A umbigada é uma dança de origem africana, trazida pelos escravos bantos (especialmente das regiões do Congo e da Angola), sendo uma pancada com um umbigo ou com a barriga que uma pessoa dá de leve em outra pessoa, para substituí-la na dança de roda. Normalmente ocorre na punga maranhense, nos cocos de roda, bambelôs, frevos e em certos sambas. No batuque paulista, a umbigada é uma constante durante a dança e não apenas um convite, buscando festejar a fertilidade e os principais grupos tradicionais se encontram em Tietê, Piracicaba e Capivari.
As danças costumam ser feitas em duas filas de pessoas, uma de frente pra outra, que seguem o ritmo dos batuques da música e improvisações nos versos e nos cantos. Quando uma pessoa se aproxima da outra, tocam as barrigas. Com o tempo, os costumes e hábitos morais fizeram com que a dança perdesse sua essência, tornando sua prática imoral e até mesmo vulgar para as classes alta e média. O umbigo, por ser o primeiro canal que liga o feto ao ventre materno, representa a troca de energia; daí que existem limitações na prática da dança, para evitar qualquer conotação sexual ou imoral.
O batuque da umbigada também recebe a denominação de tambu (de tambor) ou caiumba. As manifestações celebram de forma tradicional, reafirmando as raízes africanas que incorporaram na cultura brasileira, com variações diversas a depender da região. Embora esteja sendo fadado ao esquecimento, a umbigada ainda resiste por conta dos adeptos e seguidores do ritmo que buscam conservar e preservar a identidade cultural do povo afro-brasileiro.
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