18 de ago. de 2011

A Música no Mundo e no Brasil - Parte 72

Beethoven - Sinfonia nº 9 Em Ré Menor - Op. 125

Dando continuidade à história das mais famosas músicas eruditas de todos os tempos, nesta quinta trago um pouco da história de uma das maiores e mais conhecidas peças de Ludwig Beethoven: a "Sinfonia nº 9 Em Ré Menor - Op. 125", mais conhecida como "Nona Sinfonia".

O conceito de sinfonia é entendido como uma composição musical para orquestra feita desde o século XVIII em forma de sonata, dividida em três ou quatro partes (allegro, andante, scherzo ou minueto e final ou rondó). Beethoven criou a sinfonia romântica ao alargar as dimensões dos movimentos, mudar sua ordem ao colocar o scherzo antes do movimento lento e introduzir corais.

A "Nona Sinfonia", composta por ele, incorpora parte do poema An die Freude ("À Alegria"), uma ode escrita por Friedrich Schiller, com o texto cantado por solistas e um coro em seu último movimento. Foi o primeiro exemplo de um compositor importante que tenha se utilizado da voz humana com o mesmo destaque que os instrumentos, numa sinfonia, criando assim uma obra de grande alcance, que deu o tom para a forma sinfônica que viria a ser adotada pelos compositores românticos.

Esta peça tem um papel cultural de extrema relevância no mundo atual. Em especial, a música do último movimento, chamado informalmente de "Ode à Alegria", foi rearranjada por Herbert von Karajan para se tornar o hino da União Européia. Outra prova de sua importância na cultura atual foi o valor de 3,3 milhões de dólares atingido pela venda de um dos seus manuscritos originais, feita em 2003 pela Sotheby's, de Londres. Segundo o chefe do departamento de manuscritos da Sotheby's à época, Stephen Roe, a sinfonia "é um dos maiores feitos do homem, ao lado do Hamlet e do Rei Lear de Shakespeare".

Foi apresentada pela primeira vez em 7 de maio de 1824, no Kärntnertortheater, em Viena, na Áustria. O regente foi Michael Umlauf, diretor musical do teatro, e Beethoven - dissuadido da regência pelo estágio avançado de sua surdez - teve direito a um lugar especial no palco, junto ao maestro.

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