Dono de uma das vozes mais belas da música lírica, ao lado do já falecido Luciano Pavarotti, o famoso tenor Giuseppe Di Stefano, nascido na cidade siciliana de Motta di Santa Anastasia em 24 de julho de 1921, teve uma carreira curta. O nome de Di Stefano se projetou ao lado do da soprano Maria Callas, com quem cantou em inúmeras ocasiões e gravou vários discos, desde a década de 40 até a de 70. Juntos gravaram "Tosca" (1953), "I Pagliacci" (1954), "Rigoletto" (1955), "Il Trovatore" (1956), "La Bohème" (1956) e "Ballo in Maschera" (1956).
Di Stefano fez sua estréia no La Scala de Milão em 1947. Cantava ali com frequência, assim como no Metropolitan, no Covent Garden, nos grandes teatros de Paris, Chicago, San Francisco, México, Buenos Aires, Rio de Janeiro e África do Sul.
A Ópera de Viena o definiu como "um dos maiores tenores do século 20", informando que ele atuou 84 vezes naquele palco em 13 papéis diferentes, após sua estréia com Des Grieux em Manon Lescaut, em 16 de junho de 1957, quando tinha 35 anos.
Sua última apresentação ocorreu em junho de 1992, quando interpretou Turandot de Puccini nas termas de Caracala de Roma. No dia 07 de dezembro de 2004, o cantor entrou em coma devido aos ferimentos causados por ladrões que quatro dias antes invadiram sua casa em uma praia do Quênia, onde morava. Em 23 de dezembro daquele mesmo ano ele foi transferido para um hospital de Milão, onde permaneceu internado até sua morte no dia 03 de março de 2008.
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Fonte: O Estadão - Cultura (com adaptações).
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