1 de set. de 2011

A Música no Mundo e no Brasil - Parte 74

Wilhelm Richard Wagner - Marcha Nupcial (Lohengrin)

A Marcha Nupcial - 2ª parte
A segunda marcha ou coro nupcial conhecida no mundo foi composta pelo compositor e regente alemão Wilhelm Richard Wagner, inspirada em Lohengrin (o Cavaleiro do Cisne), filho de Parsifal (ou Perceval) que é um dos Cavaleiros da Távola Redonda sendo um dos personagens conhecidos da estória medieval sobre o Rei Arthur.

Lohengrin (ou Loherangrin) é um herói de uma lenda medieval alemã ligada ao ciclo do romance cortês sobre a conquista do Santo Graal. Ele liberta a princesa Elsa de Brabante de seus vassalos inimigos e casa-se com ela. Abandona-a, no entanto, quando ela tenta descobrir o segredo de sua origem e identidade.

Este personagem se tornou inspiração para a ópera romântica composta em três atos por Richard Wagner que teve sua estréia no dia 28 de agosto de 1850 em Weimar, na Alemanha, com a direção de Franz Liszt, amigo de Wagner. "Lohengrin" é uma ópera que faz grande uso do leitmotiv, confirmando o início da tradição wagneriana iniciada por Der fliegende Holländer. Não há divisão da ópera em "números" (árias, duetos, trios, etc.). Porém, destacam-se as passagens famosas como o prelúdio do terceiro ato e o célebre coro nupcial que o segue (Treulich geführt), bastante utilizado nas cerimônias de casamento contemporâneas.

Richard Wagner nasceu em Leipzig, na Alemanha, em 1813 e foi um homem profundamente contraditório, sendo ateu na mocidade e convertendo-se, logo depois, ao cristianismo. Revolucionário e amigo do anarquista Bakunin, Wagner adotou posteriormente o nacionalismo e o antisemitismo.

Adepto de um teatro mítico, simbólico, Wagner chegou a uma fusão estreita entre o texto e música a uma umidade temática criada por uma simbiose bem sucedida entre as vozes e os instrumentos. O cromatismo de "Tristão e Isolda" (1859) é o ponto de partida da música do século XX, influenciando compositores como R. Strauss, G. Mahler, C. Debussy e A. Schoenberg, que partiu das inovações wagnerianas para desenvolver a música atonal e dodecafônica.

Wagner ainda escreveu várias óperas que partiam do romantismo de Weber e da tradição sinfônica de Beethoven, afastando-se da concepção italiana e impondo uma ação musical contínua ao intensificar a participação orquestral, além de valorizar a importância do libreto como fundamento do drama lírico. Faleceu em Veneza, na Itália, em 1883.

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