Adoniran Barbosa e Elis Regina - Tiro ao Álvaro
Adoniran sempre costumava a frequentar os bares e botecos do bairro do Bixiga onde morava, em São Paulo, onde saíam boa parte de suas composições e que o faziam conhecido entre os boêmios como um grande contador de estórias. Sua voz rouca caracterizava o jeito de cantar e interpretar suas músicas, consagrando Adoniran como um dos criadores do samba paulista e o mais fiel intérprete de tipos e da fala popular paulistana.
Em 1964 compõe uma de suas célebres e mais famosas composições - "Trem das Onze" - que viria a ser gravada pelo grupo Demônios da Garoa no ano seguinte, recebendo premiação no concurso de músicas do carnaval em comemoração dos 100 anos da Fundação do Rio de Janeiro.
Apesar de compor há um bom tempo, Adoniran somente veio a gravar seu primeiro disco em 1974 e apresentando-se, ocasionalmente, em shows realizados no estado de São Paulo. Além do grupo Demônios da Garoa (que o cantor também fez parte), Adoniran também foi gravado por outros intérpretes como Elis Regina, Clara Nunes, Beth Carvalho, entre outros. Mesmo tendo passado por dificuldades financeiras, Adoniran continuava compondo e cantando seus sambas. Faleceu em 1982, vítima de uma parada cardíaca, deixando algumas músicas inéditas e canções que ficaram imortalizadas em sua carreira como "Joga a Chave", "Bom Dia Tristeza", "Tiro ao Álvaro", entre outros.
Atualmente, seu nome encontra registrado em vários cantos da capital paulista, onde está localizado o Museu Adoniran Barbosa; a Rua Adoniran Barbosa, no bairro do Bixiga; uma rua em Jaçanã que leva o nome de sua famosa composição "Trem das Onze"; além de um busto do cantor levantado na Praça Don Orione. Também vem sendo realizado vários shows em comemoração ao seu centenário de nascimento comemorado no último dia 13 de maio deste ano.
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