A História dos Festivais da Música Popular - 1ª parte
Desde que o cantor e compositor Ary Barroso (autor de alguns clássicos da nossa música como "Aquarela do Brasil", "Isto Aqui o Que É?" e "No Rancho Fundo") criou a sigla MPB para abranger a música popular brasileira no final da década de 1950, o Brasil já passava por várias transformações, seja social, política, econômica e cultural. O emprego desta terminologia veio no texto da contracapa do disco de Carlos Lyra intitulado Bossa Nova, lançado pela gravadora Philips.
A partir daí a terminologia iria se tornar mais conhecida quando surge os primeiros eventos ligados ao gênero. 1960 é o ano que marca o início das grandes transformações no país como a inauguração de Brasília como a capital do Brasil, criação do Centro Popular de Cultura (CPC) pelo dramaturgo Oduvaldo Vianna e a influência da Bossa Nova pelo Brasil e pelo mundo. Com a expansão da TV pelo país é que os festivais iniciam, buscando levar ao público um concurso de músicas interpretadas pelos cantores e compositores que, em breve, iriam ser consagrados e reconhecidos até hoje. Isso se deve às emissoras de TV que iniciavam suas atividades na época, em especial, à TV Record, TV Excelsior e, mais tarde, TV Rio e TV Globo.
Quando a TV Tupi de São Paulo produziu o programa chamado "Hora da Bossa", apresentado por Geraldo Cunha, é que veio a idéia do produtor musical Solano Ribeiro de criar o primeiro festival realizado pela TV Record de São Paulo - o I Festival da Música Popular Brasileira, em 1960 - com poucos participantes, cujos vencedores foram: Roberto Amaral com "Canção do Pescador" (de Newton Mendonça) em 1º lugar; Mag May com "Eu" (de Laudelina Cotrim de Castro) em 2º lugar; e Edilton Lopes com "Seringueiro" (de José Assad) em 3º lugar.
Mas é a partir da metade da década que começa o auge dos festivais. Isso veremos na semana que vem. Até lá!
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