31 de jul. de 2014

MPB Instrumental: Oswaldinho do Acordeon


Oswaldinho do Acordeon - Sorriso de Samantha

Foi a primeira sanfona de oito baixos, que ganhou de presente de seu pai, que possibilitou a Oswaldinho do Acordeon tornar-se um mestre moderno de seu instrumento.

Carioca, filho de Pedro Sertanejo, nosso precursor do forró em São Paulo, Oswaldinho do Acordeon mudou-se para São Paulo aos oito anos, onde se iniciou no piano, pois não havia professores de acordeon. Porém acabara sempre namorando a sanfona, instrumento que no fundo mais gostava. Aos 12 anos, já tocava profissionalmente com o pai na gravadora Continental e em diversas casas de forrós.

Buscando o aperfeiçoamento, em 1976 conheceu o professor italiano Dante D’Alonzo e começou a estudar pra valer. Estudou música clássica por 13 anos, tendo sido inclusive aluno de Paulo Feolla no “Conservatório Santa Clara”.

O talento raro lhe rendeu uma bolsa no Conservatório Dante de Milão (Itália) e em 1984 Oswaldinho do Acordeon apresentou-se como atração no Festival do Campeonato Mundial de Acordeon e conquistou a admiração de portugueses, ingleses, alemães, suíços, canadenses, japoneses e americanos.

Sua carreira registra gravações com as principais estrelas da MPB e teve a oportunidade de abrir um show de All Jarreau, na França e participar de projetos como: Pixinguinha, US-TOP, Free Jazz Festival, Rock in Rio, inúmeros festivais na Franca, Suíça, Nova York e também no Brasil. Seu talento também esteve presente no MTV Acústico Rita Lee, MTV Acústico Cássia Eller, DVD SPC – Só Pra Contrariar, Show dos 500 anos de Descobrimento do Brasil – Rede Globo, Festival de Amiens, na França (2003), Prêmio TIM 2008 (Homenagem à Dominguinhos), tendo sido ganhador deste mesmo prêmio no ano de 2005 – Melhor Disco Cada um Belisca um Pouco – categoria Instrumental.

Oswaldinho também tem no seu registro atuações como solista convidado por Orquestras como: Jazz Sinfônica de São Paulo, Orquestra de Câmara de Curitiba, Orquestra Sinfônica do Paraná, Orquestra Sinfônica de Santo André, Orquestra Experimental de Repertório, Orquestra Jovem do Estado, Orquestra Infanto-Juvenil de Violões, Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica de Santos, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Banda Sinfônica de Cubatão, entre outras.

Oswaldinho do Acordeon é reconhecido mundialmente pelas “fusões” de estilos musicais em suas obras, além de estar sempre difundindo seu instrumento para a quebra de barreiras culturais. Oswaldinho foi o primeiro acordeonista no Brasil a fazer uso de um acordeon digital, ampliando seu repertório de timbres e sons para enriquecer nossa cultura popular.

Tanto talento resultou em uma grande homenagem feita pelos europeus: a réplica de suas mãos está exposta no Museu de Reggio Emilia, na Itália, como uma das mais velozes mãos do acordeon.

Com uma discografia que registra 24 discos, em 2003 lançou o CD Asa Branca Blues, que mostra sua versatilidade em um dos grandes clássicos da música brasileira com uma versão blues cheia de novidades e timbres. Esta obra também conta com a participação especial de Hermeto Paschoal e Rodrigo Botter Maio. No mesmo ano outro CD com o título de Um Bom Forró foi lançado, resgatando suas raízes nordestinas.

Em 2009, lançou o CD Lição de Casa recheado de composições inéditas e algumas regravações e sucessos com seus parceiros, dentre elas "Um Tom Pra Jobim" de parceria com Sivuca, "Tenho Sede" (Anastácia/ Dominguinhos), "Só Xote" (Nelson Aires) e "Oblivion", música de um de seus maiores ídolos musicais Astor Piazzolla.

Oswaldinho apresenta seu mais recente trabalho intitulado Forró Chorado – uma brilhante releitura do eterno “chorinho” em ritmo tradicional de forró. Este trabalho veio para consagrar a versatilidade e brilhante carreira deste ícone da música brasileira que é Oswaldinho do Acordeon.
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Fonte: Site Oficial

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