20 de set. de 2009

Lenine, Sua Carreira e Seus Discos

Lenine - Virou Areia

Diante das dificuldades em tentar seguir seu caminho para a música em Pernambuco, seu estado natal, Lenine foi para o Rio de Janeiro no final da década de 1970 aos 18 anos.

Mesclando estilos influenciados pelo rock, música regional e samba, foi buscando sua identidade musical aos poucos, junto com os amigos e novos parceiros musicais para seus futuros discos. Após o lançamento de dois compactos (1981 e 1983), seu primeiro álbum saiu pela Polygram, em 1983, com Baque Solto, ao lado de Lula Queiroga, onde incluiu seu primeiro sucesso que apresentou no Festival MPB, da TV Globo, em 1981: "Prova de Fogo".

Participa, em 1989, do Festival VII FAMPOP (Feira Avareense de Música Popular), em Avaré, estado de São Paulo, onde apresentou sua composição "Samba do Quilombo". Em 1990, classifica-se em terceiro lugar no mesmo festival com a música "Virou Areia", sendo posteriormente regravada pelo grupo MPB-4.

Depois de um grande intervalo nas gravações, o segundo disco só saiu em 1993 com Olho de Peixe, ao lado do percussionista carioca Marcos Suzano e é considerado pelo cantor como seu melhor disco, sendo bem recebido no Japão figurando-se entre os mais vendidos, com destaque para as músicas "Olho de Peixe" (de autoria própria), "Miragem do Porto" e "O Último Pôr-do-Sol". Mais uma pausa nas gravações, o terceiro disco saiu em 1997 com O Dia Em Que Faremos Contato, já tendo seu nome despertando atenção do público e da crítica, além de ter suas composições gravadas por outros artistas como Elba Ramalho, Ney Matogrosso, Zizi Possi, entre outros, tornando seu trabalho conhecido. No ano seguinte ganhou o Prêmio Sharp na categoria de "Melhor Música" com "A Ponte" (em parceria com Lula Queiroga).

O quarto disco Na Pressão ganhou o Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) na categoria de "Melhor Álbum de Música Popular" dando maior visibilidade ao cantor e compositor Lenine devido aos grandes sucessos deste disco: "Jack Soul Brasileiro" (regravada pela cantora Fernanda Abreu), "Meu Amanhã", "Na Pressão", "A Medida da Paixão" e "Paciência".

Depois disso, fez participações em diversos discos de outros artistas e em shows pelo Brasil e outros países com devido reconhecimento, como ocorreu na França no Festival PercPan (Panorama Percussivo Mundial), em 2000, sendo eleito como a "nova voz de Recife", pelo jornal francês Liberátion. No mesmo ano, Lenine foi diretor musical do espetáculo Cambaio com músicas de Edu Lobo e Chico Buarque (que transformou-se em cd no ano seguinte), além da direção musical do filme Caramuru - A Invenção do Brasil, dirigido por Guel Arraes e Jorge Furtado.

Em 2002, lança mais um novo disco - Falange Canibal - com participação do guitarrista Roberto Frejat e ganha o Grammy Latino na categoria "Melhor Álbum Pop Contemporâneo". Algumas faixas deste disco foram regravadas por outros artistas como Maria Bethânia ("Nem o Sol, Nem a Lua, Nem Eu"), Maria Rita e Elba Ramalho ("Lavadeira do Rio").

Em 2004, em mais uma turnê pela França, participa do evento Carte Blanche, em Paris. Contando com a participação da baixista cubana Yusa e do percussionista Ramiro Musotto, Lenine lança o cd e dvd Lenine InCité, gravado na capital francesa e ganha mais dois prêmios Grammy Latino nas categorias "Melhor CD de Música Contemporânea" e "Melhor Canção" com a música "Ninguém Faz Idéia". Ainda no mesmo ano, o cantor ganha quatro Prêmios TIM (Melhor CD, Melhor Música, Melhor Cantor e Melhor Cantor Voto Popular).

No ano seguinte, produz o disco Segundo, de Maria Rita, e De Uns Tempos Pra Cá, de Chico César. Em 2006, grava o disco acústico pela MTV com releitura de seus grandes sucessos e novamente premiado com Grammy Latino na categoria "Melhor CD Pop Contemporâneo".

Em 2008, após produzir novo disco de Pedro Luis e a Parede, lança seu sexto álbum de sua carreira: Labiata.

Hoje o cantor ganhou notoriedade nacional e internacionalmente, sendo considerado um dos grandes renovadores da música popular brasileira.



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