20 de jul. de 2014

Cássia Eller, do sucesso ao fim

Cássia Eller - Malandragem


A voz grave de trovão e o ecletismo musical sempre foram características marcantes na música de Cássia Eller. A cantora também tinha uma personalidade forte, mas como bem lembrou sua amiga e percussionista Lanlan, Cássia era um doce de pessoa fora dos palcos.

Em 1990, a cantora carioca radicada em Brasília (DF) chamou atenção da crítica e público, principalmente, por meio de uma regravação de "Por Enquanto", um lado B da Legião Urbana – banda da qual era fã declarada.

Durante mais de uma década, Cássia brindou o público brasileiro com interpretações marcantes para artistas de vários gêneros e épocas, como Cazuza e Barão Vermelho ("Malandragem"), Caetano Veloso ("Eu Sou Neguinha"), Chico Buarque ("Partido Alto"), Jimi Hendrix ("Hear My Train a Coming"), Rita Lee ("Luz Del Fuego"), Beatles ("Eleanor Rigby") e até Nirvana ("Smell Like Teen Spirit").

Entre os principais sucessos, estão discos memoráveis como O Marginal (1992), Veneno AntiMonotonia (1997), Com Você... Meu Mundo Ficaria Completo (2001) e Acústico MTV (2001). Porém, no dia 29 de dezembro de 2001, Cássia faleceu aos 39 anos, no auge da carreira, em razão de um infarto do miocárdio. 

Homossexual assumida, a compositora morava com a parceira Maria Eugênia Vieira Martins, com a qual criava o filho Francisco (chamado carinhosamente de Chicão). Cássia teve seu filho com o baixista Tavinho Fialho, que faleceu em um acidente automobilístico meses antes do nascimento de Francisco. Maria ficou responsável pela criação do menino após a morte da companheira. Hoje, Chicão Eller segue os passos artísticos da mãe como cantor e percussionista da banda Zarapatéu.
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