28 de out. de 2010

A Música no Mundo e no Brasil - Parte 45


Schumann - Kinderszenen, Op. 15 - 07 - Dreaming (por Horowitz)

Robert Schumann, ou simplesmente Schumann, foi um compositor e músico alemão nascido em Zwickau, na Saxônia em 1810. Desde a infância, demonstrou, a princípio, igual pendor para a música e a literatura, admirando o romantismo de Byron e Jean-Paul.

Estudou Direito e tomou aulas de piano com Friedrich Wieck, além de ter aulas de composição e harmonia com Heinrich Dom e só em 1828 é que passou a dedicar-se completamente à música. Em 1834, fundou a Nova Escola Musical, mas não abandonou a literatura e prosseguiu com suas composições, influenciadas pela música de Mozart, Schubert e Beethoven.

Apaixonou-se pela jovem pianista Clara Wieck e, durante cinco anos, ambos lutaram para obter o consentimento do pai da noiva e o casamento realizou-se em 1840. Ela foi uma excelente intérprete das obras de Schumann e se consagrou na edição das obras do marido. Já ele também foi por algum tempo professor do Conservatório de Leipzig e, depois, diretor de concertos em Düsseldorf em 1850.

A obra instrumental de Schumman compreende as sinfonias ("Sinfonia nº 3 - Remana", de 1850); concertos para piano; músicas de câmara (quinteto para piano e cordas feito em 1842); o melodrama "Manfred" sobre o texto de Byron feito em 1849; a obra coral "Cenas do Fausto de Goethe" (1844-1853); duas óperas ("Genoveva" e "O Corsário", esta inacabada); entre outros. Seu gosto literário e seu lirismo inspiram-lhe a criação de 240 lieder, dos mais importantes no repertório da canção artística como o "Ciclo das Canções" sobre os textos de Eichendorff (1840); "Myrthen" sobre os textos de Goethe, Burns, Heine, etc.; entre outros.

As obras para piano de Schumann colocam-no em posição de destaque entre os compositores românticos para este instrumento como os "Estudos Sinfônicos", de 1834; "Carnaval", de 1834 e 1835; "Fantasia Em Dó", de 1836; "Kinderszenne" (Cenas Infantis), de 1838; três sonatas, entre outros. Imprimiu, sobretudo, às pequenas peças pianísticas de grande simplicidade melódica, valorizada por linguagem expressiva e íntima.

Schumann foi crítico musical, revelando-se frequentemente através da conversa de três personagens que são o desdobramento de sua própria personalidade: Eusebius, o sonhador; Florestan, o enérgico; e um personagem moderador. Sua saúde delicada perdeu-se pouco a pouco numa neurastenia crescente e o compositor findou seus dias numa clínica para doenças mentais e veio a morrer em 1856 em Endenich, perto de Bonn, na Alemanha.

Semana que vem, iremos conhecer a vida e a obra de Strauss. Até lá!


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