15 de abr. de 2010

A Música no Mundo e no Brasil - Parte 26

História do Jazz - Parte II

Entre 1890 e 1910, ocorreu em Nova Orleans a fusão de três corentes musicais até então paralelas: a música popular dos negros (música religiosa, cantos de trabalho e, sobretudo, o blues), o ragtime e a versão "branca", europeizada, da música popular afro-americana (canções, música de vaudeville). Esta síntese foi possível graças ao entrosamento dos músicos negros com os mulatos.

O jazz de Nova Orleans

Em 1917, o fechamento do bairro de Storyville provocou um êxodo maciço de músicos negros para Chicago. King Oliver ali instalou-se com seu grupo, a Original Creole JazzBand, do qual participava Luis Armstrong. Em 1920, Fletcher Henderson fundou em Nova York sua primeira grande orquestra e Louis Armstrong destacou-se como o primeiro "astro do jazz". Em 1923, foram gravadas algumas das mais características peças do estilo Nova Orleans, baseado principalmente na improvisação coletiva e na pesquisa de uma polifonia espontânea.

Em 1925, Louis Armstrong conduziu as primeiras apresentações de seu grupo Hot Five. Paralelamente à atividade dos músicos negros, jovens músicos brancos começaram a destacar-se como os trompetistas Bix Beiderbeck e Muggsy Spanier, os saxofonistas e clarinetistas Frank Teschemacher, Benny Goodman e Mezz Mezzrow, além do baterista Gene Krupa. Aos poucos Nova York foi tomando o lugar de Chicago.

O estilo e a concepção orquestral de Nova Orleans firmaram-se a partir de 1929, mas só foram consagrados pelo público em 1940, com a onda do New Orleans Revival.

Próxima semana falarei do jazz clássico. Até lá!



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