Com Alexandre Levi e Alberto Nepomuceno firmou-se a incipiente tendência nacionalista. Antes deles, Basílio Itiberê da Cunha já incluira em sua peça para piano, "A Sertaneja", um tema do folclore paranaense, "Balaio, Meu Bem, Balaio..." (uma deturpação de "Balaio, Meu Bom Balaio...").
Na história da música brasileira, esta foi a primeira vez que um compositor erudito deu forma artística a uma melodia popular. Em Alexandre Levi, este desejo de conformar a obra com a realidade nacional se torna mais claro. O compositor paulista foi um dos primeiros a sentir as características musicais da raça: "Variações Sobre um Tema Brasileiro", "Vem Cá, Bitu", "Suíte Brasileira Para Orquestra" (na qual inclui um batuque), "Tango Brasileiro". Na obra de Alberto Nepomuceno, a forma ainda é européia, mas a riqueza melódico-rítmica do folclore nacional é, pela primeira vez, amplamente aproveitada ("Série Brasileira", apresentada em 1897).
A obra de compositor de Luciano Gallet se completa pela atuação do artista preocupado em melhorar o nível cultural do povo, organizando sociedades, fundando revistas, reestruturando a Escola Nacional de Música.
Na próxima semana, veremos o impacto trazido pela Semana da Arte Moderna para a música. Até lá.
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