27 de out. de 2011

A Música no Mundo e no Brasil - Parte 82

Os Serranos - Fandango Gaúcho

O fandango é uma dança espanhola muito popular que se popularizou em Portugal, de ritmo alegre em 3/4 ou 6/8, dançada por um casal, com o acompanhamento de um violão e castanholas. Suas origens remontam-se desde o Período Barroco na Europa.

No Brasil, este termo é usado para designar tanto um espetáculo folclórico com dança dramática e temática marítima, também conhecida como "marujada", típica da região do Nordeste (especialmente em Pernambuco, Paraíba e Alagoas) para homenagear os marujos na época de Natal; como também aos bailes realizados no sul do país, especialmente em São Paulo, Paraná e no Rio Grande do Sul.

O fandango divide-se em dois grupos conhecidos que são o rufado e o bailado e trata-se de um gênero musical muito difundido à vida e costumes da população que vivia no litoral (ou caiçaras), voltada às atividades de pesca ou lavouras de São Paulo, onde as pessoas dançavam em pares, acompanhando a melodia das violas.

Já no litoral do Paraná, a tradição do fandango veio com os colonos espanhóis que vieram por volta do século XVIII, onde introduziram novos costumes e as danças marcadas com coreografias marcadas pelos sapateados, danças em rodas e acompanhamento de violas, pandeiro (ou adufo) e palmas.

Finalmente, no Rio Grande do Sul, o fandango abarca várias danças influenciadas na cultura de diversos povos vindos da Escócia, da Argentina, do Uruguai e outros países, onde, antigamente, os participantes usavam uma roupa campeira para a dança (a mais conhecida é a pilcha) em bailes, cujo ritmo era acompanhado ao som de gaitas de fole e as músicas retratavam o modo de vida dos participantes gaúchos.

Nos últimos anos, o fandango vinha perdendo sua identidade cultural devido às mudanças sociais, econômicas e políticas do país. Existem movimentos que trabalham no sentido de revalorizar o gênero, buscando sua afirmação nas manifestações folclóricas e seu reconhecimento como patrimônio histórico e cultural através do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).



Nenhum comentário:

Postar um comentário