Beethoven - Sonata ao Luar
A partir de hoje irei falar da vida e da obra dos maiores expoentes da música erudita no Brasil e no mundo. Pra começar, hoje trago Ludwing Van Beethoven, ou simplesmente, Beethoven.
Inscrito na Universidade de Bonn em 1789, transferiu-se para Viena três anos depois para estudar com J. Haydn e depois com A. Salieri. Sua surdez começou a manifestar-se em 1802.
Duas paixões infelizes, sobretudo a segunda, por Thereze von Brunswick, marcaram-no profundamente. Partidário dos ideais da liberdade e de justiça da Revolução Francesa, expressou-os em sua música como em "Concerto Para Piano nº 5 (Imperador)". Seus últimos anos foram entristecidos pelas inquietações que lhe causou o sobrinho, Karl, confiado à sua tutela, e também por sua surdez total. Teve amigos e protetores devotados como a família Brunswick, o arquiduque Rodolfo de Habsburg (mais tarde seria arcebispo de Olmütz), o príncipe Karl Lichnowsky, o violinista Schuppanzigh, dentre outros.
Em 1852, W. de Lenz propôs a divisão em três estilos para o estudo de sua obra: A primeira época (até mais ou menos 1804) sofre a influência de haydn, Mozart e Clementi; a segunda já revela um pensamento mais amplo e mais subjetivo; a terceira, a partir de 1819, mostra uma forma livre e uma linguagem mais audaciosa. No campo vocal, Beethoven deixou três obras maiores: o ciclo de lieder "À Amada Longínqua" (1816), a ópera "Fidélio" com suas três versões feitas entre 1805 e 1814 e suas quatro aberturas, além da grandiosa "Missa Solemnis", de 1823.
Foi, acima de tudo, graças às suas obras instrumentais que Beethoven conquistou seu lugar na história da música. Destacam-se nesta produção as 32 sonatas para piano feitas entre 1795 e 1822 que incluem a "Sonata Para Piano nº 8 (Sonata Patética)" e "Sonata nº 14 (Sonata ao Luar)"; as dez sonatas para piano e violino, especialmente a "Sonata "A Kreutzer" (inspirada na obra de Tolstoi), os 17 quartetos para cordas (1800-1826); os cinco concertos para piano e orquestra (1795 e 1809); as nove sinfonias (1800-1824), dentre elas, a "Sinfonia nº 3 (Heróica)", a "Sinfonia nº 6 (Pastoral)" e a "Sinfonia nº 9", com solistas e coro.
Embora muito ligado às formas tradicionais (sonata, concerto, sinfonia, variações, lied, missa, ópera) em certas épocas de sua criação, Beethoven engrandeceu-as até lhes dar uma dimensão desmensurada, tornando-se um mestre na arte do desenvolvimento temático. Esta nova concepção musical foi alcançada, também, através da intensidade de sua linguagem, a expressividade de sua melodia, o vigor do ritmo, o colorido da orquestração. A mensagem de Beethoven, que ele desejava universal (como em "Testamento de Heiligenstaid" e o coro da 9ª Sinfonia) é, na realidade, a mensagem de um artista solitário, próximo da natureza, que prega a liberdade e reivindica o direito à expressão individual. Ele abre o caminho para o romantismo musical alemão.
Próxima semana falarei de Brahms. Até lá!
Um comentário:
Aguardando anciosa J.R..Abração...
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