3 de nov. de 2011

A Música no Mundo e no Brasil - Parte 83

Orquestra Sinfônica de Recife - Frevo das Vassourinhas

O frevo é uma dança e música do carnaval em Recife, estado de Pernambuco, de ritmo agitado e impetuoso, cujos numerosos participantes (passistas) vestidos com fantasias típicas e agitando no ar pequenos guarda-chuvas coloridos, executando coreografia individual, singularizada por ágil movimento de pernas que se dobram e estiram freneticamente

Segundo o pesquisador Joaquim Ribeiro, a etimologia da palavra "frevo", de origem recifense (embora não se sabe como o termo surgiu), está associada a "frívolo" que significa ligeiro, volúvel, e que ao falar da expressão "marcha frevo" é entendida como uma "marcha ligeira". Os primeiros registros sobre a palavra e suas possíveis definições são provenientes das publicações do periódico Jornal Pequeno, pequeno jornal de Recife que fez menção em 1907, e do Dicionário de Brasileirismos, do escritor Rodolfo Garcia, onde transcreve uma passagem do periódico "A Província", de 1913.

Inicialmente conhecido como ritmo instrumental, o frevo passou a ganhar letra na década de 1930 e vários cantores passaram a cantar o frevo nos seus versos como Lamartine Babo, Almirante, Capiba, Nelson Ferreira, Carmélia Alves, entre outros. A sua popularização levou estudiosos do estilo musical a dividir o frevo em 3 tipos: o frevo-de-rua, o frevo-canção e o frevo-de-bloco. Mas foi a partir de 1950 que o frevo ganhou dimensão nacional graças aos baianos Dodô e Osmar, criadores do trio elétrico e do pau elétrico (que logo originaria a guitarra baiana), incluindo o frevo no repertório e divulgando nos carnavais de Salvador e Recife, além de outras cidades brasileiras.

Anos depois, alguns dos principais cantores/compositores também contribuíram com a divulgação do ritmo como os baianos Gilberto Gil, Caetano Veloso e Moraes Moreira, e os pernambucanos Alceu Valença e Carlos Fernando, entre outros. Em 2007, o frevo completou 100 anos e foi contemplado e registrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural (IPHAN) com o status de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, reconhecendo seu valor histórico.

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