Nelson Cavaquinho - Sempre Mangueira
Boêmio, Nelson Cavaquinho fica dias sem voltar para casa e é preso várias vezes por faltar ao trabalho. Ao pedir baixa da polícia em 1938, passa a viver como pedreiro e une-se a Neli, que seria sua companheira por muitos anos.
Na volta à música, compõe seu primeiro grande sucesso com "Rugas" em 1943, em parceria com Augusto Garcez e Ary Monteiro, que foi gravado pelo cantor Cyro Monteiro três anos depois. Em 1955, começou a compor com Guilherme de Brito que se torna seu maior parceiro musical ao criar sambas antológicos como "Cinzas", "Pranto de Poeta", "A Flor e o Espinho", "Folhas Secas" (que se tornou sucesso na voz de Elis Regina), entre outros.
No começo da década de 1960, é descoberto pelos bossa-novistas que revalorizam o samba de raiz. Nelson Cavaquinho, embora tenha feito várias canções gravadas por outros artistas, só veio a gravar seu primeiro disco como cantor em 1970, intitulado Depoimento do Poeta. Outros discos vieram em 1972 e 1973, e suas composições passam a ser ainda mais populares, a exemplo de "Juízo Final", gravada com sucesso pela cantora Clara Nunes.
Com 4 discos gravados em toda sua carreira, tendo o último com As Flores Em Vida, gravado um ano antes de sua morte no dia 18 de fevereiro de 1986, em razão de um enfisema pulmonar. Em 2011, por ocasião do centenário do nascimento de Nelson Cavaquinho, a Estação Primeira de Mangueira lhe prestou uma homenagem com o samba-enredo "O Filho Fiel, Sempre Mangueira", em referência a um dos sucessos do cantor dedicado à sua escola de coração ("Sempre Mangueira").
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