1 de abr. de 2012

Elis, a "Pimentinha"

Elis Regina - Arrastão

"A morte da melhor cantora brasileira provocou um choque nacional, assim que a notícia circulou pelo rádio e pela televisão na manhã da última terça-feira. Cheia de vitalidade nos seus 36 anos, Elis Regina de Carvalho Costa, três filhos, passou metade de sua vida em estúdios, distribuindo uma voz impecavelmente afinada por 27 LPs, 14 compactos simples e 6 duplos, que venderam algo como 4 milhões de cópias. Não é um recorde - Roberto Carlos vendeu quatro vezes mais -, mas a qualidade é tão boa que lhe assegurou uma das mais sólidas reputações da música popular brasileira. Sua morte, no apartamento que ocupava nos Jardins, em São Paulo, foi chorada com lágrimas canções entoadas por 25.000 fãs, amigos e parentes que a visitaram no velório do Teatro Bandeirantes, palco de seu maior sucesso, o show Falso Brilhante, no centro de São Paulo. (...)"

Neste trecho da matéria especial publicada pela Revista Veja, da Editora Abril, em 27 de janeiro de 1982, já traduz um pouco do que foi esta grande estrela da nossa música brasileira que o país perdeu. Marcada pela sua bela voz, elogiada por vários críticos e especialistas, Elis Regina marcou história e inspirou gerações de novas cantoras que buscavam espelhar na sua forma de interpretar.

Mas seu talento era peculiar, não permitindo qualquer tipo de comparação, já que, a cada canção que gravava, mostrava-se uma artista ímpar que conquistou a todos que a conheceram em vida, incluindo o saudoso poeta Vinícius de Moraes que lhe apelidou de "Pimentinha" e a cantora e compositora Rita Lee que lhe dedicou a música "Doce Pimenta".

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