9 de set. de 2010

A Música no Mundo e no Brasil - Parte 38

Sabemos que os gêneros da música erudita são divididos de acordo com o períodos em que foram compostos ou pelas características predominantes. Segundo o site História da Arte, os períodos são:

Medieval e Renascimento
Período extenso e marcado pela diversidade. No século VII, surge a monodia(uma única linha melódica) do canto gregoriano. Esta menodia, sob uma forma profana, também será usada pelos trovadores. No século XII, com a Escola de Notre Dame em Paris, França, aparecem formas polifônicas (entrelaçamento de mais de uma melodia) nas quais Pérotin foi mestre.

O aperfeiçoamento dos instrumentos, as exigências litúrgicas e o surgimento de um "mercado" formado pela nobreza feudal e pela burguesia mercantil das cidades determinaram a expansão da polifonia, com importantes contribuições de Machaut, Du Fay e Palestrina.

Barroco
Nenhuma escola musical possui analogias tão nítidas com as artes plásticas como o barroco, pois há o culto do ornamento, do arabesco (notas que "enfeitam" a melodia). De Monteverdi a Johann Sebastian Bach, a música descobre a profusão dos sons simultâneos como meio de alcançar o belo. Como pano de fundo dos instrumentos que se revezam na narração melódica, surge o baixo contínuo (em geral o cravo). A linguagem tonal se firma como sustentáculo da polifonia. Emergem novos gêneros musicais: oratório, cantata, concertos, sonata para teclado.

Rococó
Na transição entre o barroco e o classicismo, entre 1740 e 1770, a música rococó ou galante é representada sobretudo pelas obras de Carl Philip Emanuel Bach.
Favorecida pelo ambiente da corte de Luís XV, seu ideal é a expressão artística da graça, frivolidade e elegância. O resultado, cuja artificialidade foi criticada posteriormente e captava as atitudes hedonistas e discretamente sentimentais da época.

Clássico
O classicismo surge em meados do século 18. Haydn passa a usar formas mais econômicas de expressão. Carl Philip Emanuel Bach (filho de Johann Sebastian) depura a sinfonia do maneirismo. Gluck impõe o primado da música orquestral sobre as improvisações vocais da ópera napolitana. Essas inovações serviram de base ao mais genial compositor do período, Mozart, que levou a nova linguagem ao extremo. A exemplo de Bach com o barroco, Mozart foi ao mesmo tempo, para o classicismo, o mais representativo e o grande coveiro: para não repeti-lo, era preciso inventar outra coisa. Beethoven foi um dos que entenderam o recado.

Romântico
As regras clássicas de composição eram rígidas e o compositor deveria obedecer a elas. Os compositores românticos abandonaram essas fórmulas pois queriam transportar para a música suas paixões e aflições, mas também seu nacionalismo e suas aspirações políticas. O romantismo criou uma profusão de novas formas de expressão: o moderno sinfonismo que começa com Beethoven, o lied (canção) que se consolida com Schubert. A música torna-se uma mercadoria e, no lugar dos pequenos conjuntos a serviço de igrejas ou aristocratas, surgem as orquestras e as companhias de ópera financiadas com a venda de ingressos ao público.

O compositor polonês Chopin inspirou-se em danças populares, despertando, com sua música, o amor patriótico e o sentimentalismo. Uma das preocupações do músico alemão Beethoven.foi tentar aproximar sua música do gosto popular, já que o seu público se ampliava.

Outros nomes importantes da música romântica são Liszt e Wagner. Este último destacou-se sobretudo pelas óperas que compôs. Algumas de suas obras expressam um estranho fascínio pela morte. É dele a frase: "...mesmo quando a vida nos sorri, estamos a ponto de morrer".

O nacionalismo, o sentimentalismo e o pessimismo são características do Romantismo na música.

Pós-Romântico
Não houve um pós-romantismo como há hoje um pós-modernismo. A designação engloba uma reação estética que procurou dar uma eloquência menos subjetivista à música e colocá-la num patamar superior de racionalidade, por meio de achados harmônicos mais ousados e de formas mais despojadas. Em lugar de Bruckner, a orquestra sinfônica fala a linguagem de Debussy e Ravel.A música perde em pretensão, mas ganha em simplicidade.

Moderno
Há pelo menos três correntes que nascem com o século.De um lado, a Escola de Viena, que decreta o fim da linguagem tonal (o atonalismo de Shoenberg) e reivindica uma organização revolucionária dos sons.De outro, Bartok, Chostakovitch e Stravinski praticam uma amplificação das fronteiras do tonalismo e combinações instrumentais menos ortodoxas.Há, por fim, um neoclassicismo em que Prokofiev e Stravinski prenunciam modos de apropriação que se tornariam típicos na pós-modernidade.

Contemporâneo
Olivier Messiaen tornou-se em 1942 professor de harmonia do Conservatório de Paris. Ainda nos anos 40 teria como alunos Boulez, Stockhausen e Berio. O atonalismo, concluíram tinha se esgotado. Era preciso dar novos passos na lógica de organização dos sons. Surgiu uma vanguarda que forneceu à música um caráter permanentemente experimental. Chancelou a música eletroacústica e expandiu os limites da expressão.


Na próxima semana veremos detalhadamente os gêneros eruditos. Até lá!

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