2ª parte:
Já no século XVI, os jesuítas usaram o canto gregoriano como instrumento de persuasão ma catequese indígena, inaugurando assim, a prática que iria marcar o desenvolvimento da cultura no Brasil: a mestiçagem cultural.
Os resultados não tardaram. Durante o chamado ciclo do ouro floresceu em Minas Gerais uma importantíssima escola de compositores de música sacra, quase todos mulatos e filhos de escravos. Foram eles: Lobo de Mesquita, Marcos Coelho Neto, Francisco Gomes da Rocha e Inácio Pereira.
No século XVIII, o Brasil colonial participou da paixão européia pela ópera-bufa. Construíram-se teatros no Rio de Janeiro, em São Paulo, Salvador, Recife, Belém, Cuiabá, Porto Alegre e mesmo em Campos dos Goitacazes.
Antônio José da Silva, o Judeu (1705-1739), era o autor brasileiro mais em voga e o repertório importado da Europa incluía obras dos compositores italianos Nicola Porpora e Domenico Cimarosa.
Semana que vem, mostrarei o que aconteceu no Império até a chegada do Modernismo.
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* Texto de Gilda Oswaldo Cruz (musicóloga e pianista)
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