10 de dez. de 2009

A Música no Mundo e no Brasil - Parte 16

O que a Jovem Guarda tem a ver com o futebol? - Parte I

Em 1965 o movimento já estava iniciado com as bandas de guitarra acompanhando Erasmo Carlos, Os Vips, Wanderléa, Leno e Líliam, Golden Boys, Deny e Dino, Sérgio Reis, Rosemary, Kátia Cilene, Meire Pavão, Waldirene, Adriana, Silvinha, Maritza Fabiani e Roberto Carlos.

Bastou a Federação Paulista de Futebol proibir a transmissão de jogos direto pela TV para que as tardes de domingo fossem dominadas pela turma da Jovem Guarda, que já havia conquistado as paradas de sucesso. Vieram as modas dos cabelos compridos para os rapazes, calças colantes de duas cores, bocas-de-sino, cintos e botinhas coloridas, a mini-saia sempre acompanhada de botas de cano alto para as meninas.

Nas letras, nada de política, sexo, rebeldia ou drogas. Tratava-se de um movimento musical, claramente influenciado pelo "iê-iê-iê" dos Beatles, cuja expressão saiu da música "She Loves You": yeah-yeah-yeah. O Brasil estava longe de entrar na agenda das turnês dos rapazes de Liverpool. O que fazer então? Versões, adaptações e cópias gravadas em LPs e nos lendários compactos, hoje valiosas preciosidades.

Em 1966, sob o comando de Roberto Carlos, é realizado o I Festival de Conjuntos da Jovem Guarda, do qual participaram cerca de 5 mil grupos, tendo como primeiro colocado o grupo paulista Loupha, com o cover para "I Can't Let Go", dos ingleses The Hoolies e, em segundo lugar, The Cleans, um grupo gaúcho. A Jovem Guarda teve seu nome ironicamente tirado de um livro de Vladimir Lenin, o líder da Revolução Soviética, segundo consta, idéia do publicitário Carlito Maia.

Veremos na próxima semana a continuação da seção Jovem Guarda.

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