7 de out. de 2012

Vinícius de Moraes, poesia, teatro e música

Vinícius de Moraes, Maria Bethânia e Toquinho - Apelo / Soneto da Separação


Além da poesia, Vinícius de Moraes trabalhou também como crítico de cinema e literatura em jornais e revistas no início da década de 1940 e se destacou no teatro compondo algumas peças e textos. O mais conhecido do público é a tragédia Orfeu da Conceição composta em três atos e ambientada nos morros do Rio de Janeiro, narrando a estória de amor entre Orfeu e Eurídice, no ano de 1956. Foi nesta peça que Vinícius conheceu Antônio Carlos Jobim, ainda desconhecido na música, que compôs a trilha.

A peça Orfeu da Conceição foi encenada com sucesso no Rio de Janeiro e, em 1958, foi transformada em filme pelo cineasta francês Marcel Camus com o título Orfeu Negro, vindo a receber a Palma de Ouro no festival cinematográfico de Cannes.

Na música, os temas predominantes na obra musical de Vinícius de Moraes foram o amor, a devoção pela Bahia e os orixás, além de escrever para o público infantil (destaque especial para os dois volumes do disco A Arca de Noé lançados em 1980 e 1981, seus últimos trabalhos baseados em seu livro homônimo publicado em 1970).

Na década de 1960, Vinícius fez várias parcerias musicais importantes, consolidando sua carreira musical e se tornando um dos grandes letristas da nossa música popular brasileira. Participou, junto com Tom Jobim, João Gilberto e o grupo Os Cariocas em um concerto da bossa nova, no Rio de Janeiro. Seu primeiro LP foi gravado com a atriz Odete Lara. Em 1965, sagrou-se vencedor no I Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior com a música "Arrastão", composta em parceria com Edu Lobo e defendida pela cantora Elis Regina. 

Em 1966, foi exibido no Brasil o filme Arrastão: Os Amantes do Mar realizado na França por Antoine d'Ormesson, com roteiro de Vinícius, que transpunha em termos de folclore brasileiro a lenda histórica de Tristão e Isolda.



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