9 de jan. de 2011

Um pouco sobre Cantuária e O Terço

Vinícius Cantuária - Esse Som Eu Quero

Próximo de completar 60 anos de idade no dia 29 de abril deste ano, Vinícius Cantuária é um desses raros artistas do qual poucos brasileiros de bom gosto tem o prazer de ouvir pela sua qualidade musical, mas que tem pouco reconhecimento aqui no país em face do mercado fonográfico não abrir muito espaço para a boa música brasileira e as gravadoras acabam revelando artistas que melhor atendem aos interesses das gravadoras (além dos empresários dos mesmos).

Natural de Manaus, estado do Amazonas, Vinícius Cantuária se mudou para o Rio de Janeiro ainda criança. Chegou a ter sua própria banda com 12 anos de idade no Colégio Santo Antônio Maria Zaccaria onde estudava, tocando bateria. Na década de 1960, conhece novos amigos e é convidado por Jorge Amiden pra ser crooner de sua banda - Joint Stock Company - onde faziam parte outros músicos como Renato Terra, Sérgio Magrão, Sérgio Hinds e outros, mas que logo se dissiparam. Logo depois viria um festival de colégio, do qual tinha como jurado Paulinho Tapajós, e a banda se apresentou com o nome Os Libertos. Esta turma iria originar uma das mais conhecidas bandas de rock progressivo: O Terço.

Assim, com o contrato com a gravadora Forma, O Terço gravou o primeiro disco homônimo em 1969, com Cantuária na bateria, Sérgio Hinds no baixo e Jorge Amiden na guitarra. Ainda gravou um compacto com a música "Tributo ao Sorriso" que entrou para o Festival Internacional da Canção em 1970, chegando ao terceiro lugar na classificação geral.

No ano seguinte, participa novamente do FIC com a música "O Visitante", sempre aprimorando a sonoridade dos instrumentos e dos vocais e conta com mais um integrante na banda (César das Mercês no baixo). Amiden se desentende com o grupo e sai da banda. O Terço ainda chegou a acompanhar outros artistas da mpb como Marcos Valle que chegou a fazer uma excursão para o Festival de Cannes, na França. Logo viriam novas mudanças na banda (incluindo a entrada de Flávio Venturini), e Cantuária deixou o grupo após gravar o segundo disco e passa a acompanhar o cantor e compositor Caetano Veloso como baterista de sua banda.


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