5 de set. de 2009

Clipe da Semana: Raphael Rabello e Elizeth Cardoso


Encontro de dois saudosos nomes da música brasileira: o violonista Raphael Rabello e a "divina" Elizeth Cardoso. Aqui neste clipe, Elizeth canta um dos sucessos de Vinicius de Moraes e Baden Powell, acompanhada do violão de Raphael Rabello. Um lindo registro!




4 de set. de 2009

Momento Flashback: Crowded House


Crowded House - Don't Dream It's Over


Banda de rock originária da Nova Zelândia que surgiu nos anos 1980. Criada e liderada por Neil Finn, vocalista, compositor e guitarrista que, junto com o australiano Nicholas Seymour (baixo), o norte-americano Mark Hart (teclados e guitarra e que já trabalhou com a banda de rock progressivo Supertramp) e o australiano Paul Hester (baterista), completam a formação original.

A banda lançou seu primeiro disco Crowded House em 1986 que foi bem recebido em todo o mundo. O single "Don't Dream It's Over" (que, aqui no Brasil, foi incluida na trilha sonora da novela global O Outro) foi o responsável pelo sucesso do disco e se tornou um dos hits da década de 1980. Logo vieram os discos Temple of Low Men (1988), Woodface (1991), Together Alone (1993) e Recurring Dream (álbum que reune sucessos do grupo e algumas inéditas, lançado em 1996). No ano de 1996, a banda dá um tempo nas suas atividades, retomando no ano 2000 com outra compilação - Afterglow - contendo raridades e músicas que não foram incluidas nos discos anteriores.

Movido a uma forte depressão, o baterista Paul Hester suicidou em 2005. A banda, então, contou com Matt Sherrod para substitui-lo na bateria e continuar suas atividades lançando, em 2007, o álbum Time On Earth sendo seu primeiro disco de inéditas desde 1993 e que ainda conta com a participação de Johnny Marr, ex-guitarrista do grupo The Smiths, que faz parceria com Neil Finn em algumas faixas.


3 de set. de 2009

A Música no Mundo e no Brasil - Parte 02

Além de ser uma arte de combinar sons, a música possui vários tipos. Sem aprofundar muito, relacionarei aqui os vários tipos mais conhecidos.

A música absoluta é uma composição, ou melhor, um tipo de composição musical para instrumentos, sem qualquer base literária ou associações literárias.

A música dramática é uma concepção ou gênero de composição musical.

A música de câmara é uma música solista ou para pequenos agrupamentos solistas.

A música clássica é aquela que é composta com forma pré-determinada de arte, sendo música não popular.

A música coral é o tipo de música composta para ser cantada em coro.

A música cromofônica é aquela em que é utilizada a técnica cromofônica de composição, criada pelo brasileiro Jorge Antunes (1966) e que consiste na combinação dos sons tratados como cores.
A música de dança é qualquer obra instrumental ou vocal, associada à dança, para alguns conhecida como "música aeróbica".

A música descritiva é aquela música que tenta evocar, pela combinação de vozes ou por artifícios de instrumentação, diferentes fenômenos naturais, impressões plásticas vindas do mundo exterior, ou criações subjetivas, frutos da imaginação (como a peça "O Escravo", de Carlos Gomes), sendo o mesmo que "música de programa".

A música eletrônica é aquela que utiliza os sons obtidos por meio de correntes elétricas alternadas, produzidas por meio de osciladores munidos de lâmpadas e por movimentos vibratórios que um captador traduz em correntes elétricas, e se preocupa com a localização dos objetos sonoros no espaço, no momento da projeção da obra em público.

A música concreta é um movimento lançado por Pierre Schaeffer, entre 1949 e 1952. Propõe a substituir os sons isolados, emitidos por instrumentos por "objetos sonoros", ou seja, quais quer fatos sonoros (vozes, ruídos) simplesmente gravados ou transformados mediante filtros elétricos, câmaras de eco, entre outros, e reunidos por processos de justaposição ou superposição em fita magnética. Embora já se tenha usado o termo para abranger as principais correntes da vanguarda musical pós-weberniana, ele prevaleceu na acepção restrita, original, caracterizando o grupo de Schaeffer e distinguindo-o da "música eletrônica" de Stockhausen ou de compositores independentes como Boulez, cujas obras, não obstante, apresentam maiores analogias com a arte e a poesia concretas.

A música incidental é a música que, no teatro, é destinada a dar ênfase a certos momentos da ação dramática ou a servir de interlúdio emeterminadas cenas.

A música litúrgica é a música destinada a acompanhar atos litúrgicos, de caráter de oração.

A música sacra é a música adaptada às palavras litúrgicas, destinada a ser executada durante os ofícios religiosos ou durante os intervalos entre eles, tendo origem no canto gregoriano.

A música profana é o oposto da música sacra. É aquela que não é sacra, desenvolvida no período medieval, muito usada por trovadores, também conhecida como "música secular".

A música gregoriana é também conhecida como "cantochão" foi criada no período do papa Gregório, com base na música grega, e não possui harmonia e nem acompanhamento.

A música rítmica é a música cujos membros do período que a compõem são simétricos como a música de instrumentos de cordas.

A música de vanguarda caracteriza-se pela destruição da estrutura lógico-dedutiva da organização musical tradicional e sua substituição por um novo segmento, uma nova sintaxe não discursiva. A "música eletrônica" e a "música concreta" são algumas das tendências da música de vanguarda. No Brasil, os pioneiros da música eletrônica e concreta são Willy Correia de Oliveira e Gilberto Mendes.

Enfim, há outros tipos de música também incontáveis, mas listei os mais conhecidos. Na próxima quinta veremos um pouco sobre o sistema tonal, o contraponto e a harmonia.


Domingo no Parque


Gilberto Gil - Domingo no Parque


Poucas horas antes de sua apresentação no 3° Festival de Música Popular Brasileira, Gilberto Gil estava tremendo de frio, sob cobertores, na cama de um hotel em São Paulo. Vivia uma crise que vinha se arrastando. Em julho de 1967, poucos meses antes do festival, Gil ficara impressionado com o disco Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles. No mesmo mês, havia participado de uma passeata contra "a invasão da música estrangeira" ao lado de Elis Regina, que, pouco tempo antes, lançara canções de Gil no programa O Fino da Bossa, na TV Record. Naquele dia 21 de outubro, em que subiria ao palco com Domingo no Parque, Gil amarelou. Foi preciso que Paulinho Machado de Carvalho, diretor-geral da TV Record, que organizava o festival, se juntasse a Nana Caymmi, segunda mulher de Gil, e a Caetano Veloso, o amigo que apresentaria "Alegria, Alegria" na mesma noite, para o levarem ao teatro.

As confusões, paradoxos, dúvidas, e múltiplas influências que atraíram e atormentavam o compositor baiano foram traduzidos com maestria para "Domingo no Parque" por Rogério Duprat. O maestro combinou berimbau com guitarras elétricas e temperou-os com ruídos de parque de diversões, sintetizando a multiplicidade tropicalista num baião reinventado. Os arranjos pontuam movimentos decisivos da música, que narra um crime passional: José mata Juliana, sua amada, e João, seu amigo, que passeavam juntos em um parque de diversões em Salvador.

O tema, tradicional, é reelaborado com personagens da capoeira: o extrovertido e o tinido são dois arquétipos que agem conforme suas características psicológicas no jogo levado pelo berimbau. A construção sofisticada de Gil faz uma montagem de cinema para contar o crime. Extremamente imagética, a narração começa com a apresentação dos personagens João (o extrovertido) e José (o tímido) – um é operário de construção, o outro, feirante -, que se preparam para ir ao parque no domingo. A "câmera" de Gil e os arranjos de Duprat acompanham José quando ele se assusta (Juliana!/ Foi que ele viu), em sua decepção (Juliana na roda com João/ Uma rosa e um sorvete na mão/ (...)/ O espinho da rosa feriu Zé/ E o sorvete gelou seu coração) e na reação furiosa (Olha a faca!).

Com o arranjo de Duprat, os cortes os cortes rápidos da letra provocam vertigem, remetendo à confusão visual do parque e das emoções do personagem: "O sorvete e a rosa/ A rosa e o sorvete/ Oi girando na mente/ do José brincalhão/ Juliana girando/ Oi na roda gigante/ Oi na roda gigante/ O amigo João". A orquestração de Duprat também é narrativa e acompanha a história criando suspense com violinos, por exemplo, da mesma maneira que ambienta o começo da canção com sons de parque: realejo, brinquedos, crianças.

"Domingo no Parque" mostra a importância de Rogério Duprat para a tropicália quando Gil lhe pediu indicação de um grupo de rock, Duprat indicou o trio Os Mutantes, formado por Arnaldo Batista (baixo), Sérgio Dias (guitarra) e Rita Lee (vocais). Os jovens paulistanos deram o clima de Sgt. Pepper’s que Gil tanto queria. "Domingo no Parque" ficou em segundo lugar no festival, e o compositor baiano abandonou de vez a passeata contra as guitarras elétricas.
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Fonte: Revista Bravo - 100 Canções Essenciais da Música Popular Brasileira
Colaboração: Fabio Eça.


2 de set. de 2009

Maria Gadú - Bela Flor

Um dos sucessos da cantora Maria Gadú:






Maria Gadú em Entrevista na Época

Colo aqui a entrevista com Maria Gadú para a revista Época, realizada no dia 22 de agosto de 2009:

ÉPOCA - Você começou cantando em barzinhos muito nova? Era permitido você trabalhar aos 14 anos?
Maria Gadú - Ah, boteco não tem muito disso. Eram lugares menores. Nunca tive problema. Tenho 1,70 m de altura. E, aos 14 anos, já tinha essa altura, que, para uma mulher, até que não é tão baixinha.


ÉPOCA - O que você cantava nessa época? Recebia muitos pedidos de músicas?
Maria - Eu cantava Chico, Caetano, Milton Nascimento, Marisa Monte, Rita Lee, Lenine. Rolavam muitos bilhetinhos no guardanapo, sim. Mas era gostoso. Apesar de passar anos e anos cantando as mesmas músicas, não tenho nenhum trauma dessa época. Era muito bom.


ÉPOCA -Como você chegou a Som Livre?
Maria - Eu conhecia a Tânia Mara e o Rafael Almeida (ator e cantor, irmão de Tânia) de São Paulo. A gente tocou várias vezes juntos. Quando me mudei para o Rio, acabei entrando em contato com a Tânia, que havia se casado com o Jayme Monjardim e estava morando no Rio também. Fui um dia tocar na casa deles. O Jayme estava fazendo a pré-produção da minissérie Maysa e me convidou para fazer uma participação na minissérie como uma cantora de boate. Acabei cantando em um workshop que ele fez para apresentar o trabalho à imprensa. Nesse dia, estavam lá alguns executivos da Som Livre, que gostaram e me chamaram para gravar.


ÉPOCA - E você gostou da experiência de participar da minissérie Maysa? Tem vontade de ser atriz também?
Maria- Foi muito divertido. A Maysa é fantástica. A minissérie tinha aquele cheiro de outra época que me encanta. Mas foi só isso. Para ser ator, é preciso nascer com o dom. E eu não tenho isso. E, outra: minha timidez nunca me permitiria ser atriz.


ÉPOCA - O disco traz oito canções suas, nenhuma delas você compôs em parceria. Você prefere criar suas músicas sozinha?
Maria - Não é que eu prefira. Geralmente, quando as ideias surgem, estou sozinha. E vem tudo junto: letra, música, melodia. Detesto ter que ficar “ralando” em cima de uma canção. Tenho algumas composições com outros compositores. Estou conhecendo uma galera que escreve e estou achando divertido. Devem aparecer outras composições em parceria por aí.


ÉPOCA - A primeira música de trabalho do CD é Shimbalaiê, que você fez aos 10 anos de idade. Ela estava guardada esperando uma oportunidade?
Maria - É. Foi minha primeira composição. Meu primeiro susto. Mas eu não gostava dela, achava horrorosa. Quando fui gravar o CD, o Rodrigo Vidal, que é o produtor, pediu que eu mostrasse todas as minhas composições. Ele queira saber qual era a primeira. Relutei em mostrar. Aí ele decidiu que íamos gravar. Hoje em dia até gosto dela...(risos)


ÉPOCA - No seu disco, você mistura vários ritmos, como maracatu, samba, reggae, pop. Quais são as suas influências? O que você gosta de ouvir?
Maria - Ouço de tudo. Sem preconceito algum. Sou uma nerd. Gosto de pesquisar, fuçar aquilo que não está ao alcance de todos. Agora, conheci o Lokua Kanza, um cantor e compositor do Congo. Ele é absurdamente fantástico. Estamos trocando figurinhas, ele está me mostrando músicas da África. Estou adorando.


ÉPOCA - A música Dona Cila é uma canção de despedida para sua avó. Como é essa história? Maria - Na vida, sempre fui eu, minha mãe e minha avó. Fui criada com ela, que me ensinou tudo, desde música até como me relacionar com as pessoas. Ela morreu há três anos e fiz essa canção um mês antes de ela partir. Ela nem chegou a ouvir. Na juventude, ela foi cantora lírica, acabou perdendo a voz mas foi quem me ensinou a cantar.


ÉPOCA - Você está sendo apontada como uma das grandes revelações da MPB neste ano. Nomes como Milton Nascimento e Ana Carolina já a elogiaram. Como encara isso logo no seu disco de estreia? Sente uma responsabilidade a mais?
Maria - Responsabilidade sempre tem. É muito íntimo me expor no disco. É meu lado mais sensível. Mas é do c.... uma galera dessa me elogiar, ir aos meus shows. Fico lisonjeada. Se a opinião fosse negativa, também iria respeitar muito.


ÉPOCA - O Brasil é conhecido como a país das cantoras e, nos últimos anos, vários nomes surgiram no mercado. O que uma cantora precisa ter para ganhar destaque?
Maria - Não encaro dessa forma. Gravar disco para as pessoas gostarem ou ficar famoso é uma besteira muito grande. Se você fizer algo que não o agrada, vai carregar esse erro pelo resto da vida. Acho que o artista deve pensar por si. Fazer aquilo que é verdadeiro e não criar expectativas.


ÉPOCA - Por que resolveu regravar Baba, da Kelly Key?
Maria - Eu gosto dessa música. Fiz uma versão minha. Nada de mais. As pessoas têm essa mania de separar os estilos, separar os gostos. Música é música.


ÉPOCA - No encarte do CD, você agradece carinhosamente a Marisa Monte. Ela tem ajudado nesse começo de carreira?
Maria - Ela é minha diva-mor. Mesmo à distância, ele ajudou muito na minha formação. A Marisa é uma pessoa que sempre teve bom senso para cantar, para escolher repertório. Não a conheci pessoalmente. Temos um amigo em comum. Ela disse que gostou do disco.


ÉPOCA - Você vai participar do DVD da Ana Carolina?
Maria - A Ana me chamou para participar de um DVD que comemora os seus 10 anos de carreira. Vou cantar uma música dela que chama "Mais Que Isso"



Fonte:
http://revistaepoca.globo.com/





Maria Gadú na Revista Época (17/08/2009)

Para falar um pouco sobre Maria Gadú, colo aqui trecho de uma matéria publicada na seção Mente Aberta, da revista Época, n° 587, no dia 17 de agosto deste ano falando sobre a nova geração de jovens cantoras que fazem suas próprias músicas:

Quem não teve medo de arriscar foi a estreante Maria Gadú. A paulistana acariocada de 22 anos foi abençoada por nomes como Caetano Veloso, Milton nascimento e Ana Carolina, que assistiram a apresentações suas no Rio de Janeiro e engrossaram o burburinho criado ao redor do recém-lançado cd Maria Gadú. Ela assina 8 das 13 canções do disco da Som Livre e ainda não se acostumou com as experiências que vieram com o súbito reconhecimento. 'Achei estranho aquele monte de segurança barrando todo mundo no primeiro show grande que fiz', afirma a cantora, acostumada a cantar em bares pequenos até alguns meses atrás, algo que faz desde os 14 anos. 'Mas é emocionante e estranho ouvir tanta gente cantando minhas músicas'.
Aos 10 anos, Maria Gadú compôs sua primeira letra "Shimbalaiê". 'É uma música que sempre achei meio chata', diz. Ovacionada pelos críticos do Rio de Janeiro, Maria chama a atenção por seu timbre original e presença de palco. A atitude forte de Maria fica presente ao escolher regravar uma versão lenta do funk Baba, de Kelly Key. Entre as composições de sua autoria, destacam-se o samba melódico "Altar Particular" e a canção pop "Lounge".

REVELAÇÃO MPB: Maria Gadú


Maria Gadu - Shimbalaiê

Cantora paulistana, violonista e compositora revelada inicialmente na minissérie Maysa e participado do Som Brasil - Paralamas, ambos na TV Globo, Maria Gadú (sobrenome vindo de Aygadoux) surge como mais um novo talento que desperta interesse e curiosidade das pessoas que apreciam a boa música brasileira.

1 de set. de 2009

Violão: O Mais Popular dos Instrumentos Musicais

"Violão"
(Sueli Costa/Paulo Cesar Pinheiro)

Um dia eu vi numa estrada
Um arvoredo caído
Não era um tronco qualquer.
Era madeira de pinho
E um artesão esculpia
O corpo de uma mulher
Depois eu vi
Pela noite
O artesão nos caminhos
Colhendo raios de lua
Fazia cordas de prata
Que, se esticadas, vibravam
O corpo da mulher nua
E o artesão, finalmente,
Nesta mulher de madeira,
Botou o seu coração
E lhe apertou contra o peito
E deu-lhe nome bonito
E assim nasceu o violão.
**********

Em cada cantinho, numa roda de amigos, no bar, na escola, nas faculdades, na praça, quando deparamos com alguém tocando violão, logo concluimos: Não há instrumento musical mais popular do que ele próprio.

Antigamente, o violão era até visto como uma contravenção. Quem fosse visto com violão era sinônimo de vadiagem e a pessoa iria parar na delegacia. De uns tempos cá, tudo foi superado e, aqui no Brasil, o violão passou a fazer parte da mpb como o instrumento mais usado pelos artistas. Vários violonistas marcaram (e ainda marcam) seu nome na nossa música: Baden Powell, Dilermando Reis, Paulinho Nogueira, Toquinho, Raphael Rabello, Dino 7 Cordas, Gilberto Gil, João Bosco, Yamandu Costa, entre outros, sejam apenas como instrumentistas ou como cantores/violonistas. Quando surgiu a bossa-nova no Brasil, o violão virou símbolo do movimento através de João Gilberto.

O violão padrão possui seis cordas, revestidas em nylon (alguns usam cordas de aço), mas existem variações no instrumento em relação ao encordamento ou na sua construção. Para alguns, também é conhecido como guitarra clássica.
Sobre a história do violão, para quem tiver curiosidade em aprofundar sobre o instrumento, recomendo o seguinte site, dividido em tópicos:



30 de ago. de 2009

Michael e as Causas Sociais

Além de seus discos de sucesso, Michael Jackson sempre se envolveu em causas sociais. Os dois clipes a seguir são um exemplo disso.

We Are the World foi composta por Michael Jackson e Lionel Ritchie que, junto com o cantor, ator e pacifista norte-americano Harry Belafonte, lideraram um projeto criando uma fundação denominada U.S.A. For Africa (Support of Artists for Africa) para arrecadar fundos e destinar aos necessitados da África que sofriam da fome. Neste projeto reuniu 45 maiores nomes da música americana (como Tina Turner, Ray Charles, Stevie Wonder, Bob Dylan, entre outros) para gravação do clipe em 28 de janeiro de 1985, bem como do single e do LP que, juntos, faturaram aproximadamente 64 milhões de dólares, tendo a fundação (ainda ativa por mais de 20 anos) incumbida de fornecer 90% do dinheiro arrecadado para a África e outros 10% para ajudar os famintos e sem teto nos Estados Unidos. Foi um evento histórico para a música mundial na década de 1980:







What More Can I Give foi outro single beneficente composto por Michael Jackson visando angariar fundos para as entidades ligadas às vítimas do atentado terrorista de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos. A música (que também ganhou versão em espanhol como "Todo Para Ti" destinada aos povos latino-americanos) contou com a participação de 35 artistas (como Rick Martin, Mariah Carey, Santana, Jon Secada, Gloria Estefan, Shakira, entre outros) com objetivo de arrecadar inicialmente 50 milhões de dólares. Devido ao conflito entre Michael Jackson e o presidente da Sony Music, o single nunca foi lançado, tendo o cantor resolvido divulgar pela internet:










Michael Jackson em Carreira Solo

Michael Jackson - She's Out of My Life



Off the Wall é o primeiro álbum gravado por Michael Jackson em idade adulta, após a saída do grupo The Jackson Five. Lançado pela Epic, em 1979, em parceria com Quincy Jones que produzirá os dois discos seguintes. Neste disco, mesclava ritmos dançantes da discoteca que estava no auge da década de 1970. Por este disco, quatro músicas estiveram nas paradas de sucesso dos EUA e do Reino Unido: "Off the Wall", "Don't Stop 'Til You Get Enough", "Rock With You" e a balada "She's Out of My Life", e o cantor ganharia seu primeiro Grammy (prêmio máximo da música mundial). Entre as participações do discos está Stevie Wonder, na faixa "Girlfriend".

Thriller, lançado em 1982, marca o ápice da carreira do cantor e se torna o disco mais vendido de todos os tempos, quebrando o recorde do próprio cantor com o disco anterior. Sete das nove músicas do álbum viram sucesso nas rádios de todo o mundo e três delas viraram video-clipes de grande sucesso: "Beat It", "Billie Jean" e "Thriller" (que tinha participação de Vicent Price) e marcaram uma nova era na sua produção que passaram a ser vistos como mini-filmes, estrelando com sucesso na MTV. O disco também contou com a participação de Paul McCartney na faixa "The Girl Is Mine".

Bad foi o terceiro e último disco em parceria com Quincy Jones. Lançado em 1987 pela EPIC, não teve boa aceitação pela crítica, mas foi muito bem recebido pelo público, vindo a se tornar o segundo o disco mais vendido, depois de Thriller. Com 9 das 11 músicas de sua própria autoria, Michael colocou nas paradas os sucessos "Bad", "The Way You Make Me Feel", "Man in the Mirror", "I Just Can't Stop Loving You" e "Smooth Criminal". O single "Leave Me Alone" , de sua autoria, foi lançada no filme Moonwalker e incluída no disco apenas em cd e fazia uma crítica contra os tablóides em relação aos boatos inventados sobre o cantor. Durante a década de 1980, o cantor recebeu várias premiações e lançou seu livro autobiográfico (Moonwalk, mesmo nome da dança criada por ele) e o filme Moonwalker, em 1988.

Além destes três grandes discos que marcaram a fase áurea do cantor, vieram outros álbuns de sucesso nos anos seguintes: Dangerous (lançado em 1991, com destaque para os sucessos "Black or White", "Heal the World", "Remember the Time", "Give In To Me" e "Will You Be There"), History: Past, Present and Future (disco duplo lançado em 1995, sendo um cd de regravações e outro de inéditas com destaque para "Scream", que contou com participação de sua irmã Janet, "The Don't Care About Us", "Earth Song", "Childhood" e "You Are Not Alone"), Blood On the Dance Floor (lançado em 1997 contendo mixagens de seus sucessos e algumas inéditas como "Blood On the Dance Floor", "Morphine" e "Ghosts" que viraria o clipe de maior duração já produzido pelo cantor) e Invincible (seu último disco lançado em 2001 que teve como destaque as faixas "Unbreakable", "Cry" e "You Rock My World" sendo esta música originado o único clipe para o disco que contou com participação do ator Marlon Brando).


The Jackson Five




Após assinarem o primeiro contrato com Berry Gordy, chefe da Motown , os irmãos Jackson (agora como The Jackson Five) lançam seu primeiro single pela nova gravadora: "I Want You Back" e vendem mais de um milhão de cópias em apenas um mês. O sucesso repetiria com outras duas músicas "The Love You Save" e "ABC", e passam a ficar cada vez mais conhecidos, apresentando em programas de tv e nos shows do grupo, sempre lançando grandes sucessos.

Em 1974, após romper com a Motown, os irmãos mudam o nome para The Jackson, em virtude do nome anterior ser propriedade da antiga gravadora, e assinam com a gravadora CBS (atual EPIC) iniciando uma nova fase para a carreira do grupo, entre 1975 e 1976. Jermaine sai do grupo e entra seu irmão Randy. Lançam novos singles pela gravadora que se tornaram sucesso nas rádios e nos shows como "Shake Your Body", "Blame It On the Boogie", "Can You Feel It", entre outros.

Em 1977, The Jackson recebeu seu primeiro Disco de Ouro, reconhecimento que não havia recebido desde que fazia parte da Motown, devido ao sucesso do novo single "Enjoy Yourself". Mais tarde, viria o Disco de Platina por ultrapassar a marca de um milhão de cópias vendidas anos depois. Em 1979, Michael conhece Quincy Jones durante as gravações do filme The Wiz e se tornam amigos. Quincy viria a produzir os três primeiros discos solo de Michael Jackson, após a saída em definitivo do grupo The Jackson para se tornar o maior astro da música pop mundial. Já o grupo lançaria mais alguns sucessos em seguida na década de 1980, mas sem o mesmo êxito dos anos anteriores.





O início de Michael e os irmãos Jackson

Michael Jackson - One Day In Your Life

Michael Joseph Jackson era o sétimo filho do casal Joe Joseph Jackson e Katherine Jackson(os outros são: Jackie, Jermaine, Tito, Marlon, Rebbie, Randy, LaToya e Janet) e nasceu no dia 29 de agosto de 1958, na cidade de Gary, situada no estado de Indiana, EUA.

Começou a cantar e dançar com apenas 5 anos de idade. Descobrindo o talento precoce de seu filho, seu pai Joe Jackson resolveu criar uma banda com o nome The Ripples and Waves Plus Michael. Como o nome não vingou, viriam as novas denominações The Jackson Brothers e, finalmente, The Jackson Five, onde estavam Michael (como vocalista principal do grupo), Tito, Jackie, Jermaine e Marlon (posteriormente, Randy faria parte do grupo). Após isso, Joe tentou contato com as gravadoras para contratar seus filhos.

Enquanto o contrato não vinha, os irmãos seguiam em excursão em algumas cidades, tendo seu pai como empresário. Participaram de concursos de calouros e ganhando maior visibilidade, despertando interesse e curiosidade de boa parte do público que prestigiava suas apresentações, até conseguir um contrato de uma pequena gravadora para lançar seu primeiro sucesso "Big Boy", em 1968.

Descobertos por alguns músicos que assistiram os garotos, os irmãos Jackson foram levados para a Motown onde assinaram contrato com Berry Gordy, chefe da gravadora, em 1969, iniciando um novo caminho de sucesso que estava por vir e se tornarem celebridades mundiais. No mesmo ano, foram apresentados ao mundo pela cantora Diana Ross como a grande e nova atração da Motown, tornando-se oficialmente conhecidos pelo público.



Michael Jackson: Homenageado do Dia


Michael Jackson - Music and Me

No dia 25 de junho de 2009, a música mundial perdeu um dos seus grandes gênios. Um dos melhores artistas que já surgiu nos últimos tempos. Mais que uma pessoa, era um popstar, um ícone da música pop.

Se estivesse vivo, ontem (29/08) teria completado 51 anos de idade.

Minha homenagem do dia será para o cantor, compositor, ator, empresário, produtor, diretor e dançarino norte-americano Michael Jackson. Talvez todas essas funções não consigam resumir um artista que mais vendeu discos e tudo o que já representou para a música mundial (e ainda representa), deixando, como legado, a música pop que ouvimos hoje.