Radamés Gnatalli - Abolição
Radamés Gnatalli foi um regente, instrumentista, compositor e arranjador nascido na cidade de Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul, em 1906, sendo filho de uma pianista gaúcha e de um imigrante italiano.
Aprendeu piano com a mãe e aos 9 anos ganhou um prêmio por sua atuação como regente de uma orquestra infantil, que tocou arranjos feitos por ele. Aos 14 entrou para o Conservatório de Porto Alegre para estudar piano, e acabou dominando também a viola. Já por essa época frequentava blocos de carnaval e grupos de seresteiros boêmios, para os quais, na impossibilidade de levar o piano, aprendeu a tocar cavaquinho. Até se formar no conservatório, estudava para ser concertista e tocava em cinemas e bailes para se sustentar.
Em 1924, recém-formado, foi para o Rio de Janeiro se apresentar no Teatro Municipal, executando um concerto de Tchaikovski sob regência de Francisco Braga. Nessa viagem conheceu o compositor Ernesto Nazareth, e passou os dois anos seguintes entre Porto Alegre e Rio, sempre trabalhando com música erudita. Em sua cidade natal montou um quarteto de cordas e com ele viajou por todo o estado, o que fortaleceu sua base para a orquestração.
Em 1943 criou a Orquestra Brasileira de Radamés Gnattali, que tocava os arranjos do maestro no programa Um Milhão de Melodias, dando um colorido brasileiro aos sucessos estrangeiros. Enquanto atuou no rádio não deixou de lado as carreiras de pianista, concertista e compositor. Compôs concertos e peças sinfônicas executadas ao redor do mundo.
Destacou-se pela temática nacionalista, recriada num estilo pessoal onde se observam algumas influências de Debussy e do jazz. Entre suas composições figuram as dez "Brasilianas", um concerto para piano e orquestra, concertos para harpa e clarineta, quartetos e trios.
Projetou-se também na música popular como exímio arranjador orquestral. Em 1983, recebeu o prêmio Shell na categoria música erudita, concedido por unanimidade, ocasião em que foi homenageado com um concerto no Teatro Municipal, que contou com a participação da Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro, do Duo Assad e da Camerata Carioca. Criou, entre outras, a música incidental da novela Roque Santeiro, exibida pela TV Globo em 1985.
Morreu em 1988 no Rio de Janeiro por conta de sua saúde fragilizada por dois derrames sofridos.
Destacou-se pela temática nacionalista, recriada num estilo pessoal onde se observam algumas influências de Debussy e do jazz. Entre suas composições figuram as dez "Brasilianas", um concerto para piano e orquestra, concertos para harpa e clarineta, quartetos e trios.
Projetou-se também na música popular como exímio arranjador orquestral. Em 1983, recebeu o prêmio Shell na categoria música erudita, concedido por unanimidade, ocasião em que foi homenageado com um concerto no Teatro Municipal, que contou com a participação da Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro, do Duo Assad e da Camerata Carioca. Criou, entre outras, a música incidental da novela Roque Santeiro, exibida pela TV Globo em 1985.
Morreu em 1988 no Rio de Janeiro por conta de sua saúde fragilizada por dois derrames sofridos.
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Fonte: CliqueMusic (com adaptações).
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