6 de jan. de 2011

A Música no Mundo e no Brasil - Parte 54

Waldir Azevedo - Pedacinhos do Céu

Segundo alguns autores, o choro (ou chorinho) é de origem africana: os negros cafres executavam uma espécie de concerto vocal, o xolo, que foi trazido para o Brasil, confundindo-se essa palavra africana com a portuguesa "choro". Porém, a hipótese mais aceita é a que define o choro como uma maneira de executar a música de salão (polca, tango, valsa, xotes, etc) importada e consumida no Rio de Janeiro a partir de mados do século XIX.

O flautista Joaquim Antônio da Silva Calado (1848-1880) teria sido o primeiro a organizar conjuntos de choro que se constituíam de grupos de instrumentistas (inicialmente com flauta, violão e cavaquinho, sendo mais tarde incorporado o bandolim, oficlide, clarineta, trompete, etc.) e compositores que se tornaram conhecidos como "chorões" pela maneira de tocar.

Sentimental e plangente ou saltitante e brejeiro, o choro requer grande virtuosismo e capacidade de improvisação. A exemplo de Villa-Lobos, vários autores de tendência nacionalista utilizaram-se dessa forma musical popular. Na música popular brasileira, os nomes mais famosos dessa época foram Chiquinha Gonzaga, Silva Calado, Anacleto de Medeiros, Irineu Batina, Mário Cavaquinho, Sátiro Bilhar, Candinho Trombone e Pixinguinha. Alguns dos clássicos do choro são: "Carinhoso" (Pixinguinha), "Pedacinhos do Céu" e "Brasileirinho" (ambas de Waldir Azevedo), "Tico-Tico no Fubá" (Zequinha de Abreu), entre outros.


Nenhum comentário:

Postar um comentário