25 de jun. de 2014

Um pouco sobre Wilson Simonal


Wilson Simonal - A Vida É Só Pra Cantar


No dia 25 de junho de 2000 morria, no Rio de Janeiro, Wilson Simonal de Castro, cantor que fez bastante sucesso nas décadas de 60 e 70. Nesta época, era um dos artistas mais populares e bem pagos do Brasil. 

Nascido no dia 23 de fevereiro de 1939, ele foi pai de três filhos: Patricia, Wilson Simoninha e Max de Castro, sendo que estes dois últimos também seguiram a carreira musical. Ente 1966 e 1967, apresentou o programa de TV "Show em Si ...monal", pela TV Record. Simonal foi o primeiro negro a apresentar sozinho um programa na televisão. A direção era de Carlos Imperial, um dos responsáveis pelo sucesso de Simonal. 

Em 1970, o músico acompanhou a seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo, realizada no México. Ele tinha amizade com jogadores como Pelé, Carlos Alberto e Jairzinho. Quando estava no auge de sua carreira, um acontecimento envolvendo seu contador mudaria drasticamente a sua vida. No início da década de 1970, o cantor teria se sentido vítima de um desfalque e demitiu seu contador, Raphael Viviani, que moveu uma ação trabalhista contra o cantor. Em agosto de 1971, Simonal recrutou dois amigos militares para arrancar uma "confissão" do contador, que foi torturado nas dependências do Dops. O contador, por fim, assumiu a culpa no desfalque. 

Mais tarde, porém, Viviani deu queixa do espancamento e teve início um processo judicial que culminou com uma pena para Simonal de cinco anos e quatro meses de prisão, cumpridos em liberdade. Além disso, foi apontado como colaborador do Dops e ficou conhecido por ser “dedo-duro da ditadura”. Depois deste fato, Simonal caiu em esquecimento a partir da década de 1980. Ficou deprimido, tornou-se alcoólatra e morreu de cirrose hepática, no dia 25 de junho de 2000. 

Dois anos após a sua morte, a pedido da família, a Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) iniciou um processo para investigar as suspeitas de colaboração do cantor com os órgãos de informação do regime militar. Em 2003, com o final do processo, Simonal foi moralmente reabilitado, em julgamento simbólico. 

Em 2009, foi lançado o documentário “"Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei”", dirigido pelo humorista Claudio Manoel, do Casseta e Planeta, Micael Langer e Calvito Leal.
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Fonte: History.



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