A balalaica é um instrumento musical típico russo de três cordas dedilhadas, de sessenta centímetros (balalaica prima) a um metro e setenta (balalaica baixo) de comprimento, com um corpo triangular (nos séculos XVIII e XIX também oval) levemente curvado e feito de madeira. A balalaica é um dos instrumentos (ao lado do garmon, e, em menor extensão, a jaleica) que são símbolos da música russa.
A família da balalaica inclui cinco instrumentos, do mais agudo ao mais grave: a balalaica piccolo (muito rara), a prima balalaica, segunda balalaica, balalaica alto, balalaica baixo e balalaica contrabaixo. A balalaica prima é tocada com os dedos, a segunda e a alto com o dedo ou palheta, dependendo da música a ser tocada, enquanto as balalaicas baixo e contrabaixo (que possuem uma extensão que serve de apoio no chão) são sempre tocadas com uma palheta de couro.
Até a transformação da balalaica em um instrumento de concerto ao fim do século XIX por Vassili Andreev, ela não possuía uma forma constante e universalmente disseminada. Cada músico afinava o instrumento de acordo com sua maneira própria de executar ou a tradição local.
A forma introduzida por Andreev (duas cordas uníssonas em “mi” e a outra uma quarta acima em “lá”, esquema de afinação similar ao do bandolim e a do cavaquinho) foi preferida para as balalaicas de concerto, e foi chamada de acadêmica. Há também a afinação dita “popular”, com a primeira corda em sol, a segunda em mi e a terceira em dó.
Nas orquestras russas de instrumentos populares atuais geralmente se usam os cinco tipos: a prima, a segunda, a alto, a baixo e a contrabaixo. Apenas a prima é usada em solos, a segunda e a alto são usadas para acompanhamento, enquanto a baixo e a contrabaixo fazem, evidentemente, a função de baixo.
Antes de Andreev, as representações mais antigas da balalaica mostram o instrumento com de duas a seis cordas e lembrando instrumentos orientais. Os trastes eram feitos de tripa de animal e amarrados no braço do instrumento, e podiam ser movidos de acordo com o desejo do músico (similar ao saz turco). No século XIX, ela adquiriu a forma triangular e o braço mais curto do que os seus parentes asiáticos. A balalaica sempre foi muito popular nas pequenas vilas da Rússia, principalmente entre músicos que faziam canções satíricas.
Devemos a forma e afinação atual das balalaicas usadas em orquestras de música folclórica a Andreev, que junto com o luthier Ivanov, desenvolveu a forma padrão. Mais tarde, o artesão Paserbsky fez a balalaica com os trastes cromáticos e desenvolveu a família com os tamanhos e afinações análogas às dos instrumentos clássicos da orquestra erudita. Andreev também fez arranjos de várias músicas populares russas e também compôs músicas próprias para as orquestras de balalaicas, formadas com outros instrumentos populares também. Essas orquestras se tornaram muito populares durante a revolução socialista, que as disseminou muito devido ao seu caráter progressista e sua ligação à cultura popular do camponês.
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Extraído do site Wikipédia.