5 de mai. de 2013

Chico na música, no cinema e no teatro

Chico Buarque - Gota d'Água

No auge da Ditadura Militar com a decretação do Ato Institucional nº 5 (AI-5), Chico Buarque foi perseguido durante o regime e exilou-se em Roma, na Itália, entre 1969 e 1970. Várias músicas suas foram censuradas como "Apesar de Você" e "Cálice" (composição de Chico e Gilberto Gil). Daí passa a usar o pseudônimo Julinho da Adelaide para gravar a música "Acorda Amor".

Poeta e verdadeiro artesão da palavra, diversificou-se na ficção em Fazenda Modelo em 1974. No mesmo ano, a censura também atinge sua peça teatral Calabar. Também chegou a compor para o cinema nacional como no filme "Quando o Carnaval Chegar" e "Bye Bye Brasil", de Cacá Diegues; "Vai Trabalhar Vagabundo", de Hugo Carvana; além da trilha infantil e adaptação de Os Saltimbancos.

A peça Gota d'Água, escrita por ele e Paulo Fontes, baseada na história grega de Eurípedes, foi montada com sucesso, sendo publicada em livro homônimo em 1975. Mesmo trabalhando para o cinema e teatro, Chico sempre fez da canção a expressão privilegiada da nostalgia e do lirismo (como em "Carolina", "Quem Te Viu, Quem Te Vê", "Noite dos Mascarados"), do mal do amor ("Atrás da Porta", "Trocando Em Miúdos", ambas em parceria com Francis Hime), do bem do amor ("Bom Tempo"), da sensualidade e do erotismo ("Tatuagem", "O Meu Amor"), da desesperança ("Pedro Pedreiro"), da esperança quase utópica ("Cio da Terra", "O Que Será?"), da crítica social ("Construção", "Deus Lhe Pague", "Mulheres de Atenas"),  e outras temáticas.

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