Em relação ao sistema tonal são inúmeros os sistemas musicais estabelecidos no correr dos tempos, segundo princípios teóricos diversos. O sistema moderno, que compreende doze graus em uma oitava, nem sempre foi empregado na prática musical. Os mais antigos sistemas, ainda usados por povos primitivos, são baseados em cinco sons ou notas (oitava sem os dois semitons). Na Grécia antiga, apareceu o sistema diatônico de sete graus na oitava, tratando de várias maneiras. Os gregos, reconhecendo a possibilidade de dividir em partes menores os tons inteiros, criaram o cromatismo (doze semitons) e a enarmonia (vinte e quatro quartos de tom). Os antigos árabes dividiram a oitava em dezessete graus. Os modos eclesiásticos medievais são oriundos do sistema grego de sete sons.
Foi somente no século XVII que se estabeleceu a tonalidade, caracterizada pela maneira de ser dos diferentes graus de escala em relação à tônica. O temperamento, isto é, a divisão da oitava em partes iguais (sistema de doze semitons), foi introduzido na prática. A escala temperada, adotada nos instrumentos de sons fixos como piano, órgão, etc. tem, no entanto, certos inconvenientes: seus intervalos são ligeiramente mais afastados que os intervalos naturais. Apenas um sistema de cinquenta e três graus por oitava seria perfeito, mas, se instrumentos desse gênero não são impossíveis, e mesmo já foram construídos em parte, seu manejo e sua afinação oferecem dificuldades quase intransponíveis.
Desde a mais alta antiguidade foi conhecida a repetição da oitava. Existiram exemplos de polifonia rudimentar no Oriente e em Roma, mas foi no Ocidente que nasceu a polifonia erudita, entre Paris, Chartres, Cambrai e Gand, no decorrer dos séculos XII e XIII. A forma mais antiga de polifonia medieval foi a diafonia (séc. IX), movimento paralelo das vozes na quinta superior ou na quarta inferior. À diafonia, seguiu-se o descanto (séc. XII), que consistia em reforçar o canto com uma melodia, empregado em movimento contrário ao do canto principal. O descanto chegou a ter quatro vozes.
A polifonia floresceu nos séculos XIV e XV, para atingir o apogeu no século seguinte. A palavra "contraponto" data do século XIV para designar uma prática muito anterior, isto é, a superposição de linhas melódicas a um canto dado. Do contraponto (ciência da combinação de melodias simultâneas) nasceu naturalmente a harmonia (ciência dos acordes, abstração feita das melodias).
Foi somente no século XVII que se estabeleceu a tonalidade, caracterizada pela maneira de ser dos diferentes graus de escala em relação à tônica. O temperamento, isto é, a divisão da oitava em partes iguais (sistema de doze semitons), foi introduzido na prática. A escala temperada, adotada nos instrumentos de sons fixos como piano, órgão, etc. tem, no entanto, certos inconvenientes: seus intervalos são ligeiramente mais afastados que os intervalos naturais. Apenas um sistema de cinquenta e três graus por oitava seria perfeito, mas, se instrumentos desse gênero não são impossíveis, e mesmo já foram construídos em parte, seu manejo e sua afinação oferecem dificuldades quase intransponíveis.
Desde a mais alta antiguidade foi conhecida a repetição da oitava. Existiram exemplos de polifonia rudimentar no Oriente e em Roma, mas foi no Ocidente que nasceu a polifonia erudita, entre Paris, Chartres, Cambrai e Gand, no decorrer dos séculos XII e XIII. A forma mais antiga de polifonia medieval foi a diafonia (séc. IX), movimento paralelo das vozes na quinta superior ou na quarta inferior. À diafonia, seguiu-se o descanto (séc. XII), que consistia em reforçar o canto com uma melodia, empregado em movimento contrário ao do canto principal. O descanto chegou a ter quatro vozes.
A polifonia floresceu nos séculos XIV e XV, para atingir o apogeu no século seguinte. A palavra "contraponto" data do século XIV para designar uma prática muito anterior, isto é, a superposição de linhas melódicas a um canto dado. Do contraponto (ciência da combinação de melodias simultâneas) nasceu naturalmente a harmonia (ciência dos acordes, abstração feita das melodias).
Próxima semana veremos sobre a música aleatória ou improvisada e seus exemplos.
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