5 de out. de 2014

Blog Sintonia: Epílogo

Caríssimos leitores.


Depois de uma longa jornada de 5 (cinco) anos e 2 (dois) meses, informo que o blog Sintonia estará encerrando definitivamente a partir de hoje.

Foi uma experiência maravilhosa para mim ter um lugar em que pudesse compartilhar todas as minhas preferências musicais com o público virtual, independente do gosto de cada um, nos mais variados estilos que passam do erudito ao popular. Valiosas informações e conhecimentos musicais foram trazidos nos textos postados para uma melhor compreensão em tudo o que concerne sobre uma das maiores artes produzidas pelo homem: a música!

Biografias, áudios, clipes, curiosidades, história da música erudita e popular, gêneros musicais, instrumentos musicais, homenagens, enfim, foram várias formas de passar a todos vocês todo o conhecimento de nível informativo e educativo pesquisado ao logo desse período em que o blog esteve no ar.

De agora em diante, dedicarei aos meus projetos pessoais, porém, sem abandonar o blog que passará sempre por atualização e manutenção diária, para que não fique desatualizado, se Deus quiser!

Por fim, agradeço a todos pela audiência, pela visita e pelos comentários com sugestões e críticas postadas. Fico feliz que o blog tenha atendido e cumprido com seu papel. 

Seguem as estatísticas do blog até hoje (05/10/2014) com todas as informações das postagens e pesquisas feitas por vocês:


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Muito obrigado a todos!
Junior Bastos

3 de out. de 2014

Momento Flashback: Prince

Prince - Purple Rain

Prince Rogers Nelson, natural de Minneapolis, estado norte-americano de Minnesota, é um cantor compositor e guitarrista que iniciou sua carreira no final da década de 1970. Muitos o definem como um gênio, um louco, um exibicionista, mas é sempre tido como um renovador. Pois é com prazer cada vez maior que Prince apresenta a cada álbum, pequenas evoluções que os críticos e o público muitas vezes nem sabem como receber.

Seu primeiro disco For You saiu em 1978. Logo vieram novos álbuns como Prince (de 1979), Dirty Mind (de 1980), Controversy (de 1981) e 1999 (de 1982, que redefiniu a dance music na década). Em 1984, Prince teve uma banda que o acompanhava em seus shows chamada The Revolution e ganhou o prêmio de melhor canção original da Academia por "Purple Rain", além de melhor trilha sonora do filme homônimo, e o álbum foi escolhido pela Rolling Stone como um dos 500 melhores álbuns de todos os tempos, dando uma nova cara ao pop contemporâneo e foi alçado ao posto de super estrela.

Em 1986 lançou um novo filme que foi considerado um fracasso, além de um novo disco intitulado Parade, apresentando uma verdadeira mistura de ritmos, e vendeu mais de 12 milhões de cópias. Depois da aclamação geral, Prince ainda fez a trilha sonora para o filme "Batman" em 1989, não sendo bem recebido pela crítica por ter cedido a um esquema comercial.

Já na década de 1990 houve mudanças de gravadora e Prince continuou a gravar novos álbuns. Em 2002, Prince lançou seu primeiro álbum ao vivo, One Nite Alone ... Live!, e em abril de 2004, Prince lançou o disco Musicology através de um contrato pela Columbia Records. Embora nunca foi considerado um grande sucesso comercial, Prince ainda continua inovando em suas apresentações e na sua música.

Nota do blog (atualização em 15/05/2016): No dia 21/04/2016, Prince morreu aos 57 anos de idade na casa onde morava, no estado norte-americano de Minnesota.

2 de out. de 2014

MPB Instrumental: Waldir Azevedo

Waldir Azevedo - Brasileirinho

Compositor e cavaquinista que mais contribuiu para a divulgação do choro nos anos 50, Waldir Azevedo nasceu no Rio de Janeiro no dia 27 de janeiro de 1923 e foi o compositor dos clássicos "Brasileirinho", "Pedacinhos do Céu" e o baião "Delicado", que alcançou enorme sucesso nos Estados Unidos na versão do maestro Percy Faith, entre muitos outros choros. 

Criado nos subúrbios do Rio de Janeiro, aprendeu flauta, violão e cavaquinho na infância. Mais tarde trabalhou na companhia de energia Light, emprego que abandonou em 1945 para ocupar a vaga de cavaquinho no regional de Dilermando Reis, na Rádio Clube do Brasil. No final de 1949 lançou o disco que continha "Brasileirinho", um enorme sucesso comercial em todo o mundo. 

Azevedo excursionou pela Europa, Japão e Estados Unidos tocando suas músicas. Algumas dessas turnês eram bancadas pelo Itamaraty, numa iniciativa de divulgar a música brasileira. Na década de 1970, mudou-se para Brasília onde viria a perder parte do dedo anelar esquerdo em um acidente com um cortador de grama ficando um período sem tocar, mas que logo voltaria a retomar suas atividades. 

Com mais de 30 discos gravados e várias composições feitas, Waldir Azevedo morreu em São Paulo no dia 20 de setembro de 1980.
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Fonte: CliqueMusic (com adaptações).

1 de out. de 2014

Um pouco sobre o Quarteto Em Cy

Quarteto Em Cy - Tudo Que Você Podia Ser

Quarteto Em Cy é um conjunto vocal formado originalmente pelas irmãs Cyva, Cynara, Cybele e Cylene, nascidas em Ibirataia, estado da Bahia, e que se mudaram para o Rio de Janeiro na década de 1960. O nome foi dado pelo poeta, cantor e compositor Vinícius de Moraes que se tornou padrinho do quarteto.

Iniciaram sua carreira musical em 1963 e lançaram seu primeiro disco no ano seguinte. Em 1966, Cylene saiu e foi substituída por Regina. Em seguida, Cynara e Cybele se apresentaram juntas no II e III Festival Internacional da Canção e deixaram o grupo, sendo substituídas por Cynthia e Cymiramis. Contudo, dão um tempo em suas atividades e só retornam em 1972 com  Cyva, Cynara, Dorinha e Sonya na sua formação.

Com o tempo, o grupo gravou mais de 30 discos em toda sua carreira, mas as mudanças continuaram a ocorrer na sua formação. Apresentaram-se no exterior, especialmente no Japão e na Europa. Em agosto de 2014, Cybele, uma das integrantes do grupo, faleceu no Rio de Janeiro devido a uma isquemia pulmonar. Atualmente conta com Cyva, Cynara, Sonya e Keyla na sua formação, continuando a realizar apresentações em todo o pais.



28 de set. de 2014

Sintonia::: Especial O Rappa



Playlist com Top 15 contendo os maiores sucessos do O Rappa.

O Rappa: ontem e hoje

O Rappa - Monstro Invisível


Após 3 anos de amadurecimento O Rappa retornou com o trabalho que mais agradou a crítica e o público. Comandado pelo single "Minha Alma (A Paz Que Eu Não Quero)", o terceiro disco Lado B Lado A marcou a discografia do grupo ao escancarar, ainda mais, as diferenças políticas sociais nas suas composições. Para o quarto álbum Instinto Coletivo uma parceria de peso foi reservada: na faixa "Ninguém Regula A América", o conjunto gravou ao lado do som pesado do Sepultura.

Em novembro de 2000 o baterista Marcelo Yuka foi vítima de um tiroteio no Rio de Janeiro, que o deixou paraplégico. Mesmo com o incidente, o batera continuou ajudando a banda na preparação de um novo CD. Mas, após 10 anos no grupo, Yuka resolveu deixar O Rappa para iniciar sua própria banda, chamada F.U.R.T.O.

Em 2004, foi lançado o álbum O Silêncio Que Precede O Esporro. Exibindo um som mais ousado, munido de um material eletrônico acompanhado do ritmo da bossa nova, samba e acordes de violino e cellos, O Rappa esbanjou qualidade no reggae hardcore que apresentou em comemoração aos 10 anos de carreira do grupo. Em 2005, convidados pela MTV Brasil, eles gravaram o especial Acústico MTV. O sucesso da gravação rendeu ao CD uma versão em DVD.  Em agosto de 2008, lançaram o álbum Sete Vezes.

Em 2013 foi lançado o novo álbum, intitulado Nunca Tem Fim..., com músicas como "Anjos (Pra Quem Tem Fé)" e "Auto-Reverse".
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Extraído do site Joven Pan FM.

O Rappa: Início da carreira

O Rappa - Pescador de Ilusões

Em 1993, com a vinda do cantor regueiro Jamaicano Papa Winnie ao Brasil, foi montada uma banda às pressas para acompanhar o cantor em suas apresentações. Formada por Nelson Meirelles, na época produtor do Cidade Negra e de vários programas de rádios alternativas do Rio de Janeiro; Marcelo Lobato, que havia participado da banda África Gumbe; Alexandre Menezes, o Xandão, que já havia tocado com grupos africanos na noite de Paris e Marcelo Yuka, que tocava no grupo KMD-5. Após essa série de apresentações como banda de apoio do jamaicano, os quatro resolveram continuar juntos e colocaram anúncio no jornal O Globo para encontrar um vocalista. Dentre extensa lista de candidatos, Marcelo Falcão foi o escolhido.

A decisão sobre o nome da banda envolveu opções como "Cão-careca" e "Bate-Macumba". O nome escolhido - O Rappa - vem da designação popular dada aos policiais que interceptam camelôs, os rapas. Com um p a mais para diferenciar, o nome foi escolhido. Um exemplo de a palavra rapa ser aplicada aos caçadores de camelôs pode ser encontrado na canção "Óia o Rapa!" na composição de Lenine e Sérgio Natureza, gravada pela banda no CD Rappa Mundi.

Finalmente, com Falcão na voz, Marcelo Yuka na bateria, Xandão na guitarra, Nelson Meireles no contra-baixo e Marcelo Lobato no teclado, estava formado O Rappa.

Em 1994, lançaram seu primeiro disco, que levou o nome da banda. O Rappa não obteve muito sucesso e foi o único disco com a presença de Nelson Meireles, que abandonou a banda por motivos pessoais. Com a saída de Nelson Meireles, Lauro Farias, que tocava com Yuka no KMD-5, assumiu o contrabaixo.

Em 1996, foi lançado o CD Rappa Mundi, que praticamente introduziu a banda no cenário nacional e quase todas as canções foram sucesso. Entre elas, "Pescador de Ilusões", "A Feira" e a versão nacional para o sucesso de Jimi Hendrix, "Hey Joe".
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Extraído do blog O Rappa.

O Rappa - Me Deixa


Clipe do dvd MTV Acústico, de 2005, com O Rappa cantando "Me Deixa", um dos seus grandes sucessos.

Homenageado do Dia: O Rappa


O Rappa - Rodo Cotidiano

Uma das maiores bandas pops rocks do cenário nacional, conhecida por suas letras de cunho crítico social, O Rappa é a última atração a ser homenageada no blog Sintonia.

27 de set. de 2014

Frank Sinatra e Tony Bennett: As Vozes da América

Frank Sinatra e Tonny Bennett - The Lady Is a Tramp

Frank Sinatra e Tony Bennett são duas grandes vozes norte-americanas, famosas em todo o mundo e que encantaram várias gerações de ouvintes.

Francis Albert Sinatra nasceu na cidade de Hoboken, estado de Nova Jersey em 1915, sendo filho de imigrantes italianos. Descoberto por Harry James em 1939. cantou com a orquestra de Tommy Dorsey e, em 1942, fez seu primeiro espetáculo solo em Nova York. Assinou seu primeiro contrato como cantor profissional no ano seguinte e gravou seu primeiro disco The Voice of Frank Sinatra em 1946.

Internacionalmente consagrado como um dos mais célebres crooners e conhecido como "A Voz", Frank Sinatra também alcançou sucesso em numerosos filmes como "A um  Passo da Eternidade" em 1953, ganhando um Oscar de melhor ator coadjuvante; "O Homem do Braço de Ouro" em 1955; e "Alta Sociedade" em 1956, entre outros. Entre suas gravações mais conhecidas, destacam "Young At Heart", "New York, New York", "My Way" e "Strangers In the Night".

Frank Sinatra também realizou grandes apresentações e já gravou com grandes nomes da música internacional como Barbra Streisand, Gloria Estefan, Carly Simon, Tom Jobim e Tony Bennett. Morreu em Los Angeles em 1998.

Já Anthony Dominick Benedetto, artisticamente conhecido como Tony Bennett, nasceu no Queens, um dos distritos de Nova York em 1926. Foi descoberto em um programa de novos talentos de Arthur Godfrey e entrou na carreira musical, vindo a se tornar um dos maiores intérpretes da música americana, especialmente no jazz na década de 1950. Lançou seu primeiro disco Cloud 7 em 1955.

Em 1962, realizou uma grande apresentação no Carnegie Hall em Nova York e lançou o disco I Left My Heart in San Francisco que ganhou um Disco de Ouro e rendeu a Bennett 2 Grammys nas categorias de Melhor Álbum do Ano e Melhor Performance Vocal Solo Masculino. Além da faixa-título, entre as gravações famosas de Tony Bennett estão as músicas: "Because of You", "Cold, Cold Heart", "Rags To Riches", "Stranger In Paradise""Fly Me To The Moon".

Ao longo de sua carreira, vendeu mais de 50 milhões de discos e recebeu várias premiações. Tornou-se ídolo de Frank Sinatra, e ambos já se apresentaram e gravaram um disco juntos. Após a morte de Sinatra, Tony Bennett fundou a Frank Sinatra School of the Arts em Nova York no ano de 2001. Além de cantor, Bennett também se destacou na pintura, tendo criado várias obras.

26 de set. de 2014

Momento Flashback: Europe

Europe - Carrie

Europe é uma banda de rock formada em Upplands Väsby, na Suécia, em 1979 sob o nome Force pelo vocalista Joey Tempest e guitarrista John Norum, que se conheceram em um pequeno subúrbio, fora de Estocolmo. Seu som incorpora elementos de sinfonia, heavy metal (nos primeiros dois discos) e hard rock. Desde a sua formação que ainda contava com o baixista Peter Olsson (substituído depois por John Levén) e o baterista Tony Reno, a banda lançou 8 (oito) álbuns de estúdio e 2 (dois) álbuns ao vivo.

O início da carreira se deu através de um concurso de rock em que os rapazes ganharam e conseguiram um contrato para gravar um disco. O álbum de estréia Europe saiu em 1983. Com o segundo disco Wings of Tomorrow, lançado no ano seguinte, a banda conquistou o mundo tornando-se mundialmente conhecida.

A consagração veio com o terceiro álbum de 1986. The Final Countdown vendeu mais de 5 milhões de cópias e trouxe o maior número de sucessos num único disco como "The Final Countdown", "Love Chaser", "Rock the Night", "Cherokee", além da balada "Carrie". Logo depois, John Norum saiu da banda para a entrada de Kee Marcello.

Após a banda gravar o quarto disco Out Of This World em 1988, seus integrantes foram morar nos Estados Unidos onde gravaram mais um disco em 1990. Dois anos depois, a banda resolveu dar uma pausa em suas atividades e seus integrantes partiram para projetos pessoais. Em 2003, retornaram e gravaram novos discos: Start From The Dark (de 2004) e Secret Society (de 2006).

Atualmente conta com a seguinte formação: Joey Tempest (vocais), John Norum (guitarra), John Levén (baixo), Mic Michaeli (teclado) e Ian Haugland (bateria).

25 de set. de 2014

MPB Instrumental: Edu da Gaita

Edu da Gaita - Moto Perpétuo

Edu da Gaita, nome artístico de Eduardo Nadruz, nasceu na cidade de Jaguarão, estado do Rio Grande do Sul no dia 13 de outubro de 1916 e começou sua carreira como um harmonicista prodígio, ao vencer cerca de trezentas crianças em um concurso de harmônicas quando tinha nove anos, em Pelotas, no Rio Grande do Sul.

Na década de 1930 mudou-se para São Paulo, onde teve diversos empregos, além do de cantor de tango. Tocou no Hotel Copacabana Palace (Rio de Janeiro), em cassinos e foi solista de orquestra sinfônica. Em 1939, o cantor Sílvio Caldas o levou para a rádio Mayrink Veiga, onde trabalharia durante onze anos. 

Edu da Gaita participou de muitas gravações acompanhando outros músicos. Em 1957 gravou o "Moto Perpétuo" do compositor e violinista italiano Niccolò Paganini, originalmente escrito para violino e transcrito para a harmônica pelo próprio Edu, após 11 anos de estudo para executar a música. 

Seu repertório sempre buscava mesclar o erudito com o popular. Além de gravar como solista, Edu da Gaita também tocou com o Sexteto de Radamés Gnattali e apresentou-se pela Europa e América do Sul. Tido como um maior gaitista do Brasil, gravou mais de 20 discos em sua carreira. Morreu no dia 23 de agosto de 1982 no Rio de Janeiro.
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Fonte: CliqueMusic (com adaptações).

24 de set. de 2014

Perfil de Alcione


Alcione - Você Me Vira a Cabeça

Seu nome de batismo é Alcione Dias Nazareth, simplesmente conhecida como Alcione, e é natural de São Luís, capital do estado do Maranhão, onde nasceu no dia 21 de novembro de 1947. Sendo a quarta dos nove irmãos, a música entrou na vida de Alcione através de seu pai que era policial militar e fazia parte da banda da corporação.

Além de cantar, aprendeu a tocar diversos instrumentos de sopro. Formou-se como professora primária na Escola de Curso Normal e logo depois foi morar no Rio de Janeiro em 1968 com ajuda do amigo (e também cantor) Everardo, e passou a se apresentar em barzinhos e outras casas noturnas da capital fluminense. Tornou-se conhecida após participar do programa de tv A Grande Chance, apresentado por Flávio Cavalcanti.

Após uma excursão de shows pela América Latina e Europa, voltou ao Brasil e conseguiu um contrato com a gravadora Polygram onde gravou dois compactos. Contudo, o seu primeiro LP A Voz do Samba foi lançado em 1975 pela gravadora Philips, onde emplacou seu primeiro grande sucesso nacional: "Não Deixe o Samba Morrer" (samba composto por Edson Conceição e Aloísio Silva). A partir daí, foi gravando um disco por ano, destacando os álbuns Pra Que Chorar? (1977), Gostoso Veneno (1979), Almas e Corações (1983) e Simplesmente Marrom (1989), entre outros.

O reconhecimento musical foi logrado com várias premiações ao longo de sua carreira e diversas homenagens recebidas, incluindo um teatro que leva seu nome em São Luís e tema de samba-enredo do Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Ponte, no carnaval do Rio de Janeiro em 1994. Alcione, ao de Beth Carvalho e Clara Nunes, formam o "ABC do Samba".


21 de set. de 2014

Sintonia::: Especial Rosana Fiengo



Playlist com Top 15 contendo as maiores composições e sucessos de Rosana Fiengo.

Entrevista com Rosana Fiengo

Rosana - Lovin' You

Após um período de reclusão devido à perda do seu filho, Rosana continuou a gravar novos discos. Na década de 2000, gravou um disco em 2003 e ganhou diversas homenagens pela sua carreira musical. Em 2009, a convite do diretor Jorge Fernando, Rosana gravou a música "Lovin' You", sucesso de 1974 gravado pela cantora norte-americana Minnie Riperton, para a trilha da novela Caras e Bocas, da TV Globo. A partir daí, passou a assinar artisticamente como Rosanah Fienngo.

Em 2011, Rosana cedeu uma entrevista ao site O Fuxico, onde fala de sua carreira, religião e de sua vida pessoal. Confiram na íntegra.
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O Fuxico: Por que você voltou à mídia com o sucesso "O Amor e o Poder"  em dueto a empresária carioca Claudia Valente numa versão gospel.

Rosanah Fienngo: Eu não decidi esse retorno. Foi Jesus quem quis me unir à Cláudia, para que pudéssemos regravar esse clássico da música popular. "O Amor e o Poder" tem uma mensagem puramente cristã.

OF: O que representa esse hit em sua vida profissional e pessoal?

RF: Foi um presente de Deus. A música vendeu mais de cinco milhões de CDs, foi recorde nacional de vendas que até hoje ninguém superou esse número. Até hoje ganho muito royalty, inclusive do exterior porque gravei essa música em outros idiomas. Conquistei um público fiel que me acompanha desde então. "O Amor e o Poder" só me deu alegrias.

OF: Com ele veio o título de ‘deusa’. No auge do sucesso, você se sentiu poderosa?

RF: De verdade, não. Encaro o pseudônimo de ‘deusa’ com uma identificação pelo meu grande sucesso. Nunca deixei de ser ou de me comportar como um ser humano normal. Sinceramente nunca me deslumbrei.

OF: Apesar de tanto sucesso, você ficou muito tempo fora da mídia...

RF: Mas nunca deixei de fazer shows. Viajei demais, realizei sonhos pessoais e amadureci. Para algumas pessoas estar na mídia é essencial. Quando não conseguem, perdem o rumo. Eu sempre tive os pés no chão.

OF: "O Amor e o Poder" foi tema da personagem Jocasta personagem de Vera Fischer na novela Mandala, da Globo. Você acompanha o drama dessa atriz, que enfrenta uma dura batalha para desintoxicação?

RF: Sim. Acho que cada um tem uma reação diante de situações complicadas. Quando alguém se envolve com drogas, passa a viver em um mundo paralelo... Não vê que a felicidade está em pequenas coisas. Esse drama é muito complexo. Como disse Jesus: “Não julgues para não serdes julgados”.Creio que, no fundo, para os drogados a solução é apenas uma: Deus, que é o nosso bem maior. Ele seria a melhor reabilitação.

OF: Muitas pessoas apostam que investir no estilo gospel é uma jogada de marketing de cantores para retoranr ao mercado...

RF: Garanto que esse não é o meu caso. Não preciso disso. Participo de projetos gospel porque gosto, sempre cantei nos meus shows, esse estilo. Minha carreira de cantora secular continua igual. Assim como as cantoras norte-americanas que têm suas carreiras e participam de projetos gospel. No Brasil, isso também está acontecendo. Acabou esse preconceito de que o cantor popular não pode cantar gospel e vice e versa. Quem não gostar que não ouça nossas músicas, ora!

OF: Afinal, quando e por que você se converteu?

RF: Ah, isso é um longo testemunho. Minha conversão foi muito natural. Não precisei que ninguém me convencesse a entrar na igreja. Sempre fui cristã. Nasci em uma família católica, estudei em colégio de freiras e desde cedo leio a Palavra. Em 2000, fui batizada nas águas, na Igreja Renascer, em São Paulo. Quando voltei a morar no Rio de Janeiro, passei a frequentar a Igreja Batista do Recreio dos Bandeirantes, a convite da minha irmã em Cristo, Claudia Valente. Algumas pessoas buscam Deus por vários caminhos até encontrar aquele que mais rápido lhe conduz à paz, ao desapego material, à luz interior.

OF: A conversão a ajudou a superar a perda de seu primeiro filho?

RF: Eu não superei a morte do meu filho. Por mais que procure aceitar o fato, o ser humano não está preparado pra perder entes queridos. Eu estava grávida de cinco meses quando o bebê parou de se desenvolver. No exame patológico, acusou virose múltipla. Sofri muito na época! Dois anos depois, em um domingo à tarde, voltava de viagem quando avistei a Igreja Batista, da Barra da Tijuca, que ainda não frequentava. Então, decide parar ali e entrar. Estava vazia e silenciosa, assim como eu...

Eu me sentei, fechei os olhos e comecei a orar o Pai Nosso. De repente, ouvi uma voz suave dentro da minha mente: 'Você precisa ser mãe, necessita de um amor maior. Terá um filho e o nome dele será Davy. Vai para casa e não se preocupe com nada. Não tenha medo. Confie'. Enquanto eu ouvia essa voz, tentei me mexer, mas estava paralisada. Só pude me movimentar quando a voz cessou. Deixei a igreja me sentindo muito mais leve e feliz. No mês seguinte descobri que estava grávida. Nunca vou me esquecer essa experiência com Jesus” nosso salvador. Eu me libertei das amarras do coração. 

OF: A maternidade fortaleceu a sua fé?

RF: Muito. Fiquei muito mais sensível, humana e forte. Minha fé se fortaleceu demais. Hoje, sou uma mãezona, que conversa sobre tudo com o Davy. Sou amiga, presente em todos os momentos. Meu filho é uma bênção em minha vida.

OF:Você é uma evangélica praticante?

Rosanah: Sou sim. Vou à igreja pelo menos uma vez na semana, oro diariamente e procuro agir conforme a palavra de Deus.

OF: Os evangélicos não acreditam em previsões, numerologia... Você inseriu h em seu nome antes de se converter?

RF: Não fiz. Coloquei a letra h no meu nome porque sonhei três vezes com um anjo escrevendo meu nome com o “h” no final, em neon. Achei tão bonito que decidi adotar o “h”. Não acredito em numerologia. Minha vida é movida por Deus.

OF: Como evangélica, você deve saber que sua religião não aceita o homossexualismo. Como é sua relação com os gays, seus maiores admiradores?

RF: Ótima. Olha,Jesus foi criticado porque andava com pessoas mal vistas pela sociedade. Quem sou eu para virar as costas para um ser humano comum como eu, com defeitos e qualidades? Acima de tudo, creio que o respeito seja a base de qualquer relação.

OF: Você sempre foi uma mulher vaidosa. Tem medo de envelhecer?

RF: Não tenho nenhum tipo de problema com o fato de que um dia envelhecemos. Lido bem com esse assunto. Sou uma pessoa feliz, realizada profissional e pessoalmente. Não me importo muito com beleza exterior. Acho que quando você está bem emocionalmente, isso flui na sua aparência. Por outro lado, tomo pequenos cuidados que são essenciais na vida de toda pessoa. Gosto de limpar bem a pele antes de dormir e tento me alimentar de maneira saudável. Hoje, deixei de pintar os cabelos de preto. Meus fios são claros e a tinta acaba com a estrutura. Acho que sou mais cuidadosa que vaidosa. A vida nos transforma.

OF: Quando soube que seu filho seguiria a carreira artística qual foi sua reação?

RF: Eu sempre apoio as escolhas dele. Meu filho é um rapaz dedicado, tem muita personalidade e nunca fica em dúvidas quanto àquilo que quer. Notei esse perfil quando ele ainda era bem pequeno. Então, só opino onde eu vejo que ele está confuso. Acho que o dever de mãe é observar e agir onde o filho fica desprotegido psicologicamente. A criança precisa ser elogiada e apoiada para se tornar um adulto corajoso e seguro para poder enfrentar o mundo sozinho.

OF: Tem medo que ele se envolva com drogas?

RF: Claro que sim. Toda mãe fica preocupada com esses perigos. O segredo é ter uma relação de muito carinho e confiança com o filho para ter liberdade para falar sobre assuntos delicados como esse. Sempre o exemplo dos meus pais. Comecei muito nova. Com 12 anos já gravava em coro infantil e eles estavam sempre presentes em minha vida.

OF: Você está casada?

RF: Sou noiva de um médico nascido em Santa Catarina e que mora em São Paulo. Ele é carinhoso, bom caráter e cristão. Essas qualidades são muito importantes pra mim. E estou feliz de ter encontrado esse homem tão especial e que me incentiva demais.

OF: Como é seu cotidiano longe do palco?

RF: Moro em uma casa de três andares no Rio. Sem empregados é difícil ‘sobreviver’ nesse espaço imenso. Não sei cozinhar, mas adoro consertar tudo o que quebra... (rs) Sou uma pessoa simples. Meu cotidiano é normal mesmo. Divido meu tempo livre com atividades como mexer com meus programas de som, pintar telas à óleo, ver televisão, fazer minhas orações e malhar. Sou marombeira assumida.

OF: O que falta em sua vida para se tornar uma mulher e uma profissional realizada?

RF: Acho que não falta nada. Sou feliz como profissional. Tenho prestígio como artista e intérprete. Também sou completa como mulher e, acima de tudo, como pessoa. Agora, eu me esforço para agradar a Deus, já que é impossível agradar a todos os mortais, que são exigentes demais.

OF: Quais são seus próximos projetos?

RF: Tenho vários. Além de cumprir a minha agenda de shows, sou produtora e quero me firmar nessa atividade. Meu filho Davy é a minha mais recente produção. Ele é um filósofo moderno. Escreve muito bem, sinto muito orgulho dele e vou investir na carreira musical dele.
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Fonte: O Fuxico (21/08/2011).