, sendo seu segundo disco ao vivo, gravado na Alemanha: One Night To Remember.

Após lançar três coletâneas seguidas, Seal, volta com um novo disco de inéditas em 2007 com System, onde resgata um pouco da sonoridade de seus dois primeiros discos, destacando pelos hits "Amazing" e "The Right Life". Já o sexto disco de estúdio Soul foi lançado no ano passado, onde Seal regrava grandes clássicos da música soul, mostrando sua versatilidade na sua interpretação.

Quem é Seal?

Seal - Kiss From a Rose

Nascido em Londres na Inglaterra, o cantor e compositor Seal se formou em Arquitetura e teve vários empregos, atuando como engenheiro elétrico, designer de roupas e outras ocupações, antes de se tornar cantor profissional.

No final dos anos 80, Seal se junta ao tecladista e produtor musical Adamski para compor seu primeiro grande sucesso e que o lançaria ao estrelato na década seguinte: "Killer". A faixa chegou ao primeiro lugar nas paradas do Reino Unido e logo estaria no álbum de estréia Seal, em 1991. A mesma música tornou-se ainda mais conhecida ao ser regravada mais tarde por George Michael.

Ainda em relação ao primeiro disco, também teve como destaque os hits "Future Love Paradise", "The Beginning", "Violet" e o grande sucesso "Crazy" que foi regravada por alguns artistas e deu maior projeção ao artista, vindo a consagrar seu trabalho com The Brit Awards (prêmio anual britânico da música pop), na categoria "Melhor Álbum Britânico", em 1992.

O segundo disco Seal II foi lançado em 1994 e lhe rendeu indicações ao Grammy no ano seguinte (prêmio máximo da música internacional), vindo a ganhar nas categorias "Melhor Interpretação Vocal", "Gravação do Ano" e "Canção do Ano" pela música "Kiss From a Rose", o maior sucesso deste disco que foi incluída na trilha sonora do filme Batman Eternamente, estrelado por Chris O'Donnell, Val Kilmer, Tommy Lee Jones e Jim Carrey. Outros sucessos também foram responsáveis pela boa receptividade do disco junto à crítica e ao público como "Prayer For the Dying", "Don't Cry" e "Bring It On".

Seal - Crazy

Um dos grandes sucessos de Seal e que foi regravada por Alanis Morissette, rendeu ao cantor mais de 3 milhões de cópias de seu disco Seal em todo o mundo.

Homenageado do Dia: Seal

Seal - Killer

Seal Henry Olumide Adeola Olusegun Acombi Samuel, um nome grande para um grande artista inglês, filho de nigerianos e avô brasileiro, que viria a ser conhecido no mundo simplesmente como Seal, e que será o homenageado deste dia.