A História dos Festivais da Música Popular - 2ª parte
Em 1960, a música brasileira via a bossa nova ser reconhecida mundialmente. Tanto é que, em 1962, ocorre o Festival de Bossa Nova realizado no Carnegie hall, em Nova York, que dá projeção ao gênero. Na mesma época, a cantora Celly Campello torna-se a primeira estrela nacional do rock com hits como "Estúpido Cupido" e "Banho de Lua", que levarão ao movimento chamado Jovem Guarda (que já foi destaque neste blog).
Em 1965, a TV Excelsior de São Paulo realiza o seu I Festival de Música Popular Brasileira (praticamente 5 anos após o primeiro festival realizado pela TV Record), na cidade de Guarujá, em São Paulo, um ano após a implantação da Ditadura Militar no país. É a partir deste ano que os festivais entram em uma nova fase, popularizando-se e tomando grandes dimensões, graças ao apoio do público e da sua divulgação pela televisão.
Neste festival, os vencedores foram: Elis Regina com "Arrastão" (de Edu Lobo e Vinícius de Moraes) em 1º lugar; Elizeth Cardoso com "Valsa do Amor Que Não Vem" (de Baden Powell e Vinícius de Moraes) em 2º lugar; Claudette Soares com "Eu Só Queria Ser" (de Vera Brasil e Míriam Ribeiro) em 3º lugar; Ciro Monteiro com "Queixa" (de Sidney Miller, Zé Keti e Paulo Tiago) em 4º lugar; e Wilson Simonal com "Rio do Meu Amor" (de Billy Blanco) em 5º lugar.
O sucesso deste festival viria fazer com que a TV Excelsior repetisse no ano seguinte com seu segundo festival, bem como a volta da TV Record que seria sua concorrente direta na disputa pelo ibope. Assim, em 1966 ocorre o auge do ciclo dos festivais de música popular realizados pelas duas emissoras paulistas que irão revelar grandes nomes da mpb que nos conhecemos hoje. Detalharei sobre os dois festivais na semana que vem. Até lá!
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